segunda-feira, 10 de março de 2008

Vendedor ambulante acusa guarda municipal de agressão

(MARCELO NEGREIROS)


O ambulante José Ricardo Castro da Silva, de 49 anos, acusa um grupo de guardas municipais, de agressão. A violência teria ocorrido na manhã do dia 27 de fevereiro, no bairro do Maracanã, Zona Norte da cidade, quando a Guarda Municipal do Rio de Janeiro (GM) apreendeu a mercadoria do ambulante, que há 15 anos vende mate e biscoitos.
Segundo o vendedor, ele estava empurrando sua carrocinha, pela Avenida Maracanã, contendo vários produtos alimentícios e bebida (mate), quando uma viatura da corporação, de placa LOL-3329 se aproximou. Eles pediram uma identificação, mas o mesmo não tinha. Foi quando os ocupantes da Kombi teriam o agredido com uma coronhada. Testemunhas teriam presenciado o ocorrido.
Ainda de acordo com a vítima, os guardas levaram todo o material de trabalho, inclusive o bujão que vendia a bebida. Após a agressão, o declarante foi atendido no Hospital Municipal Souza Aguiar, e realizou o registro na 18ª DP (Praça da Bandeira). Segundo ele, a única forma de sustentar a família é esta, e agora não tem como trabalhar.
Segundo informações da Assessoria da Guarda Municipal, a equipe denunciada pela agressão é da 8ª Inspetoria da Guarda Municipal (Tijuca) e realizava ação rotineira de controle urbano (inibição ao comércio irregular). O senhor em questão estava comercializando em ponto não autorizado pela Prefeitura, tendo então a mercadoria recolhida.
Pelo relatório da equipe, o ambulante estava muito agitado e nervoso, mas não houve necessidade uso de força para contê-lo. Sobre a suposta coronhada, a GM-Rio esclarece que não usa arma (por não possuir papel de polícia ostensiva). O material e o carrinho apreendido foi encaminhado ao depósito da Secretaria Municipal de Governo (responsável pela fiscalização de controle urbano) sob o TRM N° 30.417 e registro 201.666, podendo ser resgatado pelo senhor.
O telefone do depósito é 2260-6003. Sobre a denúncia de agressão ao senhor, o procedimento da Guarda em casos de denúncias como esta, é acompanhar o desenrolar do inquérito policial aberto - segundo o ambulante - na DP. Caso se comprove, alguma irregularidade de conduta, os GMs podem ser punidos dentro do regime da Guarda, que pode advertir, suspender e até demitir por justa causa.

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