quarta-feira, 7 de maio de 2008

Menina prende o cabelo em brinquedo e perde parte do couro cabeludo


Uma menina de 9 anos perdeu parte do couro cabeludo ao ficar com o cabelo preso em um brinquedo de um parque, no Rio de Janeiro. Júlia Vitória do Ramo Braga, 9 anos, ficou com o cabelo preso num brinquedo, conhecido como "gaiola", no Parque Filadélfia Diversões, em Campo Grande, na Zona Oeste da cidade. Ela foi socorrida pelos pais em uma clínica na região e passa bem.
Segundo o pai dela, Lincoln Campos Braga, a pequena Júlia ficou 28 minutos com o cabelo preso e que os funcionários do parque tiveram dificuldade para soltá-la. Ela foi levada para a Casa de Saúde Nossa Senhora do Carmo, e liberada em seguida. De acordo com os médicos que a atenderam, ela poderia ter quebrado o pescoço. Ainda de acordo com o pai da criança, a brigada de incêndio do shopping e representantes da administração, foram chamados, mas ninguém apareceu.
Ela compareceu na manhã de ontem no Instituto Médico Legal, em Campo Grande, onde realizou exame de corpo de delito. Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, não encontraram irregularidades no parque. De acordo com o especialista Ivan Camargo, na perícia realizada pela manhã no brinquedo, nada estava fora das normas de segurança.
O diretor da empresa Parque Filadélfia Diversões, Rogério Carvalho, acompanhou os trabalhos. Ele assegurou que a recomendação é para que a criança sente no banquinho e segura com as duas mãos na trava de segurança que fica à frente. Segundo ele, a menina descumpriu as ordens e se deitou no banco, o que levou seu cabelo a se enrolar em uma roldana do brinquedo.
O delegado Eduardo Jorge Soares, da 35º DP (Campo Grande), onde o caso foi registrado como lesão corporal, interditou o brinquedo por medida de segurança, até que a empresa instale uma placa de proteção na roldana onde ocorreu o acidente. Os responsáveis, tanto pelo shopping quanto pelo parque, deverão comparecer à delegacia para prestar depoimento.
Emocionado, o pai de Júlia, falou sobre o susto que levou com a filha.
- Tivemos um milagre de Deus. Ela poderia ter quebrado o pescoço ou ter sofrido um traumatismo craniano. Fisicamente ela está bem. Mas emocionalmente está abalada – disse Lincoln Campos Braga. Ele ainda disse sobre o despreparo dos funcionários do shopping e do parque, que ficaram chocados com a situação e não sabiam o que fazer para soltar a criança do brinquedo.
Ele acrescentou que este despreparo, será cobrado na Justiça. Lincoln, que trabalha como radialista, pretende processar o fabricante do brinquedo, a empresa que explora o parque e a administração do shopping.

Tragédia acabou reaproximando pai e filho que não se viam há seis anos
Durante a reportagem exibida na televisão, sobre o caso de Júlia Vitória do Ramo Braga, o jovem Felipe Couto Campos Braga reconheceu o pai que não via há pelo menos seis anos. Lincoln Campos Braga, é o pai dele e também o pai da criança que se feriu.
Surpreso ao reconhecer o pai e preocupado com a irmã mais nova, Felipe foi até a 35ª DP (Campo Grande), que está investigando o acidente no Parque Filadélfia Diversões, e pediu ajuda para chegar até a casa do pai. Ele foi levado ao local por uma viatura da Polícia Militar e reencontrou seu genitor. Os dois se abraçaram em clima de grande emoção.

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