domingo, 15 de fevereiro de 2009

Novo salário mínimo terá impacto de R$ 8,5 bilhões nas contas públicas

O aumento de R$ 50 para o salário mínimo terá um impacto de R$ 8,5 bilhões nas contas do governo federal somente neste ano, segundo dados do Ministério do Planejamento. O mínimo de R$ 465 beneficiará 13,9 milhões de aposentados e pensionistas, entre outros atendidos pela Previdência --auxílio-doença, auxílio-reclusão, salário-maternidade. Para 8,2 milhões de pessoas cujo valor do benefício é superior a um salário mínimo, também haverá correção, que vigorou a partir de 1º de fevereiro, mas o índice está sendo menor, pois segue apenas a variação da inflação.
O aumento do mínimo também implica reajuste das contribuições previdenciárias recolhidas dos trabalhadores. A previsão é que a arrecadação da Previdência aumente R$ 856 milhões neste ano. O crescimento das despesas será de R$ 8,7 bilhões, gerando valor líquido de R$ 7,8 bilhões.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que, com o aumento do mínimo, cerca de R$ 21 bilhões a mais passam a circular por mês na economia.
"Esse aumento representa beneficiar mais de 45 milhões de pessoas, entre aposentados e pensionistas", afirmou o ministro durante o anúncio feito no Rio.
O abono-salarial, no mesmo valor do salário mínimo, também sobe a partir de domingo, assim como o seguro-desemprego --o valor médio pago passa de R$ 564,40 para R$ 632,40. Somados, os aumentos irão injetar R$ 24,349 bilhões na economia a partir de março.
O salário mínimo passou de R$ 415, para R$ 465, já a partir deste mês de fevereiro. O aumento real de 5,7% foi feito por meio de Medida Provisória. O valor foi confirmado no dia 19 de janeiro pelo presidente Lula em reunião com sindicalistas. O deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira, o Paulinho, queria que o aumento fosse um pouco maior. Porém, o presidente teria dito que está garantido apenas os 5,7%, que considera a alta do PIB de dois anos atrás e inflação acumulada nos últimos 12 meses.

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