sábado, 20 de junho de 2009

Carta ao senhor Gilmar Mendes

A V. Exª senhor ministro do Supremo Tribunal Federal

Senhor ministro, talvez, esta carta seja extensa devido ao assunto. Na verdade, nem sei se posso representar todos os colegas de profissão, mas sei que boa parte concordará comigo. A decisão do Supremo Tribunal Federal de não exigir o diploma para a função de jornalista está causando grande alvoroço entre os que, com muitas dificuldades, estudo e anos em salas de aulas, se sentem incapazes diante do fato.
Levando em consideração suas falas ao proferir o voto no plenário do STF (“Os jornalistas se dedicam ao exercício pleno da liberdade de expressão. O jornalismo e a liberdade de expressão, portanto, são atividades imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de forma separada”), penso que, como cidadão, tenho o direito de me manifestar.
O senhor, enquanto jurista, graduou-se em Brasília, no ano de 1978. Na mesma instituição, em 1987, concluiu seu mestrado em Direito e Estado. Em 1988, o senhor teve uma oportunidade que poucos brasileiros têm: a de viajar ao exterior (Alemanha) para concluir um outro mestrado e, por fim, o doutorado. Sinto-me muito feliz ao saber que um brasileiro, como eu, teve tantas oportunidades e se destacou. Vivemos em um país de tão poucas oportunidades que, quando vemos o triunfo de uma pessoa de mesma nacionalidade, sentimo-nos como se fosse conosco.
Mas por que falo em oportunidades e estudo? Vou fazer uso de suas palavras. Para mim, Oportunidade e estudo são coisas imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de forma separada.
Na faculdade de jornalismo, aprendi muito mais que técnicas para redigir a jornais, trabalhar em televisão ou rádio. Ensinaram-me que tinha, através da ética, do respeito e do compromisso com a sociedade, de relatar os fatos como se mostram. Isso, muitas vezes, acaba ferindo alguém, mexendo com pessoas importantes, mas, graças a Deus, também faz com que a sociedade reflita, pense e, baseada na liberdade garantida pela Constituição, enxergue um caminho para modificar algumas coisas, e também quem são algumas pessoas. Acho muito importante que começássemos a nos questionar sobre o que fazemos de bom para a humanidade. Nem precisamos chegar a tocar naquelas pessoas que, de forma voluntária, fazem caridades a tantos famintos, sem estudo, sem teto, sem emprego, sem saúde, enfim, sem nada. Queria manter a carta pensando se somos capazes de fazer algo dentro de nossas próprias atribuições profissionais. Não que eu pense que o senhor não contribua. Por favor, não pense isso. Só quero dizer que, como jornalista, aprendi que é de extrema importância questionar o que vejo, para tentar esclarecer por que as coisas andam tão complicadas.
Nos meus estudos de sociologia, antropologia, filosofia etc (tudo no curso de jornalismo, ta?), vi que desigualdade sempre existiu, mas também percebi que, mesmo com passos de formiga e sem vontade, algumas coisas mudaram. Se hoje tenho alguns ídolos, mesmo sendo um brasileiro “sem” (quem sabe sem emprego depois desta carta), eles vieram da música, do teatro, das salas de aulas, da convivência e dos livros. Com tantos diplomas, o senhor bem sabe a importância deles. Adivinha de onde comecei a conhecer tantas pessoas bacanas? Dos jornais, revistas, programas de TV, rádio e meios de comunicação em geral.
Durante esse tempo, em que formava minha personalidade, nem imaginava cursar jornalismo. Pensava em ser advogado. Depois, fiquei com medo de lidar com julgamentos. Particularmente, acho isso muito perigoso. Admiro muito quem exerce a profissão conscientemente. Confesso que fiquei um pouco impressionado com a coragem do procurador Rodrigo de Grandis, ao falar que sua decisão de conceder habeas corpus ao banqueiro Daniel Dantas era inconstitucional. Rapidinho, na mesma entrevista, ele se corrigiu. Disse que, apesar de tudo, o Ministério Público respeitava sua decisão. Mas os amigos jornalistas, que são tidos como o 4º Poder (e bota poder nisso), não são fáceis. Contestaram a liberação do Dantas e dos outros nove, com milhares de provas, incluindo grampos telefônicos (Verônica, irmã de Daniel Dantas, fala no dia 14 de maio com um certo Arthur. “Precisa passar os detalhes sobre a legislação para o Madeira que é amigo do Gilmar (ministro-presidente do Supremo Tribunal Federal) e isso pode parar na mão dele” (ministro)). Mas essa gente não para de trabalhar e foi logo catar um especialista para ver se não estava cometendo um erro. O senhor chegou a ler o que o juiz aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo Wálter Maierovitch falou sobre o caso? Olha o que os jornalistas foram buscar:
- Ele (Gilmar Mendes) está atuando com abuso de direito. Está extrapolando as funções dele. O Supremo virou ele.
E nós, jornalistas, ainda somos obrigados a levar a pobre sociedade outras coisas tão bobas. Mas que, como dizem por aí, dão uma audiência danada. Vou exemplificar para o senhor: lembra de uma das brigas que o senhor teve com o ministro Joaquim Barbosa? Por que ele diz: “V. Ex.ª está destruindo a Justiça deste País. Saia à rua, ministro Gilmar. V.Ex.ª está na mídia destruindo a credibilidade do Judiciário Brasileiro? Não entendi quase nada daquilo. Juro!
Apesar de as pessoas terem a mania de fazer piada associando advogados a ladrões e safados, nunca acreditei nisso. Só acho que uma pessoa age dessa forma ilícita quando é provado. Também trouxe isso da faculdade: não julgar sem conhecimento.
Mas queria escrever tantas coisas nesta carta que, para ser sincero, nem sei por onde começar. Sendo sincero mais um pouquinho, não sei como acabar. Só sei que vou conseguir.
O senhor afirmou que nossa profissão não expõe a risco terceiros. Eu posso, a partir de agora, escrever qualquer coisa, sobre qualquer pessoa, sem provas? Não serei processado? Acho que vou rever todos os meus conceitos. Imagina o que os meus colegas não vão fazer com prefeito que tira moradia de mais pobres, parlamentar que dirige bêbado, governador que manda a polícia matar, presidente que não sabe de nada... O pessoal vai se acabar. Só quero ver os que vão exercer sem conhecimento. Vai ser uma festa. Aliás, estou adorando isso. O Brasil está bem demais. V. Ex.ª já ouviu o funk da popozuda dizendo que vai ser ministra da Educação? Adorei a ideia. Ela e o Lula, por sinal, saíram muito bem na foto.
Mas são muitas coisas a dizer. O que não posso esquecer é de, antes de terminar, convidá-lo para um café (veja como sou convencido em achar que o senhor vai aceitar!). Caso ache proveitoso, no dia 23 (terça-feira), sei que o senhor dará uma palestra na Fundação Getúlio Vargas, na Praia de Botafogo, 190, entre 17h e 18h30. Como esses eventos sempre atrasam, meus telefones estão abaixo. Fique à vontade para marcar por volta das 20h. Encontro o senhor lá na porta, e o senhor me explica melhor a relação do jornalista diplomado com o chefe de cozinha.
Se um dia conseguir ficar rico, meu chefe de cozinha não vai precisar ter diploma. Afinal, vejo gente que tem tantos, mas usando a sabedoria para o mal. Se tiver a sorte de enriquecer mesmo, vou lembrar de um coleguinha de redação e perguntar se, após o expediente, não quer vir ganhar mais um pouco como meu cozinheiro.
Por Ricardo Freire Rubim
Jornalista

Repúdio à medida do STF

Diante da decisão do Supremo Tribunal Federal, que por 8 votos a 1 considerou na quarta-feira (17/6), em Brasília, que a universidade não é importante, nem essencial para a formação de qualidade para a profissão de jornalista, a diretoria do Sindicato vem a público manifestar o repúdio contra a equivocada medida, que certamente terá desdobramentos nocivos na categoria.
"O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo foi uma das instituições que mais se envolveu na campanha pela defesa da formação profissional. Organizamos e participamos de manifestações, debates, palestras, escrevemos textos e notificamos mensalmente no Unidade os acontecimentos. Além disso, foi nosso Sindicato (em parceria com a Fenaj) que ingressou na Justiça com a ação em defesa do diploma.
Mas agora os jornalistas passam pela humilhação imposta pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, que, ao julgar desnecessário o diploma universitário para o exercício do jornalismo, comparou a profissão à de um cozinheiro, não com a de um grande chef internacional, mas com a atividade daquele que sequer fez um curso básico do Senac.
Se fosse apenas uma opinião pessoal de um desqualificado já seria ofensivo. Mas vindo do presidente do STF, daquele que um de seus pares acusou publicamente de estar "destruindo a Justiça", a decisão joga 100 anos de história de luta pela regulamentação da profissão no lixo e aponta para o fim do jornalismo como conhecemos.
Com o fim da Lei de Imprensa, decretada pelo mesmo STF há algumas semanas, Gilmar Mendes assinou um cheque em branco para os empresários da mídia. Agora, caso o cidadão se sinta lesado em questões de informação e imprensa, é só contratar um bom (e normalmente caro) escritório de advocacia, iniciar um processo penal ou cível, participar de uma batalha judicial e esperar pacientemente alguns anos – o julgamento do diploma durou oito anos.
Mas a perspectiva é ainda mais sombria. A se levar em conta o teor do voto do ministro Gilmar Mendes, o futuro será assustador. Segundo sua avaliação (que foi "acompanhada" por mais sete integrantes da mais alta corte de Justiça do País) é proibido no Brasil se criar qualquer regra de normatização do setor. Somente as empresas – e isso foi dito abertamente – têm condições de se auto-regularem. Traduzindo em linguagem popular: é a raposa tomando conta do galinheiro.
É uma análise política da questão. Ainda que restem algumas dúvidas que só serão resolvidas depois da publicação do acórdão, judicialmente a decisão se limita a eliminar o artigo 4º inciso 3º da lei atual - a parte que diz respeito à necessidade do diploma para se obter o registro profissional. Portanto, a lei foi revogada parcialmente.
É importante afirmar aos jornalistas que a profissão não desapareceu, continua a ser regulamentada por outros instrumentos, como um capítulo específico na CLT e as convenções coletivas (que definem, entre outros assuntos, o piso salarial). Também é essencial salientar que o papel do Sindicato dos Jornalistas não se esvaziou. Ao contrário, na fraqueza da legislação, ele se torna a mais importante instituição de defesa do jornalista. Portanto, nesta conjuntura adversa, a unidade em torno do Sindicato dos Jornalistas é essencial.
A sociedade, indignada com a distorção a que foi submetido o conceito de liberdade de expressão utilizado como desculpa para a sentença judicial, já começa a se manifestar. Jornalistas e estudantes protestam, em todo o País, contra a decisão com o apoio aberto da população.
A sociedade tem no Sindicato dos Jornalistas uma referência e um aliado nesta batalha. Reafirmamos que a luta pela defesa da formação do jornalista continua, pois um profissional melhor preparado significa informação qualificada para a população e, assim, proteção para o cidadão. Também não abriremos mão da defesa dos interesses trabalhistas dos jornalistas e defenderemos a regulamentação profissional e a especificidade da profissão, seja no judiciário ou no Legislativo. Assim, os jornalistas brasileiros se voltam agora para a recriação do marco regulatório da comunicação brasileira, para a criação de uma nova lei de imprensa e de uma nova regulamentação profissional.
O Sindicato do Jornalistas Profissionais começa agora esta jornada e irá convocar toda a sociedade para democratizar a comunicação no País e impedir que o setor seja tratado como feudo dos grandes grupos de mídia."

FONTE: SJSP

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Confirmado! Oi Fashion Rocks vai trazer Mariah Carey para o Rio

Além da cantora, o evento de moda, que vai acontecer em outubro, terá mais três atrações internacionais

Depois de muito disse-me-disse, foram confirmadas no início da tarde desta quarta-feira, 13, em uma coletiva de imprensa no Copacabana Palace, algumas das atrações do Oi Fashion Rocks, que une astros da música com grandes nomes das passarelas, no Rio.
Para animar o evento - que irá acontecer fora do eixo Estados Unidos-Europa pela primeira vez - serão chamadas quatro atrações da música e quatro nomes da moda internacional, que irão dividir espaço com quatro grandes nomes do cenário musical nacional e vários estilistas brasileiros.
Entre os nomes já confirmados estão a cantora Mariah Carey, que vai voltar a se apresentar no país, e desfiles das grifes Marc Jacobs e Versace. Do lado nacional, apenas Lenny Niemeyer, com sua grife moda praia, foi anunciada.
O evento terá curadoria de Paulo Borges, organizador da São Paulo Fashion Week, e vai acontecer no dia 24 de outubro, no Jockey Clube do Rio, para 5 mil pessoas.

Eliane Santos, Do EGO

Novo CD da Mariah Carey já tem data para ser lançado

Mariah Carey anunciou esta semana que "Memoirs of an Imperfect Angel" já tem data para chegar às lojas. O novo álbum da cantora, 12º álbum de estúdio, começará a ser vendido em 25 de agosto.
Antes, porém, o novo single da cantora poderá ser ouvido na rádio. "Obsessed", produzido por The Dream e Christopher Tricky Stewart, será tocado pela primeira vez hoje (16) na rádio B96, de Chicago. A cantora também já divulgou a capa da sua primeira música de trabalho.
Em seu Twitter, a cantora demonstrou muita empolgação em relação ao seu primeiro single: "Sério, essa é uma das minhas músicas favoritas. Eu amo o álbum inteiro. Eu mal posso esperar para que vocês ouçam o disco", revelou.
Recentemente, seu produtor chegou a dizer que "alguém ficaria muito desapontado ao ouvir a música". Rumores nos fóruns da internet sobre a cantora dizem que a letra "mataria uma pessoa conhecida".

Quem quiser conferir a nova música da Mariah Carey, é só acessar o site oficial dela: http://www.mariahcarey.com/

Mariah Carey ataca Eminem em novo single

"Obsessed" seria resposta à canção do novo álbum do rapper

"Vingança é um prato que se come frio" já dizia o ditado, e Mariah Carey está, enfim, sentindo o gostinho de dar o troco a Eminem.
A cantora usa seu novo single "Obsessed", lançado ontem, como resposta às provocações feitas pelo rapper a si e ao seu marido, Nick Cannon.
Em "Bagpipes from Baghdad", entre ofensas e ameaças ao marido de Mariah, Eminem revela que gostaria de reatar com sua ex-namorada: "Não estou brincando, eu quero ela de volta". O rapper ainda chama Nick Cannon para um 'tête-à-tête': "Cara, vamos nos encontrar e lidar com isto como adultos. Este é meu convite para você, quando e onde você quiser, senhor. Então, quando você sair do seu esconderijo e jogar por si mesmo, eu estou aqui".

Agora, cerca de um mês depois, a cantora dá o troco na mesma moeda. "Por que você é tão obcecado em mim?", já dispara a cantora no primeiro verso do novo single. "Você está delirando, cara, vc está perdendo sua cabeça. Isso deve ser maconha (...) Por que você é tão obcecado por mim?", completa.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

STF derruba exigência do diploma para o exercício do Jornalismo

Em julgamento realizado nesta quarta-feira (17/06), o Supremo TribunalFederal deu provimento ao Recurso Extraordinário RE 511961, interpostopelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo. Nestejulgamento histórico, o TST pôs fim a uma conquista de 40 anos dosjornalistas e da sociedade brasileira, tornando não obrigatória aexigência de diploma para exercício da profissão. A executiva da FENAJse reúne nesta quinta-feira para avaliar o resultado e traçar novasestratégias da luta pela qualificação do Jornalismo.
Representantes da FENAJ e dos Sindicatos dos Jornalistas do RS, PR, SP,MG, Município do RJ, CE e AM acompanharam a sessão em Brasília. Opresidente da Comissão de Especialistas do Ministério da Educação sobrea revisão das diretrizes curriculares, José Marques de Melo, tambémesteve presente. Do lado de fora do prédio - onde desta vez não foramcolocadas grades - houve uma manifestação silenciosa. Em diversosestados realizaram-se atos públicos e vigílias.
Às 15h29 desta quarta-feira o presidente do STF e relator do RecursoExtraordinário RE 511961, ministro Gilmar Mendes, apresentou o conteúdodo processo encaminhado pelo Sindicato das Empresas de Rádio eTelevisão de São Paulo e Ministério Público Federal contra a União etendo a FENAJ e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo como partesinteressadas. Após a manifestação dos representantes do Sindicatopatronal e da Procuradoria Geral da República contra o diploma, e dosrepresentantes das entidades dos trabalhadores (FENAJ e SJSP) e daAdvocacia Geral da União, houve um intervalo.
No reinício dos trabalhos em plenário, às 17h05, o ministro GilmarMendes apresentou seu relatório e voto pela inconstitucionalidade daexigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo. Emdeterminado trecho, ele mencionou as atividades de culinária e corte ecostura, para as quais não é exigido diploma. Dos 9 ministrospresentes, sete acompanharam o voto do relator. O ministro MarcoAurélio votou favoravelmente à manutenção do diploma.
"O relatório do ministro Gilmar Mendes é uma expressão das posiçõespatronais e entrega às empresas de comunicação a definição do acesso àprofissão de jornalista", reagiu o presidente da FENAJ, Sérgio Murillode Andrade. "Este é um duro golpe à qualidade da informaçãojornalística e à organização de nossa categoria, mas nem o jornalismonem o nosso movimento sindical vão acabar, pois temos muito a fazer emdefesa do direito da sociedade à informação", complementou, informandoque a executiva da FENAJ reúne-se nesta quinta-feira, às 13 horas, paratraçar novas estratégias de luta.
Valci Zuculoto, diretora da FENAJ e integrante da coordenação daCampanha em Defesa do Diploma, também considerou a decisão do STF umretrocesso. "Mas mesmo na ditadura demos mostras de resistência.Perdemos uma batalha, mas a luta pela qualidade da informaçãocontinua", disse. Ela lembra que, nas diversas atividades da campanhanas ruas as pessoas manifestavam surpresa e indignação com oquestionamento da exigência do diploma para o exercício da profissão."A sociedade já disse, inclusive em pesquisas, que o diploma énecessário, só o STF não reconheceu isso", proclamou.
Além de prosseguir com o movimento pela qualificação da formação emjornalismo, a luta pela democratização da comunicação, por atualizaçõesda regulamentação profissional dos jornalistas e mesmo em defesa dodiploma serão intensificadas.

Comemoração

O fim da exigência do diploma foi comemorado pela Associação Nacional dos Jornais (ANJ). Para o diretor do Comitê de Relações Governamentais da entidade, Paulo Tonet Camargo, o entendimento do Supremo oficializou o que já ocorria na prática.
"A decisão consagra no direito o que já acontecia na prática. O número de profissionais era pequeno sem ser jornalista. A ANJ é a favor do curso de jornalismo, mas o que se discutia aqui era o diploma como pré-requisito", disse Camargo.
Ele destacou que a associação não é contra o diploma, mas apenas considera que a exigência confronta com a liberdade de expressão, prevista na Constituição. Apesar da decisão, a ANJ continuará orientando as empresas a contratarem jornalistas graduados e com diploma.

FONTE: FENAJ
Fotos de Gervásio Baptista e Nelson Jr (STJ)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Coluna do presidente Lula estreia dia 07/07

A partir do dia 07/07, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá um novo canal de comunicação com a sociedade. A coluna “O Presidente Responde”, será veiculada todas as terças-feiras nos jornais impressos interessados na publicação.
No espaço, o presidente irá responder perguntas formuladas pelos leitores. Caberá aos veículos enviá-las para a Secretaria de Imprensa do Planalto, que selecionará, semanalmente, três para serem respondidas.
As perguntas devem tratar de temas relacionados às políticas públicas, com relevância e interesse jornalístico. Todos os jornais receberão o mesmo material, que deverá ser publicado na íntegra. Cada texto terá aproximadamente 3,5 mil caracteres, com layout livre.
O cadastramento dos veículos foi aberto nesta segunda-feira (15/06). Os interessados devem preencher uma ficha que está disponível no site da Presidência.
Além da coluna, a Secretaria de Imprensa do Planalto planeja ainda para este ano a criação de um blog, um canal no Youtube e uma conta no Twitter. A idéia do governo é servir de fonte de informação diretamente para a população, sem a mediação e edição dos veículos.

Por Sérgio Matsuura

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Torcedores dão 'volta' em diretoria do Vasco para conseguir ingressos

Qual é a definição de um torcedor fanático? Até bem pouco tempo a gente achava que era uma pessoa que não pode perder um jogo, que coloca o time como prioridade, enfim, que ama o clube de verdade. Mas para a nossa surpresa, tem torcedor que é capaz de tudo para ver o time, literalmente! Isso inclui se fingir de olheiro de um time internacional só para conseguir ingresso para um jogo importante.
Não gente, isso não é mentira. No ano passado, dois vascaínos doentes - isso sem dúvidas - que não conseguiram ingressos para uma partida do Campeonato Brasileiro tiveram a brilhante ideia de ligar para o Vasco dizendo que eram representantes do Nice, clube francês. Pensando em conseguir ingressos, um deles ligou para a diretoria do clube dizendo que era assessor do tal 'representante' do time francês no Brasil. Ele perguntou se teria algum jogo do Vasco naqueles dias, pois o homem estaria interessado em 'conhecer os clubes cariocas'.
Eles só não contavam com a repercussão que uma "visita" dessas ao estádio teria para os dirigentes do clube, à época assustados com a possibilidade de cair para a segunda divisão. Já dá até para imaginar o que aconteceu: A ligação foi imediatamente repassada para Luso Soares, o vice-presidente do Vasco, que não perdeu tempo e foi logo tratando de chamar o gringo para o jogo Vasco x Santos, que rolou em São Januário em novembro do ano passado.
No dia do jogo, os dois torcedores não se intimidaram e apareceram pelo estádio como manda o figurino: arrumados dos pés a cabeça com roupas sociais. Eles foram recebidos pelo Luso e sem fazer cerimônia, os dois ainda forçaram uma barra para serem apresentados ao presidente do clube: Roberto Dinamite. Todos assistiram ao jogo juntinhos, na Tribuna de Honra. Coragem.....
O rapaz que ficou com o papel de representante do Nice, claro, arranhou um francês - herança da família - e manteve a pose o tempo inteiro, até mesmo quando Edmundo, aos 25 minutos do segundo tempo, fez o gol da vitória. Um pênalti. Esse talvez tenha sido o grande castigo pela peça pregada pelos garotos, que precisaram se contar em apenas bater as palmas. Coitado...rs,rs,rs. Aliás, esse jogo parece que foi bem importante, pois chegou a dar um fôlego ao time e tirou, pelo menos por uma rodada, o Vasco da Zona de Rebaixamento.

Essa foi muito boa! Se não ganha o troféu de torcedores do ano ganha pelo menos o de maiores caras-de-pau! Só não sabemos o que a diretoria do Vasco acha disso..rs,rs,rs. Aliás, alguém sabe de outras de pessoas que fazem qualquer coisa para ver um jogo?


Por Luisa Valle e Mariane Thamsten (Blog Página não encontrada - Jornal O Globo)

Gravadoras tentam diminuir pirataria de músicas na internet

Consumo de música em formatos digitais deu um salto de quase 80%.
Música digital representa hoje 12% das vendas das gravadoras.

O hábito de baixar músicas pela internet levou o mercado digital a crescer 80% no ano passado. O fenômeno faz com que artistas e gravadoras tentem ficar menos dependentes da venda de CDs , mas eles ainda se esforçam para reconquistar o público.
Vinte e sete anos de estrada e os Titãs estão com disco novo. “A nossa química ainda é boa e a gente consegue se reinventar”, diz Charles Gavin.
Este é o décimo sexto álbum da banda. Quando lançaram “Cabeça dinossauro”, nos anos 80, os Titãs venderam 400 mil cópias. Mas a realidade mudou. E o lançamento dos Titãs em 2005 não vendeu tanto. O álbum "A melhor banda dos últimos tempos da última semana" não passou das 200 mil cópias. Menos fãs? Nada disso. O mundo da música é que foi reinventado.
De 2004 a 2007, foram três anos de encolhimento da indústria fonográfica. Mas o CD resiste. No ano passado, houve crescimento de 6,5% nas vendas dos CDs e DVDs musicais.
Já o consumo de música em formatos digitais, como o popular mp3, deu um salto de praticamente 80%. A música digital representava 8% das vendas das gravadoras em 2007. No ano passado, passou a 12%.

Comércio ilegal

Para vender CDs e DVDs, as gravadoras também têm que enfrentar uma outra concorrência, essa ilegal. Nas esquinas, nas barracas dos camelôs, o trabalho dos artistas não vale quase nada. e, na internet, sai de graça nos sites de troca de conteúdo. Um nome bonito para o que não passa de pirataria digital.
"Como você vai convencer um jovem que está no computador a tirar um dinheiro e pagar - às vezes com um dinheiro que ele não tem - e abrir mão de um arquivo que alguém está oferecendo? Agora, a pirataria que é vendida na rua, isso eu sou radicamente contra e acho que o estado e o governo deviam tomar providências", afirma Gavin.
Em abril, na Suécia, os fundadores do Pirate Bay, um site de compartilhamento de arquivos, foram condenados a um ano de prisão e a multa de R$ 9 milhões.
Na França, o governo aprovou, no mês passado, a lei que autoriza o corte do acesso à internet de quem baixar filmes ou músicas piratas.
João Marcelo Bôscoli, dono da gravadora Trama, acha impossível proibir o hábito de uma geração inteira. Desde a caixa de música, passando pelo vinil até o mp3 o que mudou foi o objeto em que a música vem gravada. E, para ele, o que a indústria precisa mudar é o modelo de negócio.
“Música é uma coisa etérea. Ela é ar vibrando. Ela pode incorporar em diversas mídias. Quanto mais midia tiver, melhor. Eu sou fã. Compro todas. Se o Stevie Wonder lancar um disco em spray, eu compro”, declara Bôscoli.
Informações: Jornal da Globo

domingo, 14 de junho de 2009

Moinho: Show de Gravação do DVD dia 18 de junho no Circo Voador


Era mesmo o mais provável de acontecer: Moinho ter um registro ao vivo de um show na lona do Circo Voador! Eles, que começaram no palco, acreditam que essa é a real essência do trabalho que fazem. No palco, onde podem mostrar todo o vigor e a energia de sua música, o colorido de sua banda e a beleza das meninas...
A reunião de três amigos – LanLan, Emanuelle Araújo e Toni Costa - que queriam fazer um show pra cantar e tocar as músicas que gostavam e, principalmente, para se divertir, acabou se transformando em coisa séria. A idéia inicial era reunir o melhor do repertório do samba no eixo Rio-Bahia. Os limites geográficos foram logo deixados de lado, em prol apenas das boas canções – quaisquer que fossem elas. Assim, o rock (impresso especialmente na guitarra de Toni Costa), o xote, o baião, o rap e o que mais viesse foram encorporados na salada pop do Moinho.
Foi apenas o começo de uma carreira vitoriosa, que veio passo a passo, mas sempre em constante ascensão...
Depois de passarem quase dois anos – desde setembro de 2004, tocando toda semana nos palcos da Lapa, o Moinho acabou sendo visto pela gravadora EMI Music. Gravaram um disco, com algumas canções do show e outras inéditas, feitas nos mesmos palcos ou nos inúmeros momentos de descontração nos camarins. Em pouco tempo, “Esnoba”, a música de Márcio Mello, que já empolgava o público fiel no Teatro Odisséia, começou a tocar nas rádios e, depois, na novela das 19has “Beleza Pura”.
O Moinho, então, começou a dar vôos mais longos e chegou rapidamente em outros palcos do país, mostrando um show cheio de alegria, swing e gingado para os mais diferentes públicos.
Chegou a hora, então, de registrar tudo isso. No dia 18 de junho, no Circo Voador – palco mágico do bairro que primeiro os acolheu – O Moinho, junto com sua fidelíssima e incomparável banda (formada por Mauricio Braga, na bateria; Pedro Mazzillo no baixo e Nara Gil nos vocais) vai gravar seu primeiro DVD. Agora vai ser pra valer: todo mundo vai poder “ver” o som da banda.

Fonte: Circo Voador

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Depois da fama, uma dura realidade

Em 22 de fevereiro deste ano, as crianças indianas Azharuddin Mohammed Ismail, de 10 anos, e Rubina Ali Said, de 9, viveram uma noite de sonho, quando estiveram na cerimônia do Oscar, nos Estados Unidos, representando o filme "Quem Quer Ser Um Milionário?", o mais premiado da noite.
Em maio, porém, a realidade voltou a bater na porta delas. Elas viram as casas onde viviam, em Mumbai, na Índia, serem destruídas por autoridades locais, por serem consideradas residências ilegais. Mas, muitas vezes, as produtoras que utilizam crianças em filmes acabam se sensibilizando e se responsabilizando por elas. Por isso, os criadores do longa-metragem compraram um imóvel para Azharuddin e garantiram que vão comprar outro para Rubina. Cada um deles ainda deve ganhar um imóvel dado pelo governo local.
Em 1988, o indiano Shafiq Dyed, de 12 anos, foi retirado da favela, também em Mumbai, para protagonizar "Salaam Bombay", indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Hoje, ganha
US$ 3 (R$ 6), por dia, como motorista de riquixá motorizado (veículo indiano de três rodas).
Em entrevista à agência de notícias "Reuters", em março, ele aconselhou os conterrâneos: "É bom que eles tenham tido esse enorme sucesso, mas não devem ficar maravilhados com isso. Devem se concentrar nos estudos, para que, então, possam ter uma vida boa quando crescerem."
"Não posso imaginar qual foi o compromisso que a produção assumiu com as famílias desses indianos, mas deveria ter garantido que os meninos tivessem um suporte, pois, quando a produção acaba, a fantasia também desaparece", diz José Joffily, diretor de "Quem Matou Pixote?" (1996), sobre o menino de rua Fernando Ramos da Silva que, em 1981, quando tinha 14 anos, foi transformado no personagem Pixote, do filme de Hector Babenco.
Depois do longa-metragem, o menino voltou para o mundo do crime, até ser morto por policiais em 1987. "Depois da tragédia do Fernando, essa questão ficou mais exposta. Foi uma lição importante, no sentido de indicar que é uma grande responsabilidade você convidar para um filme uma pessoa que não tem formação profissional", conclui.

Polícia agride ator de 'Quem quer ser um milionário?' e destrói sua casa em favela Negrito
A casa do ator mirim Azharuddin Mohammed Ismail, que atuou no filme Quem quer ser um milionário?, vencedor de oito Oscar neste ano, foi destruída nesta quinta-feira pelas autoridades de Mumbai, na Índia.
Testemunhas disseram que a polícia agrediu o menino com um pedaço de bambu antes de expulsá-lo da casa. As autoridades de Mumbai acusam o menino e a sua família de ocupar ilegalmente um terreno que seria de propriedade do governo.

A família vivia em um casebre feito de plástico e bambus em uma favela em Bandra East, em Mumbai.

A mãe do menino, Shamim Ismail, disse não saber o que vai acontecer agora.
"Nossa casa foi destruída pelas autoridades. Não recebemos nenhuma acomodação alternativa. Mais cedo, as autoridades haviam dito que nos dariam uma casa. Mas eu não acredito que isso vai acontecer", disse ela à BBC.
Um dos representantes da prefeitura presente na demolição da casa, Uma Shankar Mistry, disse à BBC que as autoridades destruíram apenas casebres ilegais e temporários que haviam sido construídos recentemente na favela. Ele disse que as casas estavam ocupando uma área que será transformada em um parque público.
Em Quem quer ser um milionário? , Azharuddin Mohammed Ismail interpreta o papel de Salim quando criança. Salim é irmão de Jamal Malik, o protagonista do filme, vivido por Dev Patel.

Sucesso predador

Em abril, a atriz britânica Stephanie Parker, de 22 anos, foi encontrada enforcada 2 dias após o encerramento da série "Belonging", que ela estrelava desde os 15 anos. A mesma atitude radical foi tomada, em 2004, pelo ator norte-americano Jonathan Brandis que, aos 14, fizera sucesso com o filme "A História Sem Fim II". Um desfecho trágico para astros mirins que não suportaram a perda da fama.
Mas o sucesso e a exposição exagerada na mídia atingem as crianças de várias outras formas. Muitas crescem rodeadas por escândalos ou se envolvem com drogas. Em 1993, o ator River Phoenix, estrela do filme "Conta Comigo" (1986), sofreu uma overdose, quando tinha 23 anos.
A cantora norte-americana Britney Spears é outro exemplo clássico dessa mistura de fama e imaturidade. Ela começou a trabalhar aos 11 anos no programa de televisão "The Mickey Mouse Club" e, em 1997, deu início a uma carreira de cantora, que a fez vender mais de 90 milhões de álbuns. Diante de tanto sucesso, no entanto, a artista, hoje com 27 anos, se envolveu em vários escândalos e foi internada várias vezes em clínicas de reabilitação de drogas. Em vez de apoiar a filha, Lynne Spears, mãe de Britney, tratou de aproveitar a fama para lucrar com um livro em que revela detalhes da formação conturbada da jovem.
Aqui no Brasil, a fim de evitar que histórias como essas se repitam mais uma vez, o Ministério Público do Trabalho entrou com ação, em maio, contra a emissora de televisão "SBT", exigindo o pagamento de R$ 1 milhão de indenização por desrespeito às leis trabalhistas, ao empregar a menina Maísa Silva, de 7 anos, como apresentadora. Por sua vez, o Juizado de Menores de Osasco (SP) cassou a licença para ela aparecer no "Programa Silvio Santos", motivado pelo fato de a garota ter aparecido chorando várias vezes.
O problema principal é que o trabalho infantil na música, no cinema e na televisão, na maioria das vezes, vem acompanhado de muito dinheiro, o que leva vários pais a, em vez de prezarem pela formação e a imagem dos filhos, verem as crianças como verdadeiras "minas de ouro". Foi o que aconteceu com o ator Macaulay Culkin. Dos 10 aos 12 anos, ele ganhou US$ 17 milhões (R$ 34,4 milhões) com dois filmes da série "Esqueceram de Mim". Porém, foi só deixar de ser convidado para novos trabalhos que os pais passaram a brigar pela fortuna, a qual o garoto, que foi preso em 2004 por porte de drogas, ganhou o direito de administrar depois de muita confusão familiar.
Para evitar problemas assim, há uma lei nos Estados Unidos que obriga pais de artistas mirins a depositar 15% do que eles ganham num fundo que só poderá ser movimentado após os 21 anos de idade. A lei foi batizada de Jackie Coogan, ator que aos 5 anos foi descoberto por Charles Chaplin, com o qual fez cinco filmes. Já adulto, ele foi à Justiça exigir que a mãe devolvesse os milhões que ganhara.
"Muitos pais querem que o filho brilhe de qualquer jeito, criando em torno dele um excesso de cobrança. Não há porque não incentivar o talento, mas também são importantes as brincadeiras, a escola e a descoberta de outras aptidões. O apoio familiar é fundamental e, num contexto tão competitivo, um psicólogo ajuda a família e a criança a lidar com o êxito e a frustração", diz Isabel Kahn Marin, professora de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.
O acompanhamento de um psicólogo provavelmente teria ajudado o cantor Michael Jackson a não passar de um talento promissor aos 5 anos, quando era do grupo Jackson Five, a um adulto acusado de pedofilia, refugiado num rancho e que pouco canta. O peso de ser o autor do disco mais vendido da história, "Thriller", com 120 milhões de cópias, parece ter sido insuportável para ele.
A obsessão dos pais pela fama e o dinheiro dos filhos também faz com que, muitas vezes, falte cuidado de não expor as crianças a cenas de violência e sexo. Aos 12 anos, Dakota Fanning protagonizou cena de estupro em "Hounddog", de 2007. Na época, ela declarou: "Sou uma atriz, é o que eu quero fazer". Ela já apareceu em 39 produções e recebe US$ 4 milhões (R$ 8,1 milhões) por filme.
Bem antes dela, Brooke Shields causou polêmica quando, com 13 anos, apareceu totalmente nua em "Pretty Baby" (1978). "Devemos fazer concessões diante do desenvolvimento de um talento, mas elas devem ser feitas com cautela, a fim de que as crianças não sejam expostas a situações de risco ou vexatórias", diz o desembargador Siro Darlan.
A cirurgiã-dentista Grace Mara Ramos Roseno Vidal, de 40 anos, mãe de Cássio Ramos, de 10 anos, que começou a atuar aos 2 anos e meio, e hoje interpreta Vavá, em "Promessas de Amor", da "Rede Record", diz que o filho recebe orientações para não se deslumbrar com a fama. "Sempre orientamos para que ele não pense que é diferente porque aparece na televisão. Agora, quando ele não quiser mais fazer, não fará. Não é correto uma criança ser obrigada a fazer algo forçado, nem a sustentar uma família. Quando não faz com prazer, ela fica frustrada e será um adulto que se envolve com coisas erradas."
Neta e filha de atores, a atriz Paloma Duarte começou a atuar aos 14 anos e não parou mais. Hoje, está em "Poder Paralelo", da "Record". Com relação às filhas seguirem o mesmo caminho, ela declarou, em entrevista à Folha Universal, de 8 de março de 2009: "Minha filha caçula fez uma participação curta numa novela e a deixei experimentar para ver como era. Mas ela teve outros convites e não deixei e nem deixaria por enquanto. Acho que são muito meninas e tem que ter outras preocupações no momento."
O mesmo destino de Paloma Duarte não tiveram crianças como Drew Barrymore que, aos 7 anos, estrelou "E.T. – O Extraterrestre" (1982). Após o sucesso no filme, ela entrou para o rol dos esquecidos. Mas deu a volta por cima em 1995, quando, após ser internada numa clínica de reabilitação, retornou ao cinema como estrela de comédias românticas.
Outro que conseguiu voltar à mídia foi o paulistano Luciano Nassyn, que, dos 11 aos 14 anos, fez parte do grupo musical Trem da Alegria, o qual deixou em 1988. "Minha mãe tomava cuidado para que o sucesso não subisse à cabeça", lembra. Ele foi vendedor de carros e trabalhou numa confecção até que, no início dessa década, voltou a se dedicar à música. E ganhou destaque cantando sucessos da infância e na internet, onde divulga o novo CD "Um Algo Além", com canções inéditas.

Por Guilherme Bryan
guilherme.bryan@folhauniversal.com.br

FENAJ conclama apoiadores da campanha em defesa do diploma à mobilização

A executiva da FENAJ e o GT Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Diploma convocam os jornalistas, entidades e instituições apoiadoras do movimento a intensificarem as iniciativas de fortalecimento desta luta e de sensibilização dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão de jornalista, foi incluído na pauta da sessão do STF do dia 10 de junho. A FENAJ prepara nova manifestação em Brasília para o dia do julgamento.
Organizar caravanas para o ato em Brasília e manifestações públicas nos estados são as duas principais orientações da FENAJ e Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Diploma. A Federação solicita que os Sindicatos, faculdades e demais apoiadores desta campanha encaminhem informações sobre as atividades a serem realizadas para o e-mail boletim@fenaj.org.br. O Sindicato dos Jornalistas do PR já agendou manifestação na Boca Maldita (Centro de Curitiba) para as 13h do dia 10 de junho. No mesmo dia e horário, o Sindicato dos Jornalistas de PE programou manifestação em frente ao Tribunal de Justiça do estado.
Derrubar a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista só interessa àqueles que desprezam o livre exercício do jornalismo com qualidade e ética e o direito da sociedade à informação. Por isso, neste momento decisivo é fundamental ampliar os apoios sociais a esta campanha. Neste sentido deve-se buscar, nos estados, manifestações de parlamentares e personalidades que fortaleçam esta luta, bem como estimular a adesão à rede social "Jornalista, só com diploma", a favor da obrigatoriedade da formação específica e de nível superior para o exercício da profissão.

FONTE: FENAJ

Regulação da internet: o debate prossegue

Uma audiência pública realizada na semana passada, promovida pela Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, deu prosseguimento ao debate sobre a regulação da internet no Brasil. Sob o tema "O Futuro da Internet: Oportunidades e Desafios para o Brasil", foi discutida no encontro, entre outros tópicos, a legislação contra os chamados crimes virtuais. O Parlamento também se dedica a pesquisar o tema.
Em audiência conjunta, a Câmara e o Senado debateram, na última terça-feira, a regulação da internet brasileira. O assunto é objeto de estudo da Câmara dos Deputados, que nesta semana publicou o documento "Legislação sobre internet no Brasil", realizado pela consultora legislativa da Casa, Elizabeth Machado Veloso (veja o texto aqui).
O estudo aborda os desafios do Brasil para superar as barreiras de tecnologia, infraestrutura e renda, com vistas à universalização da internet (pouco mais de 30% da população do País tem acesso à rede). Também trata da necessidade de prevenir e punir os crimes digitais, regular o funcionamento, o provimento e o conteúdo na rede. Contextualiza os debates atuais: combate à exploração sexual, comércio eletrônico, crimes digitais, direitos autorais, publicidade on-line, tributação da internet e uso do correio eletrônico.
Na audiência de terça-feira no Senado, estiveram presentes o vice-presidente e chefe de internet para o Google, Vinton G. Cerf; o diretor-presidente do Núcleo de Informação do Ponto Br (CIC.br), Demi Getschko; o diretor-presidente da Abranet (Associação Brasileira de Provedores de Internet), Eduardo Fumes Parajo; o coordenador do Comitê Gestor da Internet (CGI), Augusto César Gadelha Vieira; o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia CCTCI, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO); e demais integrantes da referida Comissão.
Vinton Cerf, o "pai da internet", disse ser preciso encontrar formas de coibir o abuso. "Talvez por meio de acordos multilaterais entre países, mas não se pode construir normas que desencorajem o uso dessa extraordinária infraestrutura", argumentou, conforme matéria publicada pelo TeleSíntese (leia).
Cerf não acredita na eficácia de leis contra crimes cibernéticos porque são medidas regionais que dificilmente terão efeitos numa rede mundial. O vice- presidente ainda criticou a lei aprovada na França, que nega acesso à rede para pessoas que distribuírem conteúdo ilegalmente. "É uma regra difícil de ser implementada. Acho que se deve punir o comportamento, mas não impedir as possibilidades da internet", opinou.

Liberdade versus crime
Assim como outros meios de comunicação, a internet surgiu de forma restrita, e aos poucos foi ganhando espaço e revolucionando a forma de comunicar das pessoas. Com ela, além da recepção e leitura de conteúdos, os próprios usuários são também produtores e propagadores. A rede se tornou um campo para a liberdade de expressão onde "tudo" é permitido.
"A internet estimulou a comunicação interativa, multidirecional e transnacional. Seus usuários não são receptores ou simplesmente emissores, são interagentes. Foi a arquitetura da rede distribuída, de troca de livre e anônima de pacotes digitais que garantiu o seu enorme sucesso. A internet disseminou a comunicação baseada na liberdade e na diversidade", defendeu o sociólogo Sérgio Amadeu, em entrevista ao Fórum Nacional pela democratização da Comunicação (FNDC).
Na matéria "Internet livre pela cidadania no ciberespaço", Amadeu defende o marco legal para os direitos do cidadão na internet. "Regular a internet faz sentido se for para assegurar a liberdade de comunicação e a cidadania no ciberespaço – como uma verdadeira "esfera pública transnacional". Se começar a ser regulamentada para fazer valer controles autoritários e interesses políticos locais, haverá desequilíbrio entre liberdade e segurança, privacidade e controle", avaliou.

Movimentos realizaram atos
No mês de maio, movimentos pela liberdade na rede realizaram manifestações pelo País contra o Projeto de Lei nº 89, de 2003, do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) - (leia).
Denominadas "Ato Público contra o AI-5 Digital", as ações ocorreram em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Fonte: site do FNDC
Publicado no site da FENAJ

Rede Bom Dia demite 14 Jornalistas

A Rede Bom Dia de jornais, do Grupo Traffic, do empresário José Hawilla, demitiu 14 profissionais na sexta-feira (10/6) em várias cidades no Interior do Estado. Sob a justificativa de que a medida teria sido motivada por "questões econômicas e financeiras", foram fechados postos nas cidades de São José do Rio Preto, Jundiaí, Bauru e Sorocaba.
Em Jundiaí foram demitidos dois repórteres, um repórter fotográfico e um diagramador; em Sorocaba saíram três repórteres e um repórter fotográfico; em Bauru saíram um repórter e uma repórter fotográfica; em São José do Rio Preto, saíram dois reportes, um repórter fotográfico e um diagramador.
Haveria a possibilidade de recontratação dos jornalistas dentro de dois meses. Só a redação foi alvo de demissões. Outra denúncia é que os repórteres serão obrigados a atualizar o site do jornal, o que configura acúmulo de função. Estaria também em estudos pela direção reduzir o valor do vale-refeição, que é de R$ 211,00, para R$ 107,00.
O projeto da Rede Bom Dia era fundar 24 jornais (20 em São Paulo e quatro no Sul de Minas Gerais), mas os planos foram mudados. Novos títulos estão sendo inaugurados, mas só por meio de franquias – tornando ainda mais precárias as condições de trabalho dos jornalistas. São os casos das recentes edições de Fernandópolis e Marília, onde não há cumprimento de vários pontos da convenção coletiva.
A Regional Sorocaba do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo soltou uma nota em que repudia a forma arbitrária e sem prévia discussão como empresa optou pela dispensa dos funcionários do Bom Dia da cidade.
"A Rede Bom Dia não buscou alternativas voltadas a diminuir o eventual impacto da crise que, como é sabido, não afetou, como tem sido alardeado, o setor. O problema assume dimensão ainda maior, se considerado que agora o quadro do jornal diminuiu consideravelmente, o que deverá implicar em sobrecarga à equipe que ficou. Por conta do que houve, a regional Sorocaba do Sindicato estará atenta aos desdobramentos do problema e espera que os cortes parem por aí."

FONTE: SJSP

Rádios comunitárias têm de pagar direito autoral

A iniciativa do Ministério das Comunicações em fomentar a regularização das rádios comunitárias em todo país é muito válida. Contudo, é importante lembrar sobre a obrigação legal de obter prévia licença autoral, através do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), de forma a possibilitar a execução de músicas, o que é inerente às suas atividades, a fim de evitar transtornos. Tal como ocorreu, na semana passada, com a Associação Comunitária de Barretos, sediada em Barretos, São Paulo, que sofreu decisão judicial, determinando a suspensão de execução de músicas em sua programação, sob pena de multa diária, ante a comprovação da utilização desautorizada.
As rádios comunitárias, tal qual as rádios comerciais, transmitem em suas programações músicas que não são de sua propriedade, por isso, devem também obter autorização para realizar suas transmissões. A prévia licença dos autores de música é matéria pacificada pelo Superior Tribunal de Justiça, que já assentou ser desnecessária qualquer condição de lucro, direto ou indireto, para a incidência dos direitos autorais.
Como o alcance da transmissão das rádios comunitárias é bem menor que o das comerciais, o valor da retribuição autoral nestes casos é menor também. Contudo, a pretensão de qualquer isenção, além de ilegal, seria o mesmo que conferir a essas emissoras uma vantagem competitiva em relação às rádios comerciais, transcendendo o seu fim.

Tiberius Drumond
Assessoria de imprensa - SPS Comunicação

Trabalho de identificação das vítimas do acidente aéreo com o vôo 447 da Air France

A Polícia Federal e o Instituto Médico Legal de Pernambuco informam que a equipe responsável pela etapa inicial da cadeia de custódia em Fernando de Noronha, que hoje é composta por cinco peritos federais, dois papiloscopistas federais, um médico legista, um papiloscopista e um auxiliar de necropsia do IML, concluiu no final da tarde desta quarta-feira (10) os procedimentos preliminares que levarão à identificação dos 16 primeiros corpos que haviam chegado à ilha, e que os mesmos seguirão para o IML, em Recife.
O trabalho de identificação das vítimas do acidente aéreo com o vôo 447 da Air France está sendo realizado pela Polícia Federal e pelo IML de Pernambuco, com o apoio de especialistas de Alagoas, Ceará e Paraíba. Um perito da França acompanhará o trabalho pericial em Recife em razão do inquérito existente naquele país e para evitar que o processo de identificação seja refeito no âmbito de suas investigações.
Os demais peritos e especialistas franceses que estão chegando ao Brasil são responsáveis pela investigação sobre as causas do acidente.
Todas as informações referentes à identificação das vítimas serão repassadas aos representantes dos demais países envolvidos no acidente por meio da direção da Polícia Federal, em Brasília.
Esclarecemos ainda que, conforme informado anteriormente, o trabalho da equipe de peritos em Fernando de Noronha consiste em receber formalmente das Forças Armadas os corpos das vítimas, dando início à cadeia de custódia por meio de abertura de prontuários de identificação preliminar, que acompanharão os corpos até sua identificação definitiva. Esse registro permitirá a rastreabilidade e certificação das informações.

Por: Polícia Federal e Secretaria de Defesa Social de Pernambuco

Encontrados 41 corpos do voo 447

Aumentou para 41 o total de corpos de passageiros do voo da Air France resgatados no mar. Os últimos 25 corpos encontrados estão na Fragata Bosísio.

A Marinha e a Aeronáutica informaram ontem que já foram recolhidos 41 corpos de vítimas do Airbus da Air France, que caiu no oceano Atlântico no último dia 31 com 228 pessoas a bordo. O governo francês solicitou ingresso em águas juridicionais brasileiras de dois rebocadores da França, que levarão 40 toneladas de equipamentos para auxílio às buscas.
Ontem, 16 corpos foram levados para Fernando de Noronha por helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira) onde peritos farão uma análise inicial das vítimas. Segundo a Marinha e a Aeronáutica, uma área de instabilidade que atinge a região de Fernando de Noronha atrasou o transporte de corpos do oceano.
Os corpos passam por perícia inicial em Fernando de Noronha. Ao final dos trabalhos da PF (Polícia Federal), eles serão transportados para identificação no IML (Instituto Médico-Legal) do Recife em uma aeronave C-130, também da FAB, numa viagem de cerca de uma hora. O Airbus da Air France caiu no Atlântico no último dia 31, quando ia do Rio para Paris com 228 pessoas a bordo — 12 tripulantes e 216 passageiros, entre eles 58 brasileiros.
Reportagem publicada ontem pelo jornal Folha de S. Paulo mostra que enquanto as buscas não forem oficialmente encerradas, a situação jurídica dos parentes dos passageiros permanece complicada. Isso porque, na legislação brasileira, a regra é que não há morte sem corpo.
A exceção é quando a Justiça declara a morte presumida de uma pessoa. Ela ocorre, segundo o Código Civil de 2002, “se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida”. É o caso dos passageiros do voo 447, mas a declaração pode ser requerida somente “depois de esgotadas as buscas e averiguações”.

Acidente


O Airbus da Air France decolou por volta das 19h do dia 31 do aeroporto Tom Jobim, no Rio, com destino a Paris, e fez o último contato com o controle aéreo brasileiro por volta das 22h30 do mesmo dia.
Não há hipóteses claras sobre o que pode ter derrubado a aeronave, mas já há certeza de que o avião sofreu despressurização e uma pane elétrica, porque a aeronave enviou alerta automático do tipo durante o voo. Sabe-se também que a aeronave enfrentou forte turbulência.
As primeiras suspeitas sobre o acidente recaem sobre os sensores de velocidade e a força do vento. Aparentemente, os sensores falharam nos minutos imediatamente anteriores ao acidente, segundo 24 alertas automáticos enviados pelo avião.

Submarino francês busca caixas-pretas

O submarino Emerade, que deve chegar hoje para ajudar nas buscas pelas caixas-pretas do voo 447 da Air France, é uma embarcação nuclear de primeira geração da Marinha da França. Ele é o quarto submarino da classe Rubis e é capaz de mergulhar em águas profundas.
Equipado com um sistema sonar, ele tentará detectar sinais acústicos emitidos pelas caixas-pretas do Airbus, que caiu no oceano Atlântico no trajeto Rio-Paris na noite de domingo, 31, com 228 pessoas a bordo.
O Emerade pode carregar até 14 mísseis e torpedos e seu sistema de propulsão é baseado em um sistema turboelétrico nuclear. Ele foi construído na década de 80 e comissionado em 15 de setembro de 1988.
Em 30 de março de 1994, o submarino Emerade sofreu um acidente, um dos principais da história deste tipo de embarcação. O compartimento do motor sofreu uma explosão acidental e dez pessoas morreram. Ele passou então por uma reforma entre maio de 1994 e dezembro de 1995 e foi elevado ao mesmo nível tecnológico do Améthyste (S 605).
Nos últimos anos, a embarcação participou da Operação Tridente, em 1999, no Adriático, garantindo a segurança dos aviões Foch na Iugoslávia. Em 2001, ele realizou exercícios no oceano Atlântico e, em 2005 e 2006, no Índico.

Primeiros corpos em Fernando de Noronha

Nove dias após o acidente com o avião da Air France, os primeiros corpos das vítimas do voo 447 chegaram na manhã de ontem no arquipélago de Fernando de Noronha (a 545 quilômetros do Recife). Os 16 corpos começaram a ser examinados num processo inicial de identificação.
Os corpos, que serão encaminhados ontem para o Recife, foram içados da fragata Constituição, um a um, pelos helicópteros H-60 Blackhawk e H-34 Super Puma, da Aeronáutica, que fizeram o traslado até o arquipélago. O primeiro helicóptero aterrissou no aeroporto de Fernando de Noronha, transportando oito corpos, às 9h45 (horário de Brasília). O segundo chegou ao meio-dia com os oito restantes.
Os corpos, envoltos em sacos mortuários, foram levados em macas, por militares usando máscaras, toucas e batas cirúrgicas, ao hangar do Destacamento da Aeronáutica onde foi montada a estrutura de pré-identificação — coleta de impressões digitais e material genético para exame de DNA.
Também foram tiradas fotos de todos os pertences das vítimas que possam ajudar na identificação. As fotos serão distribuídas pela Internet para todas as superintendências da Polícia Federal, que irá fazer contato com as famílias, que poderão fazer o reconhecimento dos objetos sem precisar se deslocar.

Air France substituirá sensores dos Airbus

A Air France anunciou que todos os seus aviões Airbus para voos de longa distância serão equipados imediatamente com novos sensores de velocidade, depois do desastre da semana passada na rota Rio-Paris, disse um sindicato de pilotos da França ontem.
Os chamados tubos de Pitot, que medem a velocidade, se tornaram o foco da investigação sobre o acidente em função das mensagens que apontaram dados “inconsistentes” nas medições passadas aos pilotos, o que pode ter causado o acidente em meio a uma tempestade.
Um sindicato menor de pilotos da Air France pediu a seus membros que parem de voar com os Airbus A330 e A340 até que os sensores antigos sejam substituídos. A companhia se comprometeu fazer a troca rapidamente, de acordo com o outro sindicato. “A Air France nos ofereceu um programa de substituição extremamente proativo e muito acelerado”, disse Erick Derivry, porta-voz do sindicato dos pilotos SNPL.
“A partir de hoje, todos os voos da Air France com A330 e A340 usarão aviões equipados com pelo menos dois novos sensores (num total de três)”, disse ele à rádio France Info.
A Air France, que opera 19 A340 e 15 A330, não comentou a informação do sindicato. O acidente da semana passada sobre o Atlântico matou todos os 228 ocupantes do avião. Na segunda-feira, a Força Aérea e a Marinha do Brasil anunciaram que 24 corpos e vários destroços já foram resgatados. O A330 enviou 24 mensagens automáticas em seus minutos finais de voo, detalhando uma rápida série de falhas de sistemas.

domingo, 7 de junho de 2009

Supremo julga obrigatoriedade do diploma no dia 10/06

O Supremo Tribunal Federal inseriu na pauta da próxima quarta-feira (10/06) o julgamento da obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Porém, existe a possibilidade do julgamento ser adiado novamente, já que o ministro Marco Aurélio declarou que levará o caso do menino Sean para ser apreciado na próxima sessão plenária.
O julgamento do Recurso Extraordinário 511961, que questiona a necessidade de formação superior para a obtenção do registro profissional, já foi adiado em uma oportunidade. Ele foi inserido na pauta do dia 01/04, mas não foi discutido por falta de tempo na sessão.
A discussão em torno do tema teve início em 2001, quando a juíza Carla Rister concedeu liminar suspendendo a exigência do diploma, acatando pedido do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo.
Em 2005, o Tribunal Regional Federal revogou o entendimento de primeira instância, e o diploma voltou a ser obrigatório. Entretanto, o Ministério Público Federal recorreu e o caso foi para o STF.
No final de 2006, o relator do processo, ministro Gilmar Mendes, suspendeu temporariamente a obrigatoriedade do diploma até que o caso seja julgado no Tribunal, o que pode acontecer na próxima semana.




Sérgio Matsuura

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Nova técnica para tratar a sinusite chega ao Brasil

Uma nova técnica de tratamento da sinusite, a sinusoplastia, lançada em 2006, chegou ao Brasil este ano. Trata-se de uma cirurgia bem menos invasiva e muito mais simples que a tradicional.
Na sinusoplastia – também conhecida como método do balão – há apenas um remodelamento dos canais que facilita a ventilação, a drenagem das secreções e o acesso das medicações aos seios paranasais. Tal remodelamento é feito por meio de um balão, colocado na cavidade nasal através de um cateter e insuflado com água.
Por não alcançar a mucosa, a nova técnica praticamente elimina a chance de fibrose, que pode levar a obstrução dos canais, e que é relativamente comum nos métodos mais antigos de cirurgia. A nova cirurgia é mais rápida e com menos risco de sangramento nasal pós-operatório. O paciente pode ter alta hospitalar no mesmo dia e raramente utilizar tamponamento nasal. Um dos pacientes operados com a nova técnica foi o técnico em eletrônica Alex Sandro Simões, de 26 anos:
– Fazia todos os tipos de tratamento com remédio e não conseguia resultado. Agora minha qualidade de vida muito totalmente.
A sinusoplastia é indicada para casos crônicos específicos de sinusite ou para pacientes de pouca idade ou com problemas de coagulação sanguínea. Até 2006, o único procedimento existente era a cirurgia naso-sinusial endoscópica funcional. Ela é realizada com endoscópio rígido. Esta ação exige pelo menos um dia de internação e apresenta aspectos limitantes, pois remove mucosa nasal e tecido ósseo, o que pode levar a alterações fisiológicas na região.
– Estes tipos de procedimento podem provocar dor e fibrose superficial, ou até mesmo a regressão do que foi reparado na cirurgia – observa o otorrinolaringologista João Flávio Nogueira.


Flávio Dilascio - JB

Dia da Imprensa: nada a comemorar

No último dia 1º de junho, foi o Dia da Imprensa no Brasil, mas os jornalistas não têm o que comemorar. Ao contrário, é lamentável o "presente" que Nelson Tanure, um dos donos da mídia no país, dá aos jornalistas, ao suspender a circulação da Gazeta Mercantil. Sobram para os profissionais a angústia de não verem respeitados seus direitos trabalhistas e a certeza da necessidade de mudanças profundas no sistema de comunicação do país.
Antes comemorado no dia 10 de setembro, o Dia da Imprensa no Brasil passou a ser reconhecido oficialmente como o 1º de junho a partir de um Projeto de Lei aprovado em 1999, com o apoio da FENAJ. A referência anterior registrava o início da Gazeta do Rio de Janeiro como o primeiro veículo impresso no Brasil, em 1808, como jornal oficial da Corte portuguesa. O PL repôs os pingos históricos nos is, reconhecendo que o pioneiro da imprensa brasileira foi o Correio Braziliense, do gaúcho Hipólito José da Costa, lançado em 1º de junho do mesmo ano.
A suspensão da circulação da Gazeta Mercantil após quase 90 anos, expõe uma crise no veículo que redundou em mais de 300 ações em fase de execução e dívidas trabalhistas que superam a casa dos R$ 200 milhões. Tentando fugir à sua responsabilidade, a CBM (Cia. Brasileira de Multimídia) de Nelson Tanure, considerada judicialmente como sucessora do ex-proprietário do jornal, Luiz Fernando Levy, tentou – frustradamente - devolver-lhe o veículo.
Tal situação revela a sucessão de incompetências administrativas na condução do jornal ao longo dos anos. E, mais que isso, desnuda um modelo de negócios declaradamente falido e ainda em aplicação no "mercado de comunicação" do país.
Diante de tal situação, a Federação Nacional dos Jornalistas soma-se ao Sindicato dos Jornalistas de São Paulo no apoio e solidariedade aos jornalistas da Gazeta Mercantil e reivindica a discussão ampla e democrática, com a necessária revisão, do modelo que sustenta a mídia eletrônica e impressa brasileira na Conferência Nacional de Comunicação.

Brasília, 1º de junho de 2009.
Diretoria da FENAJ

Leitores acham que árbitro Leonardo Gaciba foi maior responsável por eliminação do Vasco

O erro do árbitro Leonardo Gaciba (Fifa-RS) na partida entre Corinthians e Vasco, no Pacaembu, deixando de marcar um pênalti para a equipe carioca, foi apontado pelos leitores do site do jornal O GLOBO como o principal motivo para a eliminação do time de São Januário na semifinal da Copa do Brasil. O juiz não apitou em lance em que o zagueiro Chicão puxou a camisa do atacante Élton após cobrança de escanteio.
Na opinião de 78% dos 1.565 internautas que participaram da enquete, Gaciba teve influência decisiva no resultado do jogo ( 0 a 0, que classificou o Corinthians para a final contra o Inter ) devido ao "pênalti claro em Élton que ele não deu". Outros 14% consideraram que o árbitro foi menos importante na eliminação do Vasco do que a atuação do time na etapa inicial da primeira partida decisiva, no Maracanã, "quando o Vasco jogou mal e levou gol em casa". Na opinião de 8%, o árbitro não tem culpa no pênalti porque "o lance com o Élton não era tão fácil de ser marcado".

Gaciba diz que ficou 'meio chateado'

No dia seguinte ao jogo em São Paulo, o árbitro Leonardo Gaciba falou sobre o lance do pênalti não marcado, que ocorreu no segundo tempo.
- Estou meio chateado. É impossível apitar da televisão, conseguimos fazer o que é possível. Vou dar uma olhada melhor no lance, o corpo de um jogador do Vasco está na frente - disse o juiz à Rádio Brasil.
De acordo com Gaciba, é preciso analisar o contexto de sua situação. Ele afirma que, no geral, sua arbitragem foi boa, tanto que não ouviu reclamações depois do duelo.
- Existe o jogo do campo e o da televisão. Temos que saber o que é humano e o que não é. Não tem porque maximizar isso, quando terminou o jogo os jogadores do Vasco me cumprimentaram.
Jornal O Globo