quinta-feira, 1 de maio de 2008

Mais dois estouros em tubulações da Cedae ocorrem na cidade

(MARCELO NEGREIROS)
18/04/2008
Em menos de 24 horas, pelo menos quatro vazamentos em tubulações da Cedae aconteceram em diferentes pontos do Rio. Na manhã de ontem, foram dois só na Rua Bambina, em Botafogo, Zona Sul do Rio. Um deles aconteceu às 6h, na esquina com a Rua Visconde de Outro Preto. Poucos metros do vazamento, outro buraco, que também teria sido causado pela pressão da água. De acordo com a companhia, o ramal do cano foi desligado, para que o vazamento parasse. Técnicos estiveram no local realizando o reparo, onde constataram que o buraco não afetava toda a rua. A via funcionou em meia pista até o término do reparo, que ocorreu ainda na manhã de ontem.
Depois dos estouros de tubulações na Rua Mário Ribeiro, na Gávea, Zona Sul e na Avenida Presidentes Vargas, em frente à prefeitura, na pista sentido Praça da Bandeira, na quinta-feira, os motoristas voltaram a sofrer com congestionamentos na cidade. O reparo na Gávea terminou no fim da noite de quinta-feira, onde no lugar do buraco, foi colocado concreto, para possibilitar a passagem dos veículos. Mas a via voltou a ser interditada para a colocação do asfalto. Na Avenida Presidente Vargas, o trabalho das equipes foi concluído no início da tarde de ontem. De acordo com a assessoria da Companhia, os trabalhos estavam bastante adiantados e que a prefeitura já tinha sido avisada para providenciar o asfalto no local.
O presidente da Cedae, Wagner Victer, explicou que a sobrecarga de veículos no asfalto causa fadiga no material, provocando danos na tubulação. De acordo com ele, as tubulações são adequadas ao tempo e que os rompimentos não aconteceram por deterioração do material. Ele ainda ressaltou que o crescimento do fluxo em toda a região da Barra da Tijuca é muito intenso, fazendo com que tenha maior trepidação da rua e maior fadiga de material. A própria Auto-Estrada Lagoa-Barra não foi concedida para receber aquele fluxo de veículos. O presidente disse, ainda, que onde ocorreu o vazamento na Gávea, há uma galeria de concreto feita sobre a tubulação.
Para ele, o vazamento aconteceu exatamente embaixo de uma galeria de concreto construída depois da tubulação. Devido ao grande número de veículos que transitam naquela via, jogando peso naquela galeria de concreto, feita em cima de uma tubulação, resultou no desgaste do material, onde é realizado um trabalho permanentemente, em manutenção preventiva.
No mês passado, um vazamento de uma tubulação de água da Cedae aconteceu na Avenida Niemeyer, possivelmente rompido por algum tipo de trepidação na pista. Na Tijuca, outra tubulação que passa embaixo da Rua Mariz e Barros,também se rompeu, fazendo com que parte do asfalto cedesse. Um caminhão ficou preso e parte da rua, que é uma das mais movimentadas do bairro, teve um trecho parcialmente interditado por um dia.
No fim de janeiro, um carro caiu em um buraco de três metros de profundidade na Estrada do Galeão, na Ilha do Governador, subúrbio do Rio, após o rompimento de duas galerias de águas pluviais da prefeitura. Duas semanas antes, outro aconteceu na taquara, fazendo o asfalto ceder. Em agosto do ano passado, um vazamento de água abriu um buraco gigantesco numa das esquinas de maior movimento em Copacabana. Em maio de 2006, uma cratera se formou na Rua Humaitá depois do rompimento de uma tubulação. O trânsito ficou prejudicado durante vários dias e os moradores tiveram problemas de falta d'água.

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