sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Oficiais de Justiça cumprem mandados de reintegração de posse em Manguinhos

(MARCELO NEGREIROS)

Não houve confronto com traficantes. Segundo o coronel Marcos Jardim, comandante do Policiamento da Capital, a presença dos policiais é apenas para garantir a segurança dos oficiais de Justiça.


Com apoio de policiais militares e do Serviço Reservado (P2) do 22° BPM (Maré), oficiais de Justiça e representantes da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), foram cumprir uma decisão judicial de reintegração de posse, ontem no Parque João Goulart, na comunidade de Manguinhos, Zona Norte do Rio. Uma residência foi construída irregularmente em cima de duas adutoras da companhia.
Após vários meses, a casa de número 74 localizada na Rua Nazareth, foi demolida, depois que o presidente da Cedae, Wagner Victer entrou com uma liminar para tal ação. No local, havia também um vazamento, onde a residência estava causando mais danos.
Segundo o dono do imóvel, Agostinho dos Santos, de 42 anos, a residência não foi construída em cima da tubulação conforme a companhia alegou.
– A Cedae está desapropriando minha casa, sem me comunicar anteriormente. Não tenho para onde ir – desabafou o estudante de direito, que além dele, mais três pessoas moravam na casa demolida.
Os moradores ficaram revoltados com a demolição, informando ser a 26ª casa que veio a baixo. Segundo eles, ninguém recebeu indenização e agora estão morando de aluguel. – Toda desapropriação feita aqui na comunidade, não há indenização. Ficamos sem saber o nosso destino. Estamos desalojados e passando necessidades – disse uma moradora indignada, se identificando apenas como Maria da Paz.
Ao contrário do que muitos moradores disseram, a Cedae não foi desapropriar casas, e sim, reintegrar locais que pertencem a companhia, que tiveram construções irregulares.
– Estamos identificando essas irregularidades e vamos combater. Na minha gestão, não vou deixar ninguém fazer este tipo de ação. Este morador pôs em risco, a vida de seus familiares. Se alguém for cobrar indenização, nós quem temos que fazer isto - disse o presidente da Cedae. Ele ainda acrescentou que a responsabilidade de fiscalizar o solo urbano é da prefeitura.

Rotina alterada na comunidade

Este episódio acontece às vésperas das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que devem começar no dia 7 de março na favela de Manguinhos. Pelo projeto, serão construídos centros de integração, postos de saúde, duas escolas de ensino médio (padrão e de referência), uma biblioteca pública, uma escola técnica e duas creches de ensino infantil. No total, 1.871 casas serão demolidas para construir, entre outras coisas, um sistema de saneamento básico e pavimentação. As obras do PAC já estão alterando a rotina dos moradores da comunidade. Semana passada, pelo menos dois mil trabalhadores aguardavam em uma fila para fazer a inscrição para trabalhar nas obras, em Manguinhos.

Um comentário:

Anônimo disse...

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