domingo, 10 de fevereiro de 2008

O adeus a Dora Bria

MARCELO NEGREIROS

(24/01/2008)

O corpo da windsurfista Dora Bria, de 49 anos, foi sepultado na manhã de ontem no cemitério do Caju, Zona Norte do Rio. Cerca de 50 pessoas, entre amigos e familiares acompanharam o velório da ex-atleta em uma das capelas do local. O caixão estava coberto com a bandeira do Vasco, clube no qual encerrou sua carreira em 2000.
Para o casal de amigos, Fábio Maia e Maria Cecília Maia, bi-campeã Mundial de Karatê e atleta do Vasco, ficarão os momentos bons que conviveram, aniversários e lembranças. – Soube da notícia pela televisão, contei para minha esposa, que não acreditou -, disse o preparador de goleiro. Eles se conheceram em 1998 no Vasco da Gama.
O amigo e ex-empresário de Dora, Djan Madruga, de 49 anos, atual secretário Nacional de Alto Rendimento do Ministério dos Esportes, disse que a amiga era uma pessoa completa. Além de bonita, inteligente, uma marqueteira, pois deu visibilidade e basicamente consagrou o esporte. – Foi uma perda enorme, não só para o esporte, era uma personalidade -, completou Djan.
O único irmão de Dora, Mauro Bria, de 53 anos, estava muito emocionado. – Vai ficar apenas a imagem boa, a lembrança dela -, disse Mauro. Ele comentou que ficou sabendo do falecimento da irmã na noite de terça-feira, um pouco depois do acidente. Segundo ele, a ex-atleta seguia para Brasília a trabalho.
Chovia muito na hora do acidente e seu carro, uma Mitsubishi L-200 derrapou, bateu de frente com uma carreta Volvo LH-12, placa CLU-1286, de Diadema, São Paulo. Após a colisão, o carro caiu de uma ribanceira. O motorista do caminhão nada sofreu e não prestou socorro. A batida aconteceu no km 256 da BR 040, perto da cidade de São Gonçalo do Abaeté, em Minas Gerais, às 17h50m. A morte de Dora foi instantânea. A ex-atleta teve traumatismo craniano, com perda de massa encefálica.
Dora Bria nasceu em 19 de julho de 1958, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio. Tricampeã Sul Americana e Hexa brasileira de windsurf, era formada em Engenharia Química e considerada a pioneira do esporte no Brasil. Além do destaque no esporte, Dora Bria foi madrinha de bateria da escola de samba Tradição, no Rio de Janeiro, em 2002, e posou para a Playboy, em 1993, e Sexy em 2000.A confederação Brasileira de Vela e o Vasco enviaram coroas de flores, homenageando a atleta. No jogo de quarta-feira, contra o Americano, o clube cruzmaltino realizou um minuto de silêncio. O prefeito César Maia pretende homenagear a windsurfista, dando seu nome a algum logradouro da cidade.

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei esta matéria!!! Muito boa!

Anônimo disse...

Só soube da morte dela um bom tempo depois do acontecido. Fiquei triste e chocado.