(MARCELO NEGREIROS)
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O Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) realizou na manhã do dia 10 de abril a operação volante em Vicente de Carvalho, na zona Norte do Rio, com o objetivo de combater o transporte irregular na região. A ação aconteceu entre 6h e 9h e cinco kombis piratas foram infracionadas. Com isso, resultou em uma manifestação de trabalhadores do transporte alternativo contra essas blitzes. O protesto aconteceu na Avenida Pastor Martin Luther King Junior, altura de Vicente de Carvalho. Os manifestantes pedem a legalização dos veículos junto à prefeitura.
Cerca de 100 manifestantes reivindicaram o direito de trabalho e também a liberação de uma licitação para legalizarem os veículos. De acordo com eles, aproximadamente 15 linhas de vans e kombis circulam pela região, entre elas, algumas são legalizadas e o Detro não dá a chance para essa legalização, realizando blitzes constantes no bairro de Vicente de Carvalho. Os trabalhadores disseram que quando o veículo é apreendido, eles pagam um valor de multa muito alto direto ao departamento, e esse valor vai aumentando em novas apreensões.
Um passageiro que não quis se identificar disse que policiais abordam os transportes, apontando armas para os motoristas e obrigando os passageiros a descerem. O motorista I.S.R., de 34 anos, relatou que sua família está passando fome, correndo atrás de emprego e o governador Sérgio Cabral não dá auxílio aos motoristas de transportes alternativos. O passageiro Alexandre Felício, 36, disse que antes os veículos passavam de dois em dois minutos. Agora, elas não passam, e quando trafegam, não podem parar devido às fiscalizações.
Os manifestantes tentaram fechar a via, mas foram orientados por funcionários do Detro a não realizarem tal ação. Segundo Eli Peixoto, fiscal do departamento, é cumprida uma escala, onde o lugar da fiscalização é determinado. Sobre a licitação, é preciso identificar as linhas. Sendo municipal ou intermunicipal, o ideal é procurar a prefeitura ou o Detro. Conforme a acusação de abordagens, os policiais são orientados a realizarem desta forma, e segundo o fiscal, não têm como saber se existe bandidos dentro do veículo..jpg)
Os veículos apreendidos tiveram que ser liberados por falta de reboque. Como os motoristas se negaram a conduzir as kombis ao depósito, o Detro acionou o Ande Legal que enviou um reboque. Entretanto, os fiscais verificaram que o reboque estava com documentação irregular. O veículo também foi multado e liberado.
— O inusitado número de apreensões está causando algumas dificuldades de vagas em depósitos e de reboques suficientes para recolher os veículos. Estamos buscando a solução junto ao Detran e, paralelamente, verificando se há mecanismos legais para o Detro licitar prestadores com serviços de reboque e depósitos que possam atender ao Detro, afirmou Rogério Onofre, presidente do Detro.
Desde janeiro de 2007, quando o órgão intensificou suas operações, o Detro registrou 23.232 irregularidades. Deste total, 10.524 foram apreendidos e outros 12.708 multados. A multa por transporte irregular de passageiros é de R$ 1.825,80. Os motoristas resistiram à apreensão e, para conter o tumulto, foi reforçado o policiamento no local. Segundo o órgão, são realizadas 37 operações em todo o estado.
Cerca de 100 manifestantes reivindicaram o direito de trabalho e também a liberação de uma licitação para legalizarem os veículos. De acordo com eles, aproximadamente 15 linhas de vans e kombis circulam pela região, entre elas, algumas são legalizadas e o Detro não dá a chance para essa legalização, realizando blitzes constantes no bairro de Vicente de Carvalho. Os trabalhadores disseram que quando o veículo é apreendido, eles pagam um valor de multa muito alto direto ao departamento, e esse valor vai aumentando em novas apreensões.
Um passageiro que não quis se identificar disse que policiais abordam os transportes, apontando armas para os motoristas e obrigando os passageiros a descerem. O motorista I.S.R., de 34 anos, relatou que sua família está passando fome, correndo atrás de emprego e o governador Sérgio Cabral não dá auxílio aos motoristas de transportes alternativos. O passageiro Alexandre Felício, 36, disse que antes os veículos passavam de dois em dois minutos. Agora, elas não passam, e quando trafegam, não podem parar devido às fiscalizações.
Os manifestantes tentaram fechar a via, mas foram orientados por funcionários do Detro a não realizarem tal ação. Segundo Eli Peixoto, fiscal do departamento, é cumprida uma escala, onde o lugar da fiscalização é determinado. Sobre a licitação, é preciso identificar as linhas. Sendo municipal ou intermunicipal, o ideal é procurar a prefeitura ou o Detro. Conforme a acusação de abordagens, os policiais são orientados a realizarem desta forma, e segundo o fiscal, não têm como saber se existe bandidos dentro do veículo.
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Os veículos apreendidos tiveram que ser liberados por falta de reboque. Como os motoristas se negaram a conduzir as kombis ao depósito, o Detro acionou o Ande Legal que enviou um reboque. Entretanto, os fiscais verificaram que o reboque estava com documentação irregular. O veículo também foi multado e liberado.
— O inusitado número de apreensões está causando algumas dificuldades de vagas em depósitos e de reboques suficientes para recolher os veículos. Estamos buscando a solução junto ao Detran e, paralelamente, verificando se há mecanismos legais para o Detro licitar prestadores com serviços de reboque e depósitos que possam atender ao Detro, afirmou Rogério Onofre, presidente do Detro.
Desde janeiro de 2007, quando o órgão intensificou suas operações, o Detro registrou 23.232 irregularidades. Deste total, 10.524 foram apreendidos e outros 12.708 multados. A multa por transporte irregular de passageiros é de R$ 1.825,80. Os motoristas resistiram à apreensão e, para conter o tumulto, foi reforçado o policiamento no local. Segundo o órgão, são realizadas 37 operações em todo o estado.
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