sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Mentiras: pare de se enganar!

As mentiras não fazem mal apenas quando empregadas sem necessidade, para manipular os outros ou para passar uma imagem distorcida do que realmente somos. Elas também são perniciosas quando as pessoas as dizem para si mesmas, com o objetivo, às vezes inconsciente, de disfarçar uma situação desconfortável, ou ainda quando são usadas como estratégia para se obter, manter ou evitar algo.



As mentiras fazem parte do desenvolvimento e da aprendizagem infantil, como estratégia para evitar castigos, obter recompensas, reforçar a independência dos pais ou criar um mundo interior. Mais adiante, passam a ser uma estratégia natural da comunicação humana, um "lubrificante" social.
Quando adultos, fazemos nossa leitura do mundo alterando a realidade e, às vezes, recorremos às mentiras como estratégia para obter, manter ou evitar algo.
Mas mentir se torna doentio quando se torna um hábito, quando a inverdade pode ser facilmente ser confrontada ou é dita sem motivo algum, e ainda quando se torna algo incontrolável, ainda que se tenha consciência do ato.
Segundo a psicóloga Marichu Hidalgo, antes de escolher entre a verdade ou a mentira, é bom pensar no custo psicoemocional de uma ou outra alternativa e analisar se não existe uma outra maneira de resolver esse impasse.
Além disso, é preciso ponderar as conseqüências da mentira, tanto para quem a conta como para quem é enganado. Quem conta uma inverdade, tem que mantê-la por muito tempo. E, muito provavelmente, terá que mentir para mais pessoas para esconder o primeiro embuste. Quanto mais complicada fica a sustentação de uma mentira, mais aumenta o risco de ela ser descoberta.
"Ainda que alguém ache que a falta de honradez faz o mundo ser melhor ou mais seguro, ou ajuda as coisas a serem como queremos, na verdade, só faz a vida se complicar ainda mais", diz Hidalgo.


Os benefícios da verdade


Por outro lado, a verdade é sempre mais vantajosa: "Dizer a verdade é muito mais simples: requer menos energia emocional, uma memória menos desenvolvida e costuma trazer menos complicações. Mentir requer lembrar o que se disse e a quem. Implica um estilo de vida muito trabalhoso".
Além disso, quando se mente, convém se perguntar: de que fugimos, que conflito não somos capazes de enfrentar ou que necessidade se tenta satisfazer mentindo: uma necessidade de pertença, de apreço, de liberdade, de diversão?. Dizer mentiras com freqüência não é bom. Pior é o mentiroso passar a acreditar nelas.
Às vezes, o medo de sermos julgados ou rejeitados, de sofremos ou fracassarmos, de não cumprirmos as nossas e as expectativas dos outros... Tudo isso pode nos levar a fazer leituras parciais d
a realidade, a ocultá-la ou a interpretá-la da nossa maneira. Ou ainda fazer com que reprimamos, inibamos ou escondamos certos aspectos de nossa forma de ser.
Segundo Hidalgo, quando alguém se auto-engana, "pensa ou diz coisas que não correspondem com a realidade, porque existem deficiências ou carências que a pessoa quer compensar": "Essa pessoa pode se referir a certas situações, qualidades, habilidades ou conquistas de forma exagerada, tirando-as de contexto ou mudando-as para que causem menos mal-estar".
No curto prazo, isso ameniza emoções como a frustração. Mas, quando a pessoa sistematicamente mascara ou exagera a realidade, então, sua frustração pode até impedir mudanças pessoais, já que só a mentira passa a fazê-lo se sentir bem.
Para a psicóloga, uma das melhores vacinas contra o auto-engano é "buscar atividades gratificantes". "Enriquecer a vida social e pessoal faz com que nos sintamos mais à vontade com nós mesmos, já que temos coisas positivas que nos enriquecem. Se a vida de uma pessoa é pobre em gratificações ou entendiante, então ela inventará ou tratará de exagerar o que lhe acontece para não ter uma imagem tão negativa de si mesma".
Para fugir da auto-enganação, a especialista aconselha as pessoas a agirem de acordo com o que sentem e pensam, e não como gostariam que as coisas fossem.
"É preciso tempo para a descoberta de soluções e saídas reais a longo prazo que nos ajudem a enfrentar aquilo que agora dói e que é considerado insuperável".
Outro antídoto contra a auto-enganação é a renúncia à perfeição e a fazer tudo de forma magistral. "Esta atitude pode sacrificar experiências valiosas. Tendo-se consciência de que nada é muito bom ou ruim, ninguém se sentirá obrigado a atender às expectativas continuamente".


Por María Jesús Ribas.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Projeto que legaliza prostituição é controverso na Câmara e nas ruas


A discussão na Câmara foi quente e ainda não acabou. O projeto que legaliza a prostituição e exige o pagamento por prestação de serviços sexuais já sofreu uma derrota, mas vai ser votado em plenário assim mesmo. Como o assunto tem tudo para cair na boca do povo, O GLOBO ONLINE quis saber o que pensam as pessoas nas ruas e os principais personagens desta discussão. E oferece a você, leitor, a chance de votar também. Por votação simbólica, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitou no dia 7 de novembro o projeto de lei do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ). Os deputados aprovaram o relatório de ACM Neto (DEM-BA), que confirmou a constitucionalidade da proposta, mas foi contrário no mérito. No entanto, como o projeto prevê mudanças no Código Penal, seguirá para apreciação pelo plenário da Casa, conforme prevê o regimento da Câmara.
Para ter alguma chance no plenário, Gabeira aposta na atenuação do projeto como forma de fechar um acordo com os deputados . Apesar de admitir os questionamentos morais em torno da prostituição, Gabeira argumenta que ela é uma realidade no país.
Relator contrário à proposta de Gabeira, ACM Neto argumenta que, apesar de a prostituição ser um "mal inafastável", sua aceitação dentro das leis do país beneficiaria os chamados empresários do sexo, que lucrariam sobre as garotas de programa . O deputado acredita ainda que a legalização da prostituição não é compatível com o ordenamento jurídico do país, já que um contrato entre cliente e prostituta não cumpriria uma "função social", como prevê a legislação brasileira.
Representante das principais interessadas no assunto, Gabriela Leite, presidente da ONG Davida, apóia o projeto de Gabeira e não desanimou com a rejeição na CCJ. Ela pretende convencer os deputados (principalmente as mulheres) da importância da descriminalização da profissão. Mas a tarefa não será fácil. A deputada Maria do Rosário (PT-RS), por exemplo, vê falhas na proposta, que, segundo ela, é limitada por não observar aspectos relativos aos direitos dessas mulheres. A deputada gaúcha acredita na necessidade de aprofundar o debate.
" A proposta do deputado Gabeira é um tanto limitada "
- É uma discussão bastante importante, porque retira da invisibilidade setores historicamente marginalizados. No entanto, a proposta do deputado Gabeira é um tanto limitada, porque não trabalha amplamente a questão dos direitos previdenciários e sociais.
Para a deputada, a retirada dos três artigos do Código Penal (228, 229 e 231) que tratam de crimes de lenocínio (favorecimento à prostituição e tráfico de pessoas), prevista no projeto de lei, causaria "desproteção" e "vulnerabilidade" às pessoas que vivem da prostituição.

sábado, 10 de novembro de 2007

Vergonha!!


Não estou surpreso com a história destes monstros, que são considerados playboys ou filhinhos de papai. São vermes, mais sujos que qualquer bandido capazes de assaltar e matar. Eles não merecem ir para a cadeia, afinal, a cadeia já está tão suja, mais bosta lá é demais. Que tal uma sessão de tortura, arrancar um olho ou um dedo, quebrar uma perna, cortar a língua, qualquer coisa que os façam sentir na pele o sofrimento e preservar o que há de mais belo que Deus nos deu, a VIDA.

Fico imaginando a dor desses pais ao verem os filhos, estampado na capa de um jornal, como a principal notícia, um bandido barato.

Confira abaixo o vídeo que mostra esta vergonha.


terça-feira, 6 de novembro de 2007

Pensamento do dia

"Se deres um peixe a um homem, ele alimentar-se-á uma vez; se o ensinares a pescar, alimentar-se-á durante toda a vida."
(Kuan-Tsu)

Elas voltaram!!!


As Spice Girls voltarm de com a corda total. Elas estrearam nesta sexta-feira, 02/10/20078, o clipe da música “Headlines (Friendship Never Ends)”, seu primeiro videoclipe desde 2000, pertencente ao CD Greatest Hits, que sairá ao mercado no próximo dia 13.

Confira o novo vídeo no link abaixo:

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Caso Richthofen: À espera da liberdade


Estudante que ajudou a matar os próprios pais poderá ser solta em fevereiro. Defesa aguarda decisão da Justiça paulista


SÃO PAULO - A estudante Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos e seis meses de prisão pelo assassinato dos próprios pais, em 2002, poderá deixar a cadeia em fevereiro. A previsão é do advogado Mauro Nassif, defensor de Suzane. Ele se baseia em apelação que corre na 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo pedindo anulação do julgamento e redução da punição para 22 anos.
“Com condenação de 22 anos, ela já terá cumprido um sexto da pena e terá direito ao regime semi-aberto”, explica Nassif. Na apelação, a defesa alega que as penas da estudante não poderiam ter sido somadas, porque os crimes foram continuados. “O juiz somou as penas (pelos assassinatos do pai e da mãe), quando na verdade existe o instituto do crime continuado, previsto no Código Penal, que garante pena menor quando os crimes acontecem em seqüência”, afirmou Nassif. Ele não tem dúvidas de que o recurso será aceito pelo Tribunal.
Além da apelação no TJ paulista, o advogado também aguarda resultado de recurso especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Lá está sendo questionando o fato de Suzane ter sido levada a julgamento antes de ser terminada a sentença de pronúncia, uma espécie de procedimento intermediário entre o processo e o júri. Segundo Nassif, a sistemática feriu o Código de Processo Penal (CPP). O recurso está sendo analisado há mais de um ano pelo ministro Nilson Naves. O advogado admite, porém, que ainda não há jurisprudência sobre o assunto no STJ.
Em setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido de liberdade para Suzane. O STF levou seis meses para julgar o caso. A estudante está presa na penitenciária feminina de Tremembé, a 138 quilômetros capital paulista. Além de tentar sua libertação, ela também briga na Justiça pela herança dos pais, Manfred e Marísia. Antes de ser condenada, Suzane havia aberto mão da herança, mas depois mudou de opinião. Suzane também está processando o Estado por danos morais e materiais. Ela quer indenizações de R$ 950 mil.


Casal foi morto no quarto, enquanto dormia


O casal Manfred e Marísia von Richthofen foi assassinado em casa, no Brooklin, Zona Sul de São Paulo, na madrugada de 31 de outubro de 2002. Eles foram surpreendidos enquanto dormiam e golpeados com barras de ferro, ainda na cama.
Além de Suzane, filha do casal, também participaram da ação os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos. O último era namorado da estudante.
O trio planejou tudo para parecer assalto. A biblioteca da casa foi revirada. Para não haver testemunhas, Suzane levou o irmão — então com 15 anos — para um cybercafé e só o pegou de volta após o crime. Depois de matar os pais, a estudante foi com o namorado para um motel, onde ficou duas horas na tentativa de forjar álibi. Na época Suzane tinha 19 anos e estudava Direito. O crime teria sido motivado por proibição do namoro dela com Daniel.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Não seja indeciso!


***Muito boa esta matéria publicada no site do Yahoo (05/11/2007).

Vale a pena ler e comentar***


Segundo um estudo da Universidade de Amsterdã, na Holanda, o fato de pensar demais em um problema leva a tomar decisões erradas no final. Por mais razões que sejam usadas para justificar uma decisão, se o corpo diz "não", é que o passo que será dado não se conecta com a parte mais íntima da pessoa.


Ao longo da vida enfrentamos grandes mudanças, como as relacionadas com o casamento, os filhos, a família, o mundo do amor e dos afetos.
Também devemos decidir em assuntos referentes à nossa orientação profissional, que pode levar muitos anos em uma atividade, tanto em direção à expansão quanto ao recuo na vida.Um grande projeto profissional, que pode exigir uma mudança de casa e de amigos, também é uma situação crítica da existência, em que é importante ter claro se é melhor responder "sim" ou "não", avançar em um sentido ou outro, inclusive retroceder ou dar um passo para o lado.
"São situações em que é aconselhável fazer uma série de perguntas esclarecedoras para decidir algo com as maiores garantias de sucesso", diz o psicoterapeuta José María Doria, que dá workshops de desenvolvimento pessoal na América e na Europa.
Uma dúvida central é "Meu corpo pede esta decisão?". Isso consiste em checar se o que será feito tem sensatez, entendida como uma sabedoria instintiva. É se queestionar se o que vai ser feito faz sentido, não só o senso-comum, mas também o do próprio corpo e os sentidos, "que sabem muito mais coisas do que imaginamos", segundo Doria.
Para ele, é preciso "confiar no que o corpo pede, o que não provém da parte racional do cérebro, mas de uma parte mais intuitiva, à qual não se pode enganar e é preciso prestar atenção".
Por mais racionalizações que sejam usadas para justificar uma decisão, se o corpo diz "NÃO", é que o passo que será dado não se conecta com a parte mais íntima da pessoa. Toda decisão deve estar em harmonia com "o que o corpo pede".
É algo que inclusive pode ser notado fisiologicamente: se uma decisão é correta, ao pensá-la o coração bate melhor, se sente mais força vital e a zona do abdômen se distende ao invés de se contrair.
Por outro lado, segundo um estudo da Universidade de Amsterdã, na Holanda, o fato de pensar demais em um problema leva a tomar decisões erradas no final.
Isso se deve ao fato de que "nosso inconsciente gerencia melhor as decisões mais complexas", segundo o psicólogo Ap Dijksterhuis.


Pelo sim, pelo não...


O especialista pediu a um grupo de 80 voluntários que tomassem uma série decisões simples e complexas. Uma delas consistia em escolher em quatro minutos um carro entre quatro modelos, baseando-se em quatro características, como o consumo de combustível e o espaço disponível para os passageiros.
A maioria dos participantes escolheu o carro que apresentava mais vantagens. Mas quando a complexidade do experimento foi aumentada, pedindo aos voluntários que escolhessem um carro levando em conta 12 atributos, as pessoas começaram a se bloquear.
Curiosamente, quando os pesquisadores distraíram os voluntários, fazendo com que resolvessem charadas - após mostrar os carros e antes de pedir que eles tomassem a decisão - mais da metade conseguiu identificar o modelo mais conveniente, guiando-se pelo inconsciente mais que pela razão.
Segundo Dijksterhuis, "o inconveniente de pensar nas coisas de forma consciente é que só se pode concentrar em poucos elementos ao mesmo tempo. Em uma decisão complexa, isso pode levar a conceder uma importância excessiva a determinados fatores".
Pensar em algo muitas vezes, no que se conhece como "dar voltas em torno das coisas" ou "ruminar as idéias", pode levar distintas avaliações a gerar novas incongruências, aumentando a confusão cada vez mais.
Por outro lado, "o pensamento inconsciente não parece ter limites: foi demonstrado que com este mecanismo da mente podem ser somadas grandes quantidades de informação para fazer um juízo de valor global", segundo o psicólogo holandês.


María Jesús Ribas

O mundo das drogas sintéticas


O ecstasy, droga derivada da anfetamina, está sendo cada ...vez mais consumida por jovens em festas rave. As drogas sintéticas, que podem até matar, são facilmente vendidas durante esses eventos


***Vejam o vídeo exibido no Fantástico.***

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM750871-7823-O+MUNDO+DAS+DROGAS+SINTETICAS,00.html

Lula mira o 3º mandato, o Brasil não






Leiam esta matéria publicada na revista Isto É, desta semana e comentem. Não dá para acreditar!




O presidente nega em público o desejo de permanecer no poder por mais quatro anos, nada faz para deter aliados que querem mudar a Constituição e coloca em risco a estabilidade democráticaPor HUGO STUDART
VISÃO O presidente Lula se arrisca a ver a realidade em 3D, como no filme da Petrobras
Na sexta-feira 26 de outubro, o presidente Lula visitou o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras, no Rio de Janeiro. Colocou óculos especiais e assistiu a um filme sobre áreas de petróleo no fundo do mar. As imagens eram projetadas em terceira dimensão, a técnica na qual a platéia tem a ilusão de profundidade. No dia anterior, Lula recebeu o deputado federal Devanir Ribeiro (PT-SP), seu amigo desde 1969 e secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, quando Lula o presidia. A visita não deveria ter maior importância, assim como o filme da Petrobras. Mas no gabinete presidencial do Palácio do Planalto o que se desenrolava na tarde daquela quintafeira era mais uma cena do enredo do momento em Brasília: o terceiro mandato do presidente Lula.
Como um filme em 3D, esse debate transcorre em múltiplos planos. Em áudio público, o presidente tem sido cristalino, como na comemoração de seus 62 anos numa festinha para militantes petistas em frente ao Palácio da Alvorada: “Esse negócio de achar que tem pessoas que são imprescindíveis e insubstituíveis não existe em política”, disse. “A alternância de poder é uma coisa extremamente importante para o fortalecimento da democracia.” O dia do aniversário foi o mesmo em que ele viu o filme em 3D. E, como se houvesse imagens cuja real profundidade só é acessível com o uso de óculos especiais, Lula tem tirado de cena todos os possíveis candidatos da base do governo, enquanto nada faz para conter os defensores do terceiro mandato. O maior deles é justamente o deputado Devanir, autor de uma proposta de emenda constitucional para dar a Lula o direito de concorrer novamente à Presidência em 2010. “Nunca tocamos nesse assunto”, diz Devanir. Ele, no entanto, faz a ressalva. “O Lula nunca me desautorizou. Nem me repreendeu.” Se efetivamente não pensasse em terceiro mandato, o presidente teria intimidade para barrar a iniciativa de Devanir. Eles dividiram uma cela no Dops, quando Lula foi preso com base na extinta Lei de Segurança Nacional. Juntos, fundaram o PT. Quando Lula chegou ao poder, ajudou Devanir a se eleger deputado federal. As duas famílias se freqüentam e Lula e Devanir costumam se encontrar nos finais de semana. “Já perdi a conta de quantas vezes estive no Alvorada”, diz o deputado.
“O presidente está agindo com dubiedade”, diz o senador Arthur Virgílio Netto, líder do PSDB. “Ele diz que não quer, mas deixa correr solta a articulação pelo terceiro mandato.” Entre aliados do presidente, esse comportamento tem levado a posturas titubeantes de quem vislumbra o jogo subterrâneo, mas não foi convidado a participar dele. “Isso é casuísmo”, diz, por exemplo, o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC). Mas ao mesmo tempo que acha que não se pode “pensar nisso numa democracia madura”, Viana acredita que o debate é “muito precoce”. Ou seja, talvez o terceiro mandato possa vir a ser uma alternativa. O presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), diz que não há “razão para especulação” porque o próprio Lula descartou a proposta. “Democracia é bom demais e a gente não pode brincar com a democracia em países da América Latina”, disse Lula, voltando ao tema pela segunda vez em menos de 72 horas, na véspera de embarcar para Zurique. Marotamente, contudo, Berzoini informa que “não existe assunto proibido” no PT.
REELEIÇÃO EM 2010
Três emendas querem mudar a Carta para permitir 3º mandato
“Estão armando um golpe”, acusa o senador Agripino Maia (RN), líder do DEM. O PSDB também mostrou que está levando a sério o risco do terceiro mandato. Na sexta-feira 26 de outubro, o deputado Bruno Araújo (PE), apresentou um projeto de emenda que serve de contra-ataque: ela limitaria os cargos executivos, de prefeitos ao de presidente, a apenas dois mandatos consecutivos. Essa batalha de emendas e declarações tornou público um debate que há tempos circula nos bastidores do governo. Lula, de fato, está sendo estimulado por um grupo de auxiliares que privam de sua intimidade a desejar (e a trabalhar) o terceiro mandato. De acordo com duas autoridades com acesso às conversas secretas do Planalto, o plano para que Lula permaneça mais tempo no poder é cozinhado em dois caldeirões.
O primeiro é de pura bruxaria política. Sua solução exige mudança da Constituição e vai direto ao ponto – o terceiro mandato consecutivo em 2010. Eis então o projeto de Devanir: apresentar até o final do mês, no máximo depois que o Senado aprovar a CPMF, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dando direito ao presidente da República de convocar plebiscitos. Hoje, só o Congresso pode fazê-lo. Se a proposta vingar, Lula estaria livre para consultar o povo sobre seu direito de concorrer de novo. E essa aprovação, por si só, emparedaria as vozes contrárias no Congresso e no Supremo Tribunal Federal. Além disso, o “sim” ao terceiro mandato funcionaria como uma pré-eleição, minguando as forças da oposição para a disputa oficial em 2010.
OPINIÃO “Terceiro mandato é golpe, a menos que o povo rasgue a Constituição”Marco Aurélio, ministro do STF
CANDIDATOS À SUCESSÃO DE LULA PERDEM FORÇA


SEGUNDO DADOS DE PESQUISA DA REVISTA ÉPOCA:







Ataque a prostitutas: 'Acham normal atirar coisas nas pessoas'

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2007/11/05/327029528.asp