quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Rádio pirata leva PF ao Dendê


(MARCELO NEGREIROS)


Operação visava desmontar transmissão clandestina, que estaria atrapalhando Aeroporto do Galeão


A Polícia Federal realizou uma operação contra as rádios piratas ontem de manhã, na favela do Dendê, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio.
Cerca de 40 agentes chefiados pelo delegado Lorenzo Pompilho da Hora e dois funcionários da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estiveram na comunidade à procura de centrais de rádios ilegais, que interferem na transmissão de rádio do Aeroporto do Galeão, situado no mesmo bairro.
Houve uma rápida troca de tiros, ninguém foi preso e uma moto foi apreendida. Os policiais vasculharam três casas que possuem antenas, mas ambas são legalizadas e não havia sinal de transmissão.
A polícia recebeu informações de que a rádio pirata funcionava na Associação de Moradores. Lá, encontraram uma antena, mas de acordo com o presidente, está desativada.
Ele ainda disse aos policiais que sabe que existe uma rádio na comunidade, mas não sabe onde. A operação terminou pouco antes do início da tarde, sem que a rádio fosse localizada.
Manifestantes nas ruas
Funcionários de rádios comunitárias saíram às ruas ontem para lembrar os dez anos de aprovação da Lei 9.612, que regulamentou o serviço em todo país.
Porém, a medida é considerada falha e limitada, pois de 17 mil entidades comunitárias que pediram autorização ao Ministério das Comunicações, apenas 3.150 foram autorizadas.
No Rio de Janeiro, as manifestações começaram a partir das 10h, em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, com um grande ato que contou com presenças de artistas e personalidades que apóiam a luta das rádios comunitárias no estado.
Fim da repressão
O Fórum Libertário em Defesa das Rádios e Tevês Comunitárias, a Rede Viva Rio de Radiodifusão Comunitária, a Central de Rádios Comunitárias do Grande Rio e a FARC;
- Federação das Associações de Radiodifusão do Estado do RJ - manifestam apoio à luta de todas as rádios e pedem o fim da repressão, modificações na lei e agilidade nos processos que tramitam no ministério das Comunicações.

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