terça-feira, 1 de julho de 2008

Cultura McWorld

*** Resenha sobre o texto de Benjamin R. Barber, do livro "Por uma outra Comunicação"

Para o autor Benjamin R.Barber, a cultura McWorld, (cultura mundial americana), é menos hostil que indiferente à democracia. O seu objetivo é uma sociedade universal de consumo que não seria composta por pessoas, determinadas tribos, todos, maus clientes potenciais, mas somente por essa nova raça de homens e mulheres que são os consumidores. Essa nova cultura globalizante expulsa do jogo não apenas aqueles que a criticam de um ponto de vista reacionário,mas igualmente aos seus concorrentes democráticos, que sonham com uma sociedade civil internacional constituída de cidadãos livres oriundos das mais variadas culturas”.
McWorld é uma américa que se projeta em um futuro moldado por forças econômicas, tecnológicas e ecológicas que exigem integração e uniformização. Um futuro reunindo todos os países em um vasto parque de temática mundial, colocado totalmente em rede pelas tecnologias da informação, pelas trocas comerciais e pela indústria do espetáculo.

Os bens da nova cultura mundial são tantoas imagens quanto as formas materiais, tanto uam estética quanto uma gama de produtos. É uma cultura reduzida ao estado de mercadoria, em que o hábito faz o monge, em que o look se transforma em uma espécie de ideologias. Os novos produtos são menos os bens do que as imagens, as quais contribuem para criar uma sensibilidade planetária, veiculada por logos, stars, canções, marcas e jingles. As relações de força tornam-se forças de sedução: a ideologia transforma-se em uma espécie de “videologia” à base de sons expressos em bits e de videoclipes.

A videologia é mais fluida que a ideologia política tradicional. Seus valores não são impostos por governos coercitivos ou sistemas educativos autoritários. Eles são transfundidos para a cultura por pseudoprodutos culturais. Os filmes O Rei Leão, Jurassic Park e Titanic não são somente filmes, mas também verdadeiras máquinas de comercializar alimentos, músicas, roupas e brinquedos.

A cultura americana universal McWorld é quase irresistível, onde hambúrgueres e batatas fritas praticamente substituíram as massas e os sushis. Os adolescentes debatem-se com expressões inglesas e o sucesso repentino do Halloween, como nova festa francesa para estimular o comércio no período de marasmo que antecede o Natal. Bem mais verossímil é o cenário de uma nova hegemonia apoiada no poder da informação e da tecnologia e não no volume do produto interno bruto ou do potencial do setor manufatureiro.

É certo que as novas coibições dos mercados são invisíveis, quiçá agradáveis, dotadas de uma retórica aprazível de liberdade de escolha e de liberdade do consumidor. O consumismo mundial faz rondar o perigo de uma sociedade na qual o consumo se transforma na única atividade humana e, portanto, naquilo que define a essência do indivíduo.
Assim, foi instalada uma pretensão delirante de que um mercado, livre de qualquer regulamentação, seria o único meio capaz de produzir e distribuir tudo aquilo que nos importa. Essa pretensão leva algumas pessoas a preconizar a transferência para a esfera do privado de setores tão claramente públicos como a educação, a cultura, o pleno emprego, a proteção social e a sobrevivência dos meios naturais.

O governo que é desmantelado em nosso nome é na realidade a única garantia de nossas liberdades e de nossos interesses comuns. Os mercados não estão aí para realizar o que é incumbência das comunidades democráticas. Eles nos permitem, enquanto consumidores, dizer aos fabricantes o que queremos onde, aliás, permitem antes aos fabricantes, via publicidade e persuasão cultural, nos dizer o que queremos.

Àqueles que dispõem de meios para tanto, o mercado assegura os bens que desejarem, mas não as vidas às quais aspiram; a prosperidade para alguns, o desespero para muitos, e dignidade para ninguém. Mas a pretensa autonomia dos consumidores permite que os mercados mantenham um discurso populista, onde se você não gosta da homogeneidade do McWorld, não culpe os seus criadores, mas seus consumidores.

Como se os cerca de US$ 200 bilhões despendidos nos Estados Unidos em publicidade fossem apenas decoração! Como se os gostos dos consumidores fossem criados a partir de nada! Como se os desejos e as necessidades sobre os quais prosperam os mercados não fossem, eles mesmos, engendrados e moldados por estes mesmos mercados!

Para criar uma demanda mundial de produtos americanos, as necessidades devem ser fabricadas na mesma escala. Para as grandes marcas – Coca-Cola, Malboro, Nike, Hershey, Levi’s ou Mc Donalds -, vender produtos americanos é vender a América, sua cultura popular, sua pretensa prosperidade, seu imaginário e mesmo sua alma. O marketing volta-se tanto para os símbolos quanto para os bens e não visa comercializar produtos, mas estilos de vida e de imagens.

“Antiga economia de bens materiais visava ao corpo; nova economia, de bens imateriais = a cabeça, o espírito; Marketing: comercialização de estilos de vida”. No McWorld, a teoria do pluralismo dos valores e da liberdade é friamente desmentida pela prática. Se não for encontrada uma terceira via entre o Estado e o mercado, talvez sobrevivamos como consumidores, mas não mais existiremos como cidadãos. .

Percebe-se que a cultura McWorld é bastante relacionada ao sistema de cotas, adotados aqui no Brasil, o modelo de inclusão norte americano importado, como conseqüência, também importamos uma cultura norte americana. Trazer exemplos internacionais para uma realidade local é cada vez mais tendência não somente no meio de governos, mas também no meio musical, cultural, artístico, mercado financeiros, etc. Considerada como a nova sociedade mundial, a sociedade-mundo, que é o planeta como um único país.

Esse processo implicaria em uma nova forma de governo: a Política planetária, que, seria a política de solidarizar o planeta através de fundos para a humanidade desfavorecida, sofredora e miserável. Sabe-se que a cultura entra no mercado, se camufla e aos poucos vai digerindo a sociedade, como se fosse uma jibóia com sua presa. Nesse mundo tão globalizado, onde trabalha-se com a questão do indíviduo, do consumidor, podemos pelo menos "escolher o nosso molho". É verdade também que muitas pessoas transferem suas ansiedades para o mercado, para "tapar um pouco os buracos internos". Sabemos também que a culpa não está totalmente no mercado e no consumismo, mas sim no absolutismo do mercado.

Na reflexão do autor Benjamin R. Barber, o objetivo dessa cultura é criar uma grande sociedade de consumo. Se analisar a partir desse ponto, podemos chegar à conclusão básica e rotineira das pessoas. Todos nós somos seduzidos pelos produtos que “prometem” resolver a nossa vida. Mas será que isso ajuda ou apenas chamam a atenção para a sua comercialização? Só não podemos esquecer que somos cidadãos livres com nosso próprio estilo de vida e não apenas consumidores sem limites. Assim, não nos prendemos ao mercado sem ter o retorno do que realmente deseja.

domingo, 29 de junho de 2008

ASPECTOS DA CULTURA JAPONESA, ENCONTRADOS NA EXPOSIÇÃO NIPPON

MARCELO NEGREIROS

INTRODUÇÃO

A cultura japonesa pode ir muito além dos aparatos tecnológicos, das gueixas e dos samurais. Há muito mais para se conhecer sobre o Japão. E é o que mostra a Exposição Nippon – 100 anos de integração Brasil-Japão, que comemora a chegada dos primeiros imigrantes japoneses ao nosso país. A exposição apresentada no Centro Cultural banco do Brasil (CCBB), de 27 de maio a 13 de julho, mostra um panorama das tradições japonesas e algumas de suas influências no mundo ocidental. A cultura japonesa é tradicionalmente expressada nas pipas, nos arranjos florais, na caligrafia, no origami e na cerimônia do chá. Vamos conhecer três aspectos que revelam essa cultura japonesa.
Mais do que beleza a cultura japonesa impressiona pelo seu mistério de significados, que estão sendo revelados na exposição. A graciosidade da mulher japonesa em seus trajes típicos, os kimonos; composta também de cerca de 300 peças entre cerâmicas, pipas, vestuário, telas, ikebanas, cartazes de animês, armaduras de samurai, espadas e outros objetos. Além de leques coloridos, portais e painéis culturais, as belas e detalhadas espadas, armamentos dos lendários guerreiros japoneses, os Samurais.

OS SAMURAIS

A história do Japão é marcada por um longo período de guerras, entre os séculos X e XVII. Ao longo desses anos a elite guerreira (samurais) foi fortalecendo seu poder, até o surgimento da figura do Xogum, teoricamente um general a serviço do imperador. Fortemente influenciados pelo Budismo, os samurais criaram um código de comportamento conhecido como Bushidô, que estabelecia rígidas normas e palavras de ordem como justiça, coragem, compaixão, cortesia, sinceridade, honra e lealdade.
Com um estilo de vida que combinava conduta irrepreensível, treinamento árduo e aperfeiçoamento constante, os samurais foram os unificadores do Japão e marcaram para sempre o modo de ver o mundo da sociedade nipônica. Os samurais possuíam quimonos que tinham gravados os brasões da família à qual pertenciam, os Montsuki hakama.
Todo Samurai portava duas espadas presas ao cinto: a Katana (espada longa de 60 a 90 cm) e a Wakisashi (espada curta de 30 a 60 cm). Para ser reconhecido como Samurai era necessário mais do que uma espada e uma armadura. Parte do seu equipamento era psicológico e moral. Longe das guerras, os Samurais praticavam caligrafia, arranjos florais (Ikebana), tocavam Koto (uma espécie de alaúde), e participavam da cerimônia do chá. Seu estilo de vida dominou a cultura japonesa durante séculos e permanece vivo no Japão até os dias de hoje.

QUIMONOS E CAMADAS


Tradicionalmente na sociedade japonesa a sexualidade nunca é revelada de forma aberta, e esta ideologia está refletida no estilo do quimono, especialmente o das mulheres. Os quimonos tradicionais são usados em camadas superpostas cuidadosamente combinadas, e o quimono externo é ricamente bordado ou pintado. Os quimonos externos são dobrados na cintura, sob um largo cinto chamado Obi, assim, quando soltos, eles se espalham pelo chão.
As roupas ocidentais tendem a acentuar o contorno do corpo, o que é algo que os japoneses rejeitam. O quimono é composto basicamente por tecidos recortados de forma retangular, que são costurados. Há apenas uma pequena diferença entre os quimonos de homens e mulheres, em termos de corte e design. A mais aparente característica de gênero encontrada nos quimonos não é a silhueta nem a forma, mas as cores, os tecidos e as estampas.
Nos dias atuais, o quimono é, na maioria das vezes, usado em ocasiões solenes; sendo, confeccionado com tecido de seda e contendo estampas coloridas quando o traje é feminino. Os quimonos masculinos são geralmente pretos. Os feitos de tecido de algodão são usados dentro de casa ou em festas locais.

ARTE JAPONESA

O pincel é o meio de expressão artística preferido dos japoneses, que praticam a pintura e a caligrafia tanto no plano profissional, quanto também como passatempo. Até os tempos modernos, sempre se utilizava o pincel, e não a pluma, para escrever. Para os artistas, a escultura era um meio de expressão muito menos eficaz; a maior parte dela está relacionada com a religião e sua importância diminuiu com a decadência do budismo tradicional.
Já a cerâmica japonesa é uma das mais belas do mundo e a esta modalidade artística pertencem muitos dos objetos japoneses mais antigos que se conhecem. Quanto à arquitetura, revela claramente as preferências japonesas pelos materiais naturais, assim como a interação do espaço interior com o exterior. A principal característica da arte japonesa é sua polaridade. Por exemplo, na cerâmica dos períodos pré-históricos, a excessividade deu lugar a uma arte disciplinada e refinada.
Da mesma maneira, há duas estruturas do século XVI, radicalmente distintas: o palácio de Katsura, perto de Kyoto, é uma mostra da simplicidade das linhas, nas quais se destacam as madeiras naturais e a integração com os jardins circundantes, com o que sua beleza foi conseguida quase por acaso; em contraste, o templo-santuário mausoléu de Toshogu, no monte Nikko, é uma estrutura rigidamente simétrica, com relevos coloridos que cobrem toda a superfície visível.
A arte japonesa valoriza-se não só por sua simplicidade, mas também pela exuberância de seu colorido, e tem exercido uma considerável influência sobre a pintura e a arquitetura ocidentais dos séculos XIX e XX, respectivamente.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Médico diz que reversão de vasectomia não é 100% garantida

Muitos homens se perguntam sobre a vasectomia, quando a dúvida em ser pai ou não ser, paira no ar. Os procedimentos, sucessos, potência sexual e reversão entram em questão. O jogador Pelé e o apresentador Tom Cavalcanti são dois homens que se arrependeram da decisão e voltaram atrás para aumentar a prole.
Eles são apenas exemplos dos milhares de homens que buscam cada vez mais a alternativa para não ter filhos. O número tem aumentado ao longo dos anos e a inclusão da cirurgia na cobertura dos planos de saúde vem apoiando a tendência.
Mas mudar de idéia não é tão simples quanto pode parecer. Apesar da reversão ser 100% possível, a volta da fertilidade não é. Para se precaver, há quem opte, como o jogador Romário, por congelar o sêmen caso decida aumentar o tamanho da família.
O presidente da Sociedade Brasileira de Urologia José Carlos de Almeida, explica que a vasectomia é 100% reversível, o sucesso é que não é seguro. Homens que mudem de idéia com 3 ou 4 anos de operados têm alto índice de sucesso na reversão. Mas isso vai caindo, chegando a ser quase impossível depois de algum tempo.
Ele esclarece também que os espermatozóides são proteínas e, quando o canal que os leva à parte exterior do pênis é rompido, o organismo passa a absorvê-los. Segundo ele, com o tempo, o corpo pode desenvolver anticorpos contra o próprio espermatozóide. A reversão é feita anatomicamente, mas os espermatozóides são agredidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, para realizar a vasectomia é preciso que o homem tenha mais de dois filhos vivos ou mais de 25 anos e deve ter um intervalo de pelo menos 60 dias entre a primeira consulta e a operação, que, na maioria os casos, é ambulatorial.José Carlos Almeida avalia que o que acontece com isso é que se um homem de 19 anos já tiver tido dois filhos, ele pode fazer. Mas se, se casar de novo ou mudar de idéia dali a alguns anos, pode ser que não esteja seguro do seu planejamento familiar.
Ainda de acordo com o Ministério, só no Rio, foram 1.300 vasectomias em 2007, com um gasto de R$ 177.715,03. No país inteiro, o Sistema Único de Saúde gastou no ano passado mais de R$ 6,2 milhões em 37.082 cirurgias, contra 27.917 em 2006.
Com a entrada do procedimento na lista obrigatória da cobertura dos planos de saúde, a meta do plano de planejamento familiar do governo é aumentar esse número ainda mais, em 20% ao ano e realizar 40 mil operações em 2008.

Pesquisa revela que parar de fumar é 'contagioso'

Segundo uma pesquisa divulgada na penúltima semana de maio, parar de fumar é contagioso e quando uma pessoa abandona o vício, aumentam as chances de todos ao seu redor fazerem o mesmo, desde esposos e esposas a amigos e colegas de trabalho. Os resultados são surpreendentes. Quando um cônjuge pára de fumar, as chances do outro continuar fumando caem 67%. Se um amigo pára, a chance de outro continuar cai 36%. Se é um colega de trabalho, vai para 34%. E se é um irmão, 25%.
O trabalho foi publicado no "New England Journal of Medicine" e realizado por uma dupla de pesquisadores americanos: Nicholas Christakis, da Escola de Medicina de Harvard, e James Fowler, da Universidade da Califórnia em San Diego. Ao todo, os dois analisaram o histórico de 12.067 americanos ao longo de 32 anos. E concluíram: as pessoas param de fumar em grupos.
Christakis explicou que descobriram que grupos inteiros de fumantes interligados em uma rede social, mesmo aqueles que estão a dois ou três graus de separação um do outro, param de fumar mais ou menos ao mesmo tempo. Ainda acrescentou que de uma maneira muito fundamental, esse comportamento lembra o tipo de decisão coletiva que vemos quando um grupo de pássaros parece decidir voar para a esquerda ou para a direita ao mesmo tempo.
Uma das coisas que mais chamou a atenção da dupla foi a extensão que pode alcançar a decisão de apenas uma pessoa. O cientista afirmou que não há dúvidas que somos influenciados pelas pessoas a que estamos diretamente ligados, como esposos, irmãos, colegas de trabalho e amigos. Mas também descobrimos que as pessoas parecem ser influenciadas, indiretamente, pelos amigos dos amigos, e até pelos amigos dos amigos dos amigos.
Para Christakis, esse tipo de comportamento pode aumentar a influência das leis que estão sendo propostas em muitos países para reduzir o número de fumantes, acreditando que as redes sociais podem aumentar o efeito de legislações desse tipo. Para ele, se a lei faz uma pessoa parar de fumar, ela pode influenciar outras, mesmo aquelas que não ligavam para a lei.
Assim como no Brasil, o número de fumantes nos Estados Unidos também tem diminuído nos últimos 30 anos. No estudo, os pesquisadores descobriram outro fator interessante: o tamanho das redes sociais de fumantes continuou o mesmo ao longo dessas décadas; o que mudou foi a quantidade dessas redes.
Na prática, eles acreditam, isso aconteceu porque o cigarro está perdendo cada vez mais o “glamour” que tinha no passado. Se fumar não atrapalhava em nada a vida nos anos 70, hoje cada vez mais os fumantes são jogados para escanteio – para áreas específicas para eles e muitas vezes para a rua mesmo. James Fowler, disse que ao contrário do que pensávamos na escola, fumar tem se mostrado uma estratégia incrivelmente ruim para ganhar popularidade.

Novo protesto contra as más condições dos hospitais universitários

MARCELO NEGREIROS
30/05/2008



Cerca de 600 manifestantes, entre estudantes e funcionários da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de médicos e pacientes do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, fizeram nova reivindicação na melhoria da unidade na manhã de ontem.. Eles interditaram por quase uma hora a pista sentido Baixada Fluminense da Linha Vermelha, no trecho próximo à Ilha do Fundão, no subúrbio do Rio. Homens do Batalhão do Choque tentaram dissipar os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo.
O objetivo da manifestação foi protestar contra as más condições de conservação do Hospital Universitário. De acordo com os organizadores, o hospital está passando por um processo de endividamento e sucateamento, onde cirurgias e outros procedimentos estão sendo cancelados por falta de materiais suficientes para atender aos pacientes. A mobilização para exigir que o governo assuma a responsabilidade pelo funcionamento total do hospital é em razão da crise que o HU está passando e o atraso no repasse de verbas por parte do município e o não reajuste do orçamento desde 2004.
Segundo Alexandre Pinto Cardoso, diretor geral do HUCFF, a unidade não tem orçamento próprio e está vivendo de prestação de serviços ao SUS. Atualmente, os pagamentos de todos os insumos são feitos em valores de 2008 e a dívida se encontra em aproximadamente R$ 10 milhões.
- É preciso que os recursos cheguem e atingamos o nosso patamar, nosso objetivo. Precisamos redefinir o funcionamento e financiamento do Hospital e isto é possível. Estamos prestando serviços ao SUS e através desta prestação, vem os recursos que precisamos, como manutenção e serviços internos e a contratação de pessoas terceirizadas – declarou o diretor.
Ele frisou sobre a idéia de tentar revidar essa crise.
- As negociações estão avançando, onde a Secretaria Estadual de Saúde está compreendendo a situação, ampliando a aquisição de novos recursos – complementou Alexandre Pinto.
No último dia 21 de maio, o Diretor Geral do HUCFF se reuniu com o Secretário Estadual de Saúde, Sérgio Côrtes e anunciou algumas conquistas para o hospital, entre elas o fornecimento de insumos, equipamentos e pagamento de pessoal para atividades como mutirões de cirurgia, inauguração da Neuro UTI e funcionamento 24 horas da Hemodinâmica. Durante a última reunião convocada pela direção geral do HUCFF, realizada dia 27 de maio, Alexandre Pinto Cardoso acenou com a breve possibilidade de retomada do funcionamento normal do hospital: Para ele, a expectativa é de que as atividades sejam retomadas em 10 ou 15 dias.
- Estamos lutando por condições ideais. Por isso, vamos retomar o funcionamento normal com calma, de maneira racional. Sei que é lento, mas o cenário hoje está muito melhor do que estava na semana passada – explicou o Diretor Geral, que ainda disse por que a retomada do funcionamento deverá ser feita com moderação.
- O motivo da crise é que nós expandimos sem ter toda a infra-estrutura necessária e sem estar pactuado. Esta é a discussão que temos que travar - completou. E ressaltou que manter os gastos dentro do plano de contrato pactuado não é a maior dificuldade. A função mais nobre da instituição é o ensino. De acordo com ele, o HUCFF é uma unidade de ensino e precisa ser reconhecida como tal.

Outras manifestações

Simultaneamente, alunos das faculdades de medicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), também protestaram contra a falta de investimento do governo nos hospitais universitários da cidade. Os estudantes reclamam, principalmente, das condições precárias dos estabelecimentos, que têm prejudicado o atendimento de pacientes e as aulas. Estudantes de Medicina do Hospital Pedro Ernesto e do Gafrèe e Guinle fizeram a manifestação em frente à estátua do Belini, no Maracanã. Eles reclamaram das péssimas condições de atendimento nas duas unidades. Policiais do 6º BPM (Tijuca) estiveram no local evitando que eles fechassem as ruas. A manifestação deixou o trânsito ruim na Avenida Maracanã.
No último dia 16 de maio, estudantes da UFRJ, médicos e redidentes do hospital interditaram duas das quatro faixas da pista sentido Baixada. Os manifestantes protestaram também contra as más condições de conservação do hospital universitário.

Protesto termina em confronto

O protesto dos estudantes interrompeu o tráfego e terminou em confronto com a polícia na Linha Vermelha. De forma pacifica, os manifestantes sentaram no chão da Linha Vermelha, sentido Baixada, na altura da Ilha do Fundão para protestar. O Batalhão de Choque da Polícia Militar tentou negociar com os eles, que não concordaram e invadiram a via. Duas bombas de gás lacrimogêneo foram disparadas, causando correria e desespero entre os manifestantes. Mesmo assim, o protesto continuou por mais alguns minutos, mas os organizadores decidiram liberar o trânsito posteriormente. Alguns estudantes ficaram feridos levemente.
- Eles foram covardes, haviam pacientes na manifestação que não poderiam correr e os policiais que estavam presentes para dar a segurança, nos garantiram que nada iria acontecer – disse uma aluna que prefere não ser identificada. Ela ficou intoxicada com a fumaça e com os olhos ardendo.
De acordo com a assessoria da PM, o Choque foi chamado para desobstruir a via. Já os policiais do 17° BPM (Ilha do Governador) disseram que a ordem para lançar o artefato partiu do Choque.

Troca de tiros e material apreendido no Morro da Serrinha

MARCELO NEGREIROS
28/05/2008

Durante operação de rotina de policiais do 9º BPM (Rocha Miranda) no Morro da Serrinha, em Madureira, Zona Norte do Rio, no início da manhã de ontem, foram apreendidas armas e drogas. Houve troca de tiros, que resultou na morte de dois traficantes. Os PMs faziam uma incursão no Morro, quando foram alvejados por um grupo de oito traficantes.
De acordo com os policiais que participaram da ação, os dois homens baleados na localidade conhecida como Creche, foram identificados apenas como Zé, gerente geral do tráfico de drogas e Constantine. Eles foram levados para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas não resistiram aos ferimentos.
Segundo os PMs, esse local é um dos que mais vende drogas na área do batalhão de Rocha Miranda. O restante do grupo conseguiu se evadir do local, inclusive o dono da boca, conhecido como Neco. Foram apreendidos dois revólveres calibre 38 e mais de 100 frascos com cocaína. O caso foi registrado na 30ª DP (Marechal Hermes).

Menina é morta por vizinho em Duque de Caxias

(MARCELO NEGREIROS)
21/05/2008

Um crime bárbaro causou comoção e revolta aos moradores de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Uma menina de 11 anos foi seqüestrada e violentada até a morte pelo próprio vizinho do bairro Nova Campina. O corpo de Taís da Silva Ferreira foi encontrado, na manhã de ontem, com marcas da violência na casa de José Gomes, 36 anos, conhecido como cabeludo, apontado como o autor do crime, que está foragido.
De acordo com a mãe de Taís, a diarista Severina do Ramo da Silva, de 33 anos, a criança desapareceu na tarde de terça-feira, quando saiu da escola, o Ciep Procópio Ferreira, onde cursava a quinta série do Ensino Fundamental e foi para a casa da avó, Maria Amélia, 53 anos, localizada na Rua Oito, Bairro Ilha, onde costumava a almoçar. Bastante preocupada, Severina começou a procurar pela filha em diversos lugares, avisando a polícia, onde foi orientada a aguardar 24 horas para começarem as buscas.
Uma vizinha viu a garota no portão do criminoso e alertou os pais. A família avisou a polícia. Durante toda a madrugada, os pais fizeram as buscas, mas em vão. Na manhã de ontem após receberem o contato da mãe de Taís, os policiais do 15º BPM (Duque de Caxias) foram a casa de José e encontraram o acusado prestes a enterrar o corpo da menina.
Houve troca de tiro, onde José Gomes acabou atingido na perna direita, conseguindo fugir a pé. Havia rastro de sangue pelas ruas próximas. Policiais e os próprios moradores fizeram a busca ao criminoso pela região, mas ele não foi encontrado. Ainda de acordo com a mãe de Taís, a hipótese pelo crime, seria conseguir dinheiro, seqüestrando a menina para voltar ao Nordeste, de onde é oriundo, mas certamente o plano frustou.
- Não dá para acreditar que ele fez isso. Infelizmente é mais uma criança morta e dessa vez foi a minha filha. Espero que seja feita justiça, embora essa palavra não funciona – desabafou Severina. Segundo ela, eles são conhecidos desde o Nordeste e vieram para o Rio de Janeiro como todos vem, tentar a vida.
O delegado titular da 62ª DP (Imbariê), José Mário Salomão de Omena, esteve no local onde o corpo foi encontrado, que está investigando o caso, disse que a menina foi atraída pelo criminoso para dentro de casa. Moradores estavam armados com pedras e paus, avisando que pegariam o assassino.
Semana passada, outro crime contra criança chocou a população da Zona Oeste. Adriana Barbosa Simões, de 4 anos, estava desaparecida desde o dia das mães, dia 11 de maio e foi encontrada morta em um lamaçal perto de sua casa, no bairro Jardim Maravilha, em Guaratiba, no último sábado.
Segundo a polícia, o corpo apresenta sinais de espancamento e foi localizado por um vizinho que chamou a PM. O corpo foi encontrado na Rua Pilar. A criança havia sido vista pela última vez brincando com a irmã na Rua Cachoeira do Sul.
Os pais da garota, Mauro Simões e Maria Alice Pinto, procuraram ajuda na Fundação para a Infância e Adolescência (FIA). Fotos da criança chegaram a ser espalhadas pelo bairro na tentativa de localizá-la. O servente de obras Arilson Fidelis dos Santos, 19 anos, vizinho da avó de Adriana confessou o crime ao ser chamado para depor na delegacia, na tarde de sábado. Ele disse que fez por vingança, pois o pai da criança havia dado três socos em seu rosto.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Delegado morto a sangue frio dentro de supermercado

Titular da 20ª DP foi executado com tiro à queima-roupa na nuca quando ia comprar pão no Recreio, onde morava. Policiais consideram o assassinato um crime contra a instituição e prometem reagir

Responsável por investigações sobre o envolvimento de policiais em milícias na Favela Kelson´s quando estava à frente da 22ª DP (Penha), o delegado Alcides Iantorno de Jesus, de 66 anos, titular da 20ª DP (Vila Isabel), foi executado com um tiro na nuca, na manhã de ontem, ao entrar em um supermercado no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.
O assassinato aconteceu às 8h15min, logo após a vítima sair do plantão em sua delegacia. Dois homens em um carro teriam seguido o policial até o supermercado Zona Sul, na Avenida das Américas, uma das vias mais movimentadas da região, onde, como era hábito, compraria pão e tomaria café da manhã.
Iantorno morava próximo ao local do crime. De acordo com testemunhas, um dos bandidos, que usaria um boné, óculos escuros e teria os cabelos grisalhos, desceu do veículo e atirou no delegado à queimaroupa. O tiro atingiu a nuca da vítima, que morreu na hora. Um segundo disparo teria sido feito para alto.
Logo depois, os pistoleiros saíram no carro em alta velocidade. Fitas estão com a polícia A ação dos marginais foi registrada pelo circuito interno do supermercado, e as fitas já estão sob o poder da polícia. No entanto, o trabalho será dificultado devido à má qualidade das imagens.
Segundo a delegada Valéria de Castro, amiga e companheira de delegacia da vítima há muito tempo, a hipótese de roubo já foi completamente descartada, hajam vistas as características do crime.
— Foi uma execução. Nada foi levado dele. Vamos analisar as imagens, mas também temos testemunhas que nos ajudarão. Isso não foi um crime contra o doutor Alcides, mas contra a Polícia. Não foi um crime pessoal. Se é alguma coisa contra alguma investigação, isso é um crime contra a instituição.
Ele era um homem de paz, não costumava andar armado — disse, emocionada, Valéria, uma das primeiras colegas de trabalho a chegar ao local do crime, lotada na 61ª DP (Xerém). Quem também esteve no local foi o ex-diretor da Divisão Anti-Seqüestro, delegado Fernando Moraes, para quem o crime também foi uma afronta.
— Isso foi um crime contra a sociedade. Para mim, o policial é o defensor da sociedade, o seu guardião. Quando alguém chega ao ponto de atacar o guardião, é porque a sociedade está muito desprotegida — afirmou Moraes, que deixou a titularidade da DAS por ter pretensões políticas. O sepultamento acontece hoje, às 10h, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap.

Delegacia de Homicídios assume o caso

O chefe de Polícia Civil, delegado Gilberto Ribeiro, disse que a Delegacia de Homicídios irá auxiliar a 16ª DP (Barra) nas investigações sobre a morte do delegado. O policial afirmou que Alcides Iantorno não vinha recebendo ameaças, o que foi confirmado pelo irmão da vítima, Milton Iantorno.
O delegado Alan Turnowsky, diretor de Polícia Especializada, também acompanha as investigações. Alcides Iantorno de Jesus tinha mais de 40 anos de Polícia Civil. Tomou notoriedade ao assumir a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), há 10 anos, época em que a delegada Valéria de Castro era sua adjunta.
Esteve à frente da 29ª DP (Madureira),recentemente, passou pela 37ª DP (Ilha do Governador) e foi diretor da Polinter, para onde levou toda a sua equipe, e, em seguida, transferido para 22ª DP (Penha), onde começou a investigar e identificar milicianos que agiriam na região.
Casado e pai de dois filhos, um deles também policial civil, Iantorno, como era conhecido, também participou de outros casos importantes como o cerco e a prisão ao traficante Elias Maluco em 2002.

Investigação sobre milícias após denúncia

Além da ação de milicianos na Zona Norte, o delegado também comandava as investigações sobre o seqüestro e assassinato do líder comunitário Jorge Silva Siqueira Neto no ano passado.
De acordo com a denúncia do líder comunitário, a milícia ocupou a Favela Kelson's em novembro de 2006. Em fevereiro do ano seguinte, nove pessoas, sendo três moradores, cinco traficantes, um policial militar apontado como chefe da milícia morreram em uma investida frustrada dos traficantes para retomar a comunidade.
Na ocasião, as investigações de Iantorno apontaram que além da disputa com os traficantes existiria também uma disputa interna entre os milicianos. Em agosto daquele ano, quatro policiais do 16º Batalhão de Polícia Militar de Olaria foram presos sob a acusação de chefiar a milícia local.
Dois dias depois, um sargento da PM e um traficante morreram em uma nova tentativa de invasão. Na semana passada, o delegado- titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Cláudio Ferraz;
Admitiu que investigava os milicianos pela suposta venda por R$ 300 mil do controle da Kelson's para traficantes do Comando Vermelho, que voltaram a atuar no local. A loja em que o policial foi morto ficava a poucos metros de sua residência. As favelas do bairro também são dominadas por milicianos.

Enterrada menina de 4 anos morta por vingança

(MARCELO NEGREIROS)
Foi sepultado no início da tarde de ontem no Cemitério de Campo Grande, Zona Oeste do Rio, o corpo da pequena Adriana Barbosa Simões, de 4 anos. A menina estava desaparecida desde o Dia das Mães e foi encontrada morta no sábado em um lamaçal na Rua Pilar, nas proximidades da casa da avó dela, em Guaratiba, também na Zona Oeste. O servente de obras Arilson Fidelis dos Santos, 19 anos, vizinho da avó de Adriana confessou o crime ao ser chamado para depor na delegacia, na tarde de sábado. Ele disse que fez por vingança.
Aproximadamente 80 pessoas acompanharam o enterro, entre parentes e amigos da família. Muito emocionada, Maria Alice Barbosa Pinto, 30, mãe da criança, ficou o tempo todo ao lado do caixão, acompanhada dos outros dois filhos, Julio César Pinto Guedes, 14 e Juliana Pinto Guedes, 10.
- Não vou deixar ela sozinha lá, eu sei que ela tem medo, tire ela de lá – disse Juliana, chorando muito, se referindo a irmã, durante o sepultamento.
O pai, Mário Jorge Simões, 36, disse que foi muito brutal a forma do assassinato.
- Eu só quero justiça e que ele fique preso, sofrendo bastante na cadeia – desabafou o pai de Adriana.
Os moradores do bairro Jardim Maravilha, onde a criança morava, pretendem realizar uma manifestação no próximo domingo, pelas ruas do bairro, em homenagem a Adriana e para pedir justiça.
- Espero que seja feita justiça e o que ele fez, não tem justificativa. Porque ele não se vingou do pai, descontando na criança – disse Monique Almeida Pinto, 18, prima da pequena Adriana. O presidente da Associação de Moradores do bairro onde a pequena morava, identificado apenas como Soares, disse que toda a comunidade está de luto por esse crime bárbaro. Policiais do 14° BPM (Bangu) e do Extensivo Geral Montado (RPMont) realizaram a segurança na porta do cemitério.

Crime cometido por vingança

Através de uma denúncia anônima de um morador, na Associação de Moradores do bairro Jardim Maravilha, indicando o possível autor do crime e os locais que a criança poderia estar, policiais do serviço reservado do batalhão da PM da área (o RPMont), em Campo Grande, chegou ao servente de obras, Arilson Fidelis dos Santos.
O denunciante relatou que o acusado lavou as mãos quando chegou em casa e que havia feito uma perfuração com faca. Levado para 43ª. DP (Guaratiba), o assassino confessou o crime por vingança contra o pai dela. No mês passado, Arilson bateu com uma vara, na perna de uma outra filha de Mauro Jorge, que foi tirar satisfação. O acusado fugiu com medo de alguma atitude do pai da criança, mas dias depois, Mauro o pegou de surpresa na saída do trabalho e lhe deu três socos.
Segundo os policiais que efetuaram a prisão, Arilson revelou o crime com detalhes. No domingo, dia 11, disse que viu Adriana fora da casa da avó e decidiu se vingar de Mario Jorge matando-lhe a filha. Como já a conhecia, foi mais fácil por em prática a ação do delito. Adriana foi estrangulada, recebeu uma paulada na cabeça e também, uma perfuração na virilha, causada por uma faca. De acordo com o delegado Renato de Soares Vieira, da 43ª. DP, a faca usada no crime foi abandonada no brejo. Ele descreveu o assassino como violento e com histórico de agressão contra o pai alcoólatra, Ary Fidelis dos Santos, 50 anos. Ele foi transferido para a Polinter, na tarde de ontem, onde aguardará a decisão do juiz.

Policiais realizam operação no morro Dona Marta atrás do traficante Biscoito da Mangueira

(MARCELO NEGREIROS)
17/05/2007

Policiais do 2° BPM (Botafogo) realizaram uma operação que iniciou durante a madrugada de ontem no Morro Dona Marta, em Botafogo, Zona Sul do Rio. Houve troca de tiros com traficantes. Um bandido acabou preso, além de drogas e uma granada apreendidos.
Com cerca de 18 homens, em uma operação de inteligência do Serviço Reservado (P-2) da PM, o objetivo da operação era checar a informação de que o traficante Biscoito da Mangueira estaria na favela com seus comparsas, para auxiliar a tomada dos Morros da Babilônia e Chapéu Mangueira, ambos no Leme.
O tiroteio assustou moradores das proximidades. Policiais do Grupamento de Ações Táticas (GAT), que também participou da operação, auxiliando os PMs, teriam sido surpreendidos quando desciam as ruas da comunidade após a operação realizada na localidade conhecida como Jupira. Foram apreendidos 123 pedras de crack, 182 trouxinhas de maconha e uma granada defensiva de uso exclusivo das Forças Armadas. Durante a ação, Sérgio Alves de Souza, de 26 anos, conhecido como Buiú foi preso. Ele era procurado pela PM desde fevereiro, quando trocou tiros com policiais do batalhão, ferindo um soldado e sendo baleado no pé. Na época, ele conseguiu fugir, mas deixou todos os documentos na boca-de-fumo. A ação resultou na apreensão de uma metralhadora antiaérea.
O objetivo desta operação realizada em fevereiro era descobrir um acampamento no alto da favela, onde traficantes de outras comunidades, como o Complexo do Alemão, na Penha, Zona Norte, estariam escondidos. Além do acampamento, os policiais buscaram pelo corpo do traficante Alexandre da Silva Inocente, o Merenda, o principal chefe da venda de drogas no Dona Marta. Ele foi morto semanas antes com mais de 30 tiros de fuzil por traficantes do Complexo do Alemão e enterrado no matagal.Na ação, os policiais apreenderam, além da metralhadora anti-áerea, cinco quilos de maconha, grande quantidade de crack, uma pistola calibre 45 e uma granada. O rifle Brownie calibre 30 foi adquirido pelo tráfico, na intenção de perfurar o blindado da polícia, mas segundo os policiais, isso não seria possível. O registro da operação realizada ontem, foi feito na 14ª DP (Leblon), que funciona como central de flagrante.

Manifestação contra crise de hospital

(MARCELO NEGREIROS)
16/05/2008


Cerca de 600 alunos de medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e residentes do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ) realizaram na manhã de ontem, uma manifestação contra o abandono em que se encontra o Hospital do Fundão. Eles reivindicaram verbas dos governos federal, estadual e municipal para melhorar as condições da unidade, que tem uma dívida de aproximadamente 10 milhões de reais com fornecedores.
O manifesto se concentrou no portão principal do hospital universitário. Com faixas e cartazes, os manifestantes fizeram uma passeata até a Linha Vermelha. Desde sexta-feira passada, os transplantes de órgãos estão suspensos. Pacientes e professores também participaram da manifestação.
No protesto de ontem, os manifestantes fecharam um trecho da Linha Vermelha, via expressa que liga o centro da cidade à Baixada Fluminense, na altura da Ilha do Fundão, onde está localizado o hospital. A via só foi totalmente liberada por volta das 11h. Das quatro faixas da pista sentido Baixada, duas foram interditadas pelos estudantes. A via chegou a ficar completamente interditada por 10 minutos. Operadores de trânsito da prefeitura e policiais militares do Choque, auxiliaram o trânsito.
Eles exigem que o estado ornamente recursos atualizados e melhores condições para voltar a atender a população. De acordo com os manifestantes, o hospital atua em todas as áreas e é fundamental na formação de profissionais.
- O aprendizado dos alunos requer a prática e o hospital precisa melhorar, pois é um centro de formação, porém estamos enfrentando diversos problemas – disse Felipe Victer, representante dos residentes da unidade. Para Alessandro Grossi, médico residente do 3º ano de cirurgia plástica, o hospital que é uma escola, onde 1.200 alunos de medicina estão prejudicados.
- Queremos mostrar esse problema para trazer a solução. Já chegamos no fundo do poço e a crise está aguda. Achamos melhor mostrar para a sociedade e assim solicitarmos a mudança – declarou o médico.
O diretor geral do HUCHH, Alexandre Pinto Cardoso, ressaltou que as necessidades acadêmicas e assistenciais crescem a cada dia, gerando necessidades de mais pessoas, que também são assumidas pelo Hospital. Ele ainda acrescentou sobre a necessidade de um concurso público urgente para sanar o déficit de pessoal e também o reajuste da tabela de pagamento pelos serviços prestados.
De acordo com o Centro Acadêmico Carlos Chagas (CACC), da UFRJ que relatou a necessidade deste manifesto, é preciso aproveitar este momento de crise, em que todos os alunos, professores, pacientes e familiares, estão revoltados com a situação do HUCFF e começar uma mobilização para fazer pressão no governo, e assim conseguir um financiamento digno do hospital de excelência que o HU é e sempre foi.

Crise no hospital

O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), referência nacional em procedimentos de alta complexidade, está passando por um processo de endividamento e sucateamento. A razão da crise é o atraso no repasse de verbas por parte do município e o não reajuste do orçamento desde 2004. Os transplantes estão suspensos após a direção da unidade, afirmar não ter dinheiro nem para os serviços básicos de manutenção.
A unidade enfrenta uma crise desde que os recursos para a manutenção e contratação de pessoal passaram a ser insuficientes, segundo a direção da unidade. Com isso, o resultado é a má conservação do prédio: infiltrações, parte do teto que caiu não foi reposta, equipamentos enferrujados e iluminação precária. No almoxarifado, o material para a realização de exames de sangue só vai durar mais dois dias, segundo a direção.
Cirurgias eletivas só serão realizadas após o médico responsável checar se há insumos, caso contrário o paciente não será internado; só há material para realizar hemogramas (exames de sangue) por mais dois dias; e o serviço de medicina nuclear só tem material radioativo para uma semana, sem esse material não há como funcionar.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Preso o líder da quadrilha de traficantes que agiam na Zona Sul

(MARCELO NEGREIROS)

O traficante Flávio Guimarães chefiava quadrilha que entregava cocaína através de um ‘Disque-Drogas’

O advogado Flávio Carino Guimarães, de 32 anos, conhecido como "Doutor", preso na noite de segunda-feira, foi apresentado na Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), na manhã de ontem.
Apontado como líder de uma quadrilha de jovens traficantes, presos durante a operação Lâmina II, realizada em janeiro deste ano, Flávio diz ser vítima de perseguição policial, pois denunciou três policiais civis à corregedoria há dois anos.
O advogado foi preso em Ipanema, na Zona Sul do Rio, por policiais da Deat, que chegaram até ele a partir de uma investigação sobre venda de drogas a turistas em festas raves e boates.
Flávio teve pedido de prisão expedido pela 21ª Vara Criminal em janeiro deste ano, após a Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) prender vários integrantes da quadrilha da qual ele fazia parte.
A operação Lâmina II visava combater o tráfico de drogas na Zona Sul e cumprir seis mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão.
O objetivo era desarticular uma quadrilha de classe média que vendia cocaína a partir de R$ 50, usando um serviço de "Disque- Drogas", onde o usuário recebia o entorpecente em casa.
A quadrilha atuava na Zona Sul do Rio, principalmente em Laranjeiras, além do Flamengo, Copacabana, Jardim Botânico e Urca. Segundo as investigações policiais, a droga era vendida em residências, hotéis e bares para clientes de classe média.
Os fornecedores usavam taxistas e motoboys para fazer a entrega, sempre de madrugada. Segundo a polícia, a quadrilha não pertencia a nenhuma facção e endolavam a droga dentro de casa.
O advogado já tem passagens por agressão e participação ativa no tráfico. Ele foi transferido na tarde de ontem para a carceragem da Polinter.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Feira de São Cristóvão não será leiloada, diz juiz

(MARCELO NEGREIROS)

Agora está decidido, o Pavilhão de São Cristóvão, onde está instalada a tradicional Feira dos Nordestinos, que iria a leilão no próximo dia 14, foi sustado no último dia 06, pelo Juiz Federal substituto no exercício da titularidade, Alfredo de Almeida Lopes, da 4ª Vara Federal de Execução Fiscal do Rio de Janeiro. O pedido foi feito pelo membro do Conselho dos 12, do Movimento pela Valorização da Cultura, do Idioma e das Riquezas do Brasil (MV-Brasil), Wagner Luiz de Vasconcelos, através de petição. Foram recolhidas aproximadamente 200 assinaturas de populares para o cancelamento do leilão.
Conforme o Art. 214, as nulidades de pleno direito do registro, uma vez provadas, invalidam-no, independentemente de ação direta. Segundo o Juiz Alfredo de Almeida, a venda seria para pagar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que é patrimônio dos trabalhadores. Para garantir que o imóvel não seja vendido por um preço inferior ao que vale, ele decidiu suspender o leilão para nova avaliação do imóvel, já que a pendência refere-se a antigo questionamento entre a Prefeitura e pretensos credores de ações trabalhistas contra a Riotur, proprietária formal do Pavilhão.
De acordo com o representante do movimento, o objetivo deste ato, é para não privatizar a feira dos nordestinos, pois ela é um patrimônio cultural. O MV-Brasil, que defende a cultura brasileira como um todo, reconhece as tradições nordestinas como ícone importante da tradição brasileira.
- Queremos manter a feira de São Cristóvão funcionando normalmente. O povo paga hoje uma taxa de R$ 2 para entrar no pavilhão, e caso ele seja leiloado, o público pagará cerca de R$ 10 – ressaltou Wagner.
Ele ressaltou ainda que apenas 95% da população apoiaram o cancelamento deste leilão. A feira atrai cerca de 300 mil visitantes por mês. Em 2003, a Feira começou a funcionar dentro do Pavilhão de São Cristóvão, marco da arquitetura moderna brasileira, reformado pela prefeitura com o objetivo de preservar esse espaço tradicional da cultura nordestina na cidade. Em setembro, ela completará 63 anos. São cerca de 700 barracas fixas que oferecem as várias modalidades da cultura nordestina, como culinária típica, artesanato, trios e bandas de forró.

Movimento consegue suspender outro leilão

Em 2006, o MV-Brasil conseguiu uma ação popular, para suspender o leilão da antiga sede do Cordão do Bola Preta, na Avenida Treze de Maio 13, no Centro do Rio. A juíza Gisele Guida de Faria, da 4ª Vara da Fazenda Pública do Rio, indeferiu o pedido e julgou extinta, sem análise do mérito. A ação foi proposta pelo representante do MV-Brasil, contra o juiz da 38ª Vara Cível da capital, que determinou o leilão na ação de execução proposta pelo Condomínio do Edifício Municipal. Com base no Código de Organização Judiciária do Rio de Janeiro (Codjerj), o MV-Brasil alegou que o leilão deveria ser realizado por oficiais de justiça, na função de porteiro de auditório, e não por um leiloeiro público, como foi determinado pela 38ª Vara Cível. Argumentou ainda que tal substituição onera os cofres públicos, que deixará de recolher a comissão relativa à venda. O clube não pagava cotas condominiais, fundo de reserva, água, luz, esgoto, seguros e taxas extras desde outubro de 1999. A dívida era de 201.929,3899 Ufir.

Sete mortos em operação da Pm em Costa Barros

(MARCELO NEGREIROS)
09/05/2008
Policiais do 9° BPM (Rocha Miranda) realizaram na manhã de ontem uma operação nos morros da Pedreira, Lagartixa e Quitanda, no Bairro de Costa Barros, Zona Norte da cidade. Houve confronto com bandidos, resultando na morte de sete deles. Um dos mortos, conhecido como Churrasquinho da Pedreira, era líder do tráfico e queimava corpos de suas vítimas. Foram apreendidas armas, drogas, bombas e farta quantidade de munição.
A incursão dos PMs começou nos morros da Pedreira e Lagartixa, por volta das 6h, com objetivo de coibir o tráfico de drogas na região. Houve troca de tiros com traficantes. Na ação, quatro bandidos morreram, entre eles, um dos chefes do Morro da Pedreira, conhecido como Churrasquinho. Segundo os soldados, ele queimava corpos de inimigos no alto da favela. Com o traficante, foi apreendida uma pistola.
Na favela da Quitanda, os policiais encontraram dois tonéis com cerca de 30 tabletes de maconha prensada, pesando entre um quilo e um quilo e meio, cada um, além de uma mochila com cerca de cinco mil papelotes de cocaína e grande quantidade de comprimidos ecstasy. Todo material estava enterrado dentro de uma casa, localizada próxima a Rua Botafogo, após receberem informação. Houve confronto com bandidos locais, onde três morreram. Todos eles chegaram a ser socorridos, sendo levados para o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes. De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, todos já chegaram mortos ao hospital, sem identificações, aparentando ter de 20 a 30 anos de idade. Foram apreendidos também durante a operação nas três comunidades, um revólver calibre 38, duas pistolas 9mm, uma pistola 45, um fuzil HK, um fuzil 762, uma metralhadora, uma farda das Forças Armadas, um carregador de fuzil, caderno com anotações do tráfico, quatro bombas artesanais, dez comprimidos de ecstasy e mais de cinco mil munições. Todo a material foi levado para a 22ª DP (Penha), que funciona como a central de flagrantes.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Mais um dia de guerra no Leme

(MARCELO NEGREIROS)


Em mais uma operação no Morro do Chapéu Mangueira, no Leme, Zona Sul do Rio, policiais do 19º BPM (Copacabana) prenderam dois bandidos e apreenderam armas e drogas. Outros seis marginais conseguiram fugir do cerco montado por cerca de 60 PMs na manhã de ontem.
Com objetivo de reprimir o tráfico de drogas na região, soldados do batalhão de Copacabana avistaram um grupo de oito bandidos armados com fuzis, dando início a um intenso tiroteio. Os traficantes fugiram pela mata, invadindo um prédio desativado da Telemar, localizado na Rua Roberto Dias Lopes, no mesmo bairro.
Eles quebraram os vidros, e conseguiram escapar pela rua, em direção a Avenida Princesa Isabel, em Copacabana. Os policiais revistaram os prédios vizinhos e estabelecimentos comerciais em busca dos criminosos. Dois bandidos fugiram em direção a praia do Leme e foram presos na areia, trocando de roupa.
Thiago da Silva Sibélis, vulgo "De Bobeira", de 22 anos, e Douglas Fernandes Ferreira, vulgo "Sujeira", de 21 anos, que já foi preso por tráfico, estavam bastante feridos e não estavam armados.
Segundo os PMs, eles são oriundos de Santa Cruz, na Zona Oeste, ligados à facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), e alegaram estar na casa de parentes na favela.
Durante a busca pelos suspeitos, a polícia encontrou em um prédio vizinho ao desativado, roupas, uma granada e um fuzil, que pertenceriam a eles.
Nas ruas da favela e também na mata, a polícia apreendeu também mais um fuzil, uma metralhadora, uma pistola, mais três granadas, dois carregadores, farta munição, duas toucas ninja, um colete à prova de balas, um rádio de comunicação, grande quantidade de maconha e cocaína, além de uma folha com anotações sobre a venda de drogas.
Os presos e o material apreendido foram levados para a delegacia de Copacabana. Policiais do Batalhão Florestal, do Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais (Gpae) e da Companhia Independente de Polícia Militar com Cães (CIPM).

Bando foge em van para a Serrinha

De acordo com moradores que presenciaram a ação dos bandidos, eles saíram do prédio armados. Outros três bandidos renderam o motorista e o ajudante de uma van, que esperava para descarregar produtos em frente ao número 220 da Roberto Dias Lopes.
Eles, que não tiveram suas identidades reveladas por motivos de segurança, prestaram depoimento na 12ª DP (Copacabana). Conforme testemunho, eles foram obrigados a conduzir o veículo até a Favela da Serrinha, em Madureira, Zona Norte do Rio, onde foram liberados.
Os bandidos fugiram para o interior da favela de moto. A polícia conseguiu identificar dois deles. Marcelo da Silva Batista, 21, e Adriano Rodrigues Gianine, 22, ambos já com passagem por tráfico.

Prédio vizinho atingido por bala perdida

A troca de tiros entre os policiais e bandidos, assustou moradores da comunidade e também dos prédios próximos à comunidade. Moradora do prédio de número 436, da Rua Gustavo Sampaio, que preferiu não se identificar, disse que uma bala atingiu seu apartamento.
Ela relatou que o imóvel, localizado no 8º andar, tem uma pequena vista para a mata, mas não dá para ver a favela. Segundo a moradora, a bala atravessou a janela do quarto do filho de 16 anos e foi parar num quadro.
Ela que está a um mês nesse apartamento, disse que não estava em casa no momento do incidente, apenas a mãe, a empregada e a filha de 14 anos.
- Minha mãe foi fechar a porta do quarto de meu filho, quando avistou os estilhaços - declarou a moradora, ainda assustada. Segundo ela, o projétil ainda não foi encontrado, avisando a polícia e a administração do prédio.

INCÊNDIO NO MÉIER

(MARCELO NEGREIROS)
Um incêndio atingiu um apartamento no 8° andar de um prédio na Rua Intendente Cunha Menezes, número 257, no bairro do Méier, Zona Norte do Rio, por volta das 6h45min de ontem. Bombeiros do quartel do Méier foram acionados para apagar as chamas. Nenhum dos moradores e funcionários do edifício ficaram feridos.

Curto-circuito

De acordo com os Bombeiros, a causa do incêndio foi um curto-circuito que começou na geladeira. Ao perceberem a proporção das chamas, as duas pessoas que estavam no apartamento de número 801, se abrigaram no quarto, acionando os bombeiros, que chegaram logo em seguida.
Quando os bombeiros chegaram no local, havia muito fogo, que se concentrou apenas na cozinha. Mãe e filho estavam presos no quarto, e foram resgatados sem ferimentos. Eles foram atendidos no próprio local, devido a fumaça, mas sem gravidades.


Danos materiais

Ainda de acordo com os bombeiros, houve apenas danos materiais, como eletrodomésticos, móveis e utensílios, que foram queimados durante o incêndio.
Foi realizado o trabalho de rescaldo e também de perícia, que será divulgado em aproximadamente uma semana. Dez bombeiros do 2º GBM (Méier), sob o comando do major Hélio Lima.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

118 motoristas de caminhões são multados no Rio

No segundo dia de proibição de tráfego de caminhões em algumas vias da cidade, nas horas de maior movimento, a CET-Rio, a Coordenadoria de Vias Especiais (CVE) e a Guarda Municipal, aplicaram 118 multas a caminhões de entrega que não respeitaram as regras do decreto municipal, em vigor desde ontem, segundo a Secretaria Municipal de Transporte.
No início da manhã de ontem, a Guarda Municipal montou barreiras para impedir a passagem desses veículos na Avenida Francisco Bicalho, Zona Portuária do Rio, uma das vias onde está proibida a circulação de caminhões. Os veículos também estão sendo proibidos de estacionar na Avenida Pedro II, que dá acesso à Francisco Bicalho. Na segunda-feira, os motoristas fizeram fila na via para esperar o horário permitido para circulação.
A proibição vale para as horas de maior movimento: entre 6h e 10h, e entre 17h e 20h, de segunda a sexta-feira. Mesmo as empresas que conseguiram na Justiça o direito de continuar circulando, como a Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes, estão sendo impedidas de trafegar antes do horário permitido. A Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) também conseguiu na Justiça que o decreto só passe a vigorar daqui a 180 dias. Segundo a associação, as empresas precisam de tempo para redefinir roteiros e ruas da cidade por onde os caminhões irão passar. A prefeitura do Rio anunciou que vai recorrer o mais rápido possível a decisão.
Segundo a Guarda Municipal, somente veículos de valores, mudanças, combustível e de serviços, como reboque, empresas de ônibus e ambulâncias, podem circular normalmente.
- No primeiro dia, foi realizado um trabalho de orientação e ontem, trabalhamos com repressão – disse um dos guardas municipais.
Só na segunda-feira, 253 multas foram aplicadas no primeiro dia de proibição de tráfego de caminhões em algumas vias da cidade do Rio. De acordo com o decreto, os caminhões estão proibidos de circular por ruas do Centro, todas da Zona Sul, Tijuca, Jacarepaguá e Méier. A medida da prefeitura tem como objetivo facilitar o tráfego na cidade. Quem descumprir, leva multa de até R$ 100.


Tribunal de Justiça suspende decreto que limita a circulação de veículos de carga no Rio

A Prefeitura do Rio foi comunicada ontem, da decisão do Tribunal de Justiça que suspendeu a decorrência do decreto municipal que proibía os caminhões de carga de circular, carregar ou descarregar mercadorias nos dias úteis. A proibição foi estipulada entre 6h e 10h, e de 17h às 20h, na orla marítima e em mais 26 vias. De acordo com o desembargador Luiz Felipe Francisco, da Oitava Câmara Cível, que deferiu a medida liminar pleiteada pela Associação de Supermercados do Estado do Rio, considerou o tempo compreendido entre a publicação do decreto, no dia 25 de abril, e a data de início de aplicação da medida, na segunda-feira, decorreram apenas 10 dias, dos quais apenas metade foram úteis. Ainda não há data para que a Oitava Câmara Cível vote o mérito do mandado de segurança.

Menina prende o cabelo em brinquedo e perde parte do couro cabeludo


Uma menina de 9 anos perdeu parte do couro cabeludo ao ficar com o cabelo preso em um brinquedo de um parque, no Rio de Janeiro. Júlia Vitória do Ramo Braga, 9 anos, ficou com o cabelo preso num brinquedo, conhecido como "gaiola", no Parque Filadélfia Diversões, em Campo Grande, na Zona Oeste da cidade. Ela foi socorrida pelos pais em uma clínica na região e passa bem.
Segundo o pai dela, Lincoln Campos Braga, a pequena Júlia ficou 28 minutos com o cabelo preso e que os funcionários do parque tiveram dificuldade para soltá-la. Ela foi levada para a Casa de Saúde Nossa Senhora do Carmo, e liberada em seguida. De acordo com os médicos que a atenderam, ela poderia ter quebrado o pescoço. Ainda de acordo com o pai da criança, a brigada de incêndio do shopping e representantes da administração, foram chamados, mas ninguém apareceu.
Ela compareceu na manhã de ontem no Instituto Médico Legal, em Campo Grande, onde realizou exame de corpo de delito. Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, não encontraram irregularidades no parque. De acordo com o especialista Ivan Camargo, na perícia realizada pela manhã no brinquedo, nada estava fora das normas de segurança.
O diretor da empresa Parque Filadélfia Diversões, Rogério Carvalho, acompanhou os trabalhos. Ele assegurou que a recomendação é para que a criança sente no banquinho e segura com as duas mãos na trava de segurança que fica à frente. Segundo ele, a menina descumpriu as ordens e se deitou no banco, o que levou seu cabelo a se enrolar em uma roldana do brinquedo.
O delegado Eduardo Jorge Soares, da 35º DP (Campo Grande), onde o caso foi registrado como lesão corporal, interditou o brinquedo por medida de segurança, até que a empresa instale uma placa de proteção na roldana onde ocorreu o acidente. Os responsáveis, tanto pelo shopping quanto pelo parque, deverão comparecer à delegacia para prestar depoimento.
Emocionado, o pai de Júlia, falou sobre o susto que levou com a filha.
- Tivemos um milagre de Deus. Ela poderia ter quebrado o pescoço ou ter sofrido um traumatismo craniano. Fisicamente ela está bem. Mas emocionalmente está abalada – disse Lincoln Campos Braga. Ele ainda disse sobre o despreparo dos funcionários do shopping e do parque, que ficaram chocados com a situação e não sabiam o que fazer para soltar a criança do brinquedo.
Ele acrescentou que este despreparo, será cobrado na Justiça. Lincoln, que trabalha como radialista, pretende processar o fabricante do brinquedo, a empresa que explora o parque e a administração do shopping.

Tragédia acabou reaproximando pai e filho que não se viam há seis anos
Durante a reportagem exibida na televisão, sobre o caso de Júlia Vitória do Ramo Braga, o jovem Felipe Couto Campos Braga reconheceu o pai que não via há pelo menos seis anos. Lincoln Campos Braga, é o pai dele e também o pai da criança que se feriu.
Surpreso ao reconhecer o pai e preocupado com a irmã mais nova, Felipe foi até a 35ª DP (Campo Grande), que está investigando o acidente no Parque Filadélfia Diversões, e pediu ajuda para chegar até a casa do pai. Ele foi levado ao local por uma viatura da Polícia Militar e reencontrou seu genitor. Os dois se abraçaram em clima de grande emoção.

domingo, 4 de maio de 2008

Café das Dez, programa da Rádio Bandeirantes AM

(MARCELO NEGREIROS)
A rádio brasileira agora tem um "sabor especial" para os ouvintes da Rádio Bandeirantes Am 1360 khz. Mais do que um programa de curiosidades e de um serviço de utilidade pública, o programa Café das 10 tem como locutores, uma bem produzida ex-modelo e um discreto e informal especialista esportivo. Mário Morango e Anna Davies animam as manhãs do rádio com entretenimento, entrevistas, notícias em cima da hora e situações do dia-a-dia. Eles conduzem uma “revista diária” com cultura, música e dicas sobre todo e qualquer assunto de interesse do cidadão, com um canal de comunicação aberto ao ouvinte sem restrições.
Hoje o café das 10 ocupa a terceira colocação no horário e de acordo com os comunicadores, o programa está tendo esse sucesso em uma rádio renovada, que voltou com uma programação inovadora. O programa é 100% interativo, onde o ouvinte é a peça fundamental e a participação às vezes é ao vivo. Eles sugerem pautas que na maioria das vezes são aceitas. Campanhas também são realizadas. O público GBTL também ganha espaço no programa. Os comunicadores abordam todos os casos da cidade, chamam a atenção para autoridades e brigam por coisas sérias.
Artistas são lançados e também resgatam artistas esquecidos pelo público. O programa é totalmente independente, não tem patrocínio e comercial. Artistas de todas as artes, intelectuais, presidentes de associações de moradores, diretores de museus e centros culturais, políticos, autoridades públicas e eclesiásticas, profissionais autônomos ou não, todo e qualquer cidadão que tenha amor e pelo Rio e responsabilidade social abrilhanta o programa.
Jornalistas de vastos e experientes currículos, ele, Coordenador de Esportes da rádio Bandeirantes AM, ela, militante e fundadora de inúmeros movimentos culturais, artísticos, sociais, futura candidata a vereadora pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). É um programa alegre, bem humorado e de muito entretenimento, onde os comunicadores brincam um com o outro. Anna foi a primeira jornalista negra da Tv brasileira em 1972, na TV Globo de Minas gerais.
A entrada dela no jornalismo foi inusitado, devido a sua imagem, tendo um black power. Depois que saiu da TV, em 1979, ingressou na Rádio Nacional, depois na Continental, Carioca, entre outras. Amazonense por natureza e carioca de coração, Mário é o gerente coordenador de esporte na Rádio Bandeirantes, com 23 anos de profissão. A parceria começou em junho passado, quando começou o programa na Rádio Bandeirantes. Ela trabalhava na Rádio Globo e ele na própria Bandeirantes.
O programa também é uma prestação de serviços, onde toda terça-feira, a Doutora Márcia Romañach, aborda temas diferenciados, ligado à saúde bucal. Ela foi a primeira médica dentista a tratar crianças aidéticas no Brasil. Outras participações também ilustram o programa como Maria Isabel, a Bebel, da Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa), na defesa dos direitos dos animais e Paulino Rodrigo (o Borboleta), comentarista esportivo e militante gay.
A Rádio Bandeirantes AM Rio de Janeiro, é uma emissora radiofônica da cidade do Rio de Janeiro, transmitida em sinal AM. A rádio faz parte do Grupo Bandeirantes de Comunicação e integra a Rede Bandeirantes de Rádio. É uma diversidade, onde a programação varia de humor até programas evangélicos. O esporte e o jornalismo têm mais espaço. A rádio está moderna, com equipamentos atuais, além do ambiente de trabalho ser muito bom, segundo Anna. O programa café das 10 vai ao ar sempre de segunda a sexta, das 10 às 11 horas, na Bandeirantes AM (1.360 MHz).

Mariah Carey se casa com cantor Nick Cannon

A cantora Mariah Carey e o ator e cantor de rap Nick Cannon se casaram nas Bahamas nesta semana, de acordo com várias reportagens publicadas na imprensa. O jornal New York Post disse na quinta-feira que o casal se uniu em uma cerimônia secreta, exclusiva para família e amigos, na casa de Mariah em Eleuthera, citando uma fonte próxima à cantora. Latina.com, site da revista Latina, diz ter falado com uma pessoa próxima a Cannon, que teria dito que o casamento aconteceu na quarta-feira. Já a revista In Touch Weekly disse que Cannon mandou fazer um anel de 2,5 milhões de dólares para a noiva.As reportagens não puderam ser confirmadas imediatamente e os representantes de Mariah Carey e Cannon não retornaram nossos e-mails e telefonemas.Carey, 38, lançou recentemente a música 'Touch My Body', que chegou ao topo das paradas, e o disco 'E=MC2', que também estreou, em abril, como o disco mais vendido. Ela faz sucesso como cantora desde 1990, quando lançou seu primeiro álbum.Cannon, 11 anos mais novo que Mariah, já atuou na televisão e em filmes como 'Ritmo Total' e 'Dança Comigo?'. Ele lançou um disco com seu nome em 2003 e o segundo, 'Stages', em 2006.O casal se conheceu quando Cannon dirigiu um dos videoclipes dela, 'Bye, Bye'.A cantora já foi casada com o executivo fonográfico Tommy Mottola, mas eles se divorciaram em 1998. É o primeiro casamento de Cannon.

A feira dos nordestinos não será mais leiloada

(MARCELO NEGREIROS)
A notícia de que o Pavilhão de São Cristóvão, onde está instalada a tradicional Feira dos Nordestinos, iria a leilão no próximo dia 14, deixou os comerciantes apreensivos. Uma ação movida pela Caixa Econômica Federal contra a Riotur - Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro -, em curso na 4ª Vara Federal de Execução Fiscal, resultaria na venda por leilão do Centro de Tradições Nordestinas Luiz Gonzaga, avaliado em R$ 3.000,000,00 (três milhões de reais), uma das atrações cariocas para visitantes de outros Estados brasileiros e turistas do exterior.
Alguns comerciantes ficaram receosos com a notícia, mas foi realizada uma assembléia geral na semana passada, onde foi exposta a situação. De acordo com o presidente da Associação dos Feirantes, Paulo Cunha, foi encaminhado um e-mail ao subsecretário da prefeitura, cobrando esclarecimentos. Segundo o subsecretário, Marcos Valle, trata-se de assunto decorrente, que está sendo bem conduzido pela Procuradoria Geral do município. A pendência refere-se a antigo questionamento entre a Prefeitura e pretensos credores de ações trabalhistas contra a Riotur, proprietária formal do Pavilhão. Ele disse que os feirantes podem ficar tranqüilos, pois o pavilhão não será leiloado.A feira que em setembro, irá completar 63 anos, exerce um papel importante na geração de milhares de empregos. São cerca de 700 barracas fixas que oferecem as várias modalidades da cultura nordestina, como culinária típica, artesanato, trios e bandas de forró. A feira atrai cerca de 300 mil visitantes por mês. Em 2003, a Feira começou a funcionar dentro do Pavilhão de São Cristóvão, marco da arquitetura moderna brasileira, reformado pela prefeitura com o objetivo de preservar esse espaço tradicional da cultura nordestina na cidade.

Gerentes do tráfico são presos na Cidade de Deus

(MARCELO NEGREIROS)

Policiais do 18º BPM (Jacarepaguá) prenderam dois homens, durante incursão na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, no início da tarde de ontem. Foram apreendidas armas, drogas dinheiro da venda do tráfico.
Com o objetivo de reprimir o tráfico de drogas, policiais do Grupamento de Ações Táticas (GAT), fizeram uma operação na localidade conhecida como Quinze, dentro da comunidade e prenderam os irmãos gêmeos, Alex Leal da Silva e Alan Leal da Silva, de 28 anos, vulgos 19 e 20.
Com eles, foram apreendidas duas pistolas, 33 munições de 9mm, 353 sacolés de cocaína, 18 trouxinhas de maconha e R$ 60 da venda das drogas. De acordo com os PMs, eles são os gerentes do tráfico desta comunidade. Os presos e o material foram encaminhados para a 28ª DP (Campinho), onde foi registrado o caso.
Semana passada, na mesma localidade, dez homens morreram durante operação da polícia. De acordo com a PM, os mortos, que chegaram a ser levados para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, seriam todos criminosos. Os policiais que participaram da ação disseram que foram recebidos a tiros pelos criminosos e entre os mortos está o chefe do tráfico de drogas do local, Jorge Ferreira, o Gim.
Foram apreendidos três fuzis, cinco pistolas e duas granadas. Além dos dez mortos, uma idosa morreu, depois de ser ferida por uma bala perdida. Outras duas pessoas foram feridas.
Cerca de 150 policiais do 18º BPM e mais três batalhões, com apoio de um helicóptero, realizaram esta operação na Cidade de Deus para apreender armas e drogas e também cumprir mandados de prisão.
Um dos objetivos da polícia era encontrar traficantes do conjunto de favelas do Alemão, no subúrbio do Rio, que estariam na Cidade de Deus. No entanto, o chefe do tráfico do Alemão, o Tota, não foi localizado.

Bandido é morto em ação da polícia na Favela Pára-Pedro

(MARCELO NEGREIROS)

Um bandido morreu e dois menores foram apreendidos durante incursão de policiais do 9º BPM (Rocha Miranda) na Favela Pára-Pedro, em Colégio, subúrbio do Rio, no fim da manhã de ontem. Armas e granadas foram apreendidas.
Integrantes do 9º BPM em operação policial para checar informações sobre a presença de traficantes na comunidade, e repressão ao tráfico de drogas, foram recebidos a tiros, resultando na morte de um bandido. O criminoso, aparentando ter mais de 18 anos, foi socorrido e levado para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas não resistiu ao ferimento. Com ele, a polícia apreendeu um rifle calibre 22, um revólver de mesmo calibre e duas granadas. Durante a incursão, dois menores também foram apreendidos.
Eles estavam com dois radio transmissores e dois revólveres calibre 38. O caso foi registrado na 22ª DP (Penha), que funciona como central de flagrantes.

A dor de uma mãe

A mãe de um dos menores sabia que o filho era usuário de drogas, mas não tinha conhecimento que ele seria traficante. A ambulante Maureni Sotim, de 30 anos, disse que prefere ver o filho, J.S.B, de 15 anos, preso, pois acredita em uma recuperação do jovem. Segundo ela, o menor a ajuda, vendendo balas na rua e que o sustenta, sempre dando algum dinheiro para ele comprar roupas ou tênis. Ainda de acordo com ela, que é moradora de Anchieta, a mãe é quem mora na comunidade do Pára-Pedro.

Rapaz é atropelado por trem nas proximidades da estação de São Cristóvão

(MARCELO NEGREIROS)
02/05/2008
Um rapaz foi atropelado por um trem no início da tarde de ontem, na estação de São Cristóvão, na Zona Norte. Tágure Medeiros, de 20 anos, estava vindo de Santa Cruz, na Zona Oeste, indo para o ramal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e por questão de pressa, transitou irregularmente na via férrea, tentado passar de uma plataforma para outra. Ele perdeu a batata da perna direita, sendo socorrido e levado para o Hospital Souza Aguiar, no Centro.
De acordo com a assessoria de imprensa da SuperVia, o socorro foi acionado imediatamente ao Corpo de Bombeiros. A concessionária coloca avisos nas estações, que é proibido atravessar os trilhos e que existem passarelas. O Batalhão de Polícia Ferroviária (BPFer), foi acionado e assumiu o caso.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Bandidos roubam carro a mando de traficantes do Jacarezinho

(MARCELO NEGREIROS)
Dois homens foram presos após roubarem um carro no bairro de Sampaio, Zona Norte do Rio, na manhã de ontem. Outros dois conseguiram fugir, abandonando o veículo mais adiante. O crime seria encomendado por traficantes da favela do Jacarezinho.
De acordo com informações de policiais do 3° BPM (- Méier), que faziam patrulhamento na descida do Túnel Noel Rosa, a vítima, que estava em seu carro, um Honda Civic azul marinho, placa LCR- 1767, foi abordada por um grupo de quatro bandidos na Rua São Paulo, esquina com 24 de Maio.
Ele voltou e avisou aos PMs que perseguiram os criminosos. Guilherme de Aquino Simões, de 22 anos, e o menor J.B., 17, foram presos no local, pois não conseguiram entrar no veículo. Os policiais alertaram outra viatura, que perseguiram os demais bandidos.
Eles abandonaram o carro e fugiram por uma passagem subterrânea no mesmo bairro. Em depoimento, o menor disse que este roubo foi encomendado por traficantes da favela do Jacarezinho, de onde são oriundos.
Eles receberiam uma quantia de R$ 1.800 pelo serviço. Guilherme negou que estivesse armado e que outro bandido, que fugiu, estaria armado com uma pistola. A vitima, que preferiu não se identificar, prestou depoimento e registrou queixa na 25ªDP (Engenho Novo).

Homem esfaqueia a mãe em Piedade

(MARCELO NEGREIROS)

João Paulo de Albuquerque, 25 anos, sofre de problemas mentais e acabou preso após o ataque. Ele irá para hospital

Um homem foi preso por policiais militares do 9° BPM (Rocha Miranda) na noite da última quarta-feira, após esfaquear a própria mãe, no bairro da Piedade, na Zona Norte do Rio.
João Paulo Neves de Albuquerque, 25 anos, que sofre de problemas mentais, foi preso depois de esfaquear a mãe, Elvira Neves de Albuquerque, 59, na Avenida Dom Hélder Câmara, número 8985, casa 1.
De acordo com informações da polícia, ele morava com o pai, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e foi procurar a mãe naquele dia. Numa rápida discussão, ele pegou uma faca e golpeou a mulher no braço esquerdo.
O corte foi profundo e ela foi levada para o Hospital Salgado Filho, no Méier, por PMs, chamados pelos vizinhos. Ela foi medicada e não corre risco de morte. O agressor foi levado para a 28ª DP (Campinho), onde o caso foi registrado.
Ele será encaminhado para a Polinter, onde aguardará os procedimentos legais. Segundo os policiais, o acusado deverá ser transferido para algum hospital psiquiátrico. João Paulo já ficou internado no hospital psiquiátrico do Engenho de Dentro.