domingo, 15 de fevereiro de 2009

Japeri trava luta contra Caramujo Gigante Africano

(MARCELO NEGREIROS)

Preocupados com a grande infestação de caramujos africanos no município, Japeri junto com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), iniciaram esta semana mais uma campanha de combate ao molusco. Na região, alguns bairros estão sendo atacados pela praga que causam doenças no ser humano e nos animais domésticos.
Com um trabalho de prevenção e informação, o Secretário de Saúde, Fábio Stasiaki, junto com agentes da Vigilância Sanitária, visitaram o bairro Alecrin, onde há um número maior de infestação dos caramujos. Cerca de 15 homens da secretaria, visitaram casas, entregaram um material educativo mostrando as caracteristícas e formas de eliminar o molusco e explicaram aos moradores, que a melhor maneira de combate é catar manualmente e incinerar em massa.
De acordo com o secretário, o molusco representa um perigo, pois pode gerar doenças como meningite e outras infecções.
- Em primeiro lugar, deve-se acionar a Vigilância Sanitária para o recolhimento- ressalta Fábio no procedimento com a praga. De acordo com os agentes, os locais causadores de tanta ploriferação, são casas abandonadas, terrenos baldios e valas abertas que existem no município.
Segundo Josélio Abreu Rosa, Coordenador da Vigilância Sanitária de Japeri, está sendo realizado um trabalho intensificado em cima dessas pragas que mais se ploriferam. Já foi solitado a aquisição de dois carros fumacês, cinco máquinas manuais (fumacê), podendo ser aplicado em qualquer horário, pois é de óleo mineral com insetisída, para o combate a dengue, que também preocupa muito no município.
- O trabalho informativo e o combate aos caramujos não serão realizados apenas no bairro do Alecrin, com maior índice de ploriferação, e sim em todo o município. Precisa ser feito um trabalho de informação e prevenção, pois não tem solução – salienta o coordenador.
A Secretária de Saúde disponibilizou um telefone, para que quando o morador perceber a infestação, basta ligar e solitar a presença de um agente da Vigilância. O telefone é 2664-1421, que funciona de segunda a sexta-feira, em horário comercial.

Como evitar o Caramujo africano

Como se sabe, os caramujos em geral gostam de locais úmidos e sombreados. Por isso, ao iniciar a busca do caramujo africano em seu quintal, verifique bem os cantos dos muros, as paredes onde não bate muita luz e os lugares em que possa haver acúmulo de galhos, restos de poda, folhas, madeiras, etc. Também são locais muito propícios os restos de construção, entulhos e, em especial, os tijolos furados.
O caramujo é um molusco grande, terrestre, nativo do leste e nordeste da África. Quando adulto, atinge 15 cm de comprimento, 8 cm de largura e mais de 200 gramas de peso total. Foi introduzido no Brasil para ser comercializado como escargot. Comercializar Achatina como escargot é fraude. Ele não é comestível.
Atualmente este molusco é encontrado em 14 estados brasileiros. Vivendo livremente, está se tornando séria praga, em especial nas regiões litorâneas. Ataca e destrói plantações de mandioca, batata-doce, feijão, amendoim, abóbora, mamão, tomate e verduras, flores, frutas e folhas de diversas espécies. Sobe em muros e invade casas.
A cada 2 meses, um caramujo põe 200 ovos e, após 5 meses, os filhotes viram adultos e começam a se reproduzir. Sobrevive o ano todo, se reproduzindo mais rapidamente no inverno. É resistente à seca e ao frio. Sobrevive em terrenos baldios, plantações abandonadas, sobras de construções, pilhas de telhas e de tijolos.

O que fazer quando encontrar um caramujo gigante africano?

Certifique-se que é mesmo o caramujo gigante africano. Em caso de dúvida, procure a Secretaria Municipal de Saúde ou a Regional de Saúde. Recolha os caramujos manualmente, sempre com luvas descartáveis ou sacos plásticos. Para matá-los, deve-se queima-los dentro de latas ou tonéis. Depois quebrar as conchas e enterrá-las. Também pode-se simplesmente esmaga-los e enterra-los. Não coloque os caramujos no lixo, pois poderão estar transferindo a infestação.
Não deve-se usaer veneno, pois afeta o meio ambiente e não o molusco. Só pegue o molusco se estiver com luvas ou com saco plástico envolvendo as mãos. Assim, o caramujo não transmite doenças. Não deixe em seu terreno telhas, tijolos, sobras de construções ou excesso de plantas. Eles servem de criadouros.

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