quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Mais um triste caso de violência

(MARCELO NEGREIROS)

Que situação nós chegamos, viver e andar pela cidade do Rio de Janeiro virou uma grande armadilha. Quando não é bala perdida, assaltos, saidinhas de banco, calçadas esburacadas, deslizamento de encosta em cima de casas e carros, vitimando pessoas, agora uma nova moda, tiro ao alvo. O alvo somos nós, e o tiro são pedras enormes, jogadas contra carros de passeio e até ônibus.
A pergunta que nunca cala, mas também jamais obtemos uma resposta, até quando viveremos nessa verdadeira guerra urbana, cadê a segurança que merecemos e precisamos ter? Afinal, pagamos impostos caros e o retorno não é visto. Enquanto isso, o povo carioca sofre com constantes casos de violência gratuita, cidadãos perdendo a vida por nada, ou seja, a vida não é nada?
Mais um caso que ganha destaque na mídia e mais um número da violência na cidade maravilhosa. Outra vítima entrou para a estatística do terror no Rio. Na noite do último domingo (15), a copeira Irene Moreira da Silva, de 41 anos, morreu após ser atingida por um bloco de 20 kg, quando passava sob um viaduto em Bangu, na Zona Oeste do Rio. A delegada Márcia Julião, da 34ª DP (Bangu), que investiga o caso, disse acreditar em um infeliz ato de vandalismo, onde a pedra foi jogada de propósito. O motorista que não teve sua identidade revelada, disse ter visto um homem em pé no viaduto e não havia ninguém na parte debaixo, o que descarta a possibilidade de tentativa de roubo ao veículo.
Outra pergunta que com certeza tentarão esconder: o porque daquelas pedras naquele local? Se foi obra da prefeitura ou de qualquer outro órgão, os mesmos devem ser punidos. É um crime, todas aquelas pedras enormes, soltas, um verdadeiro perigo para pedestres e motoristas. Pois é, mais uma vítima desta guerra que parece não ter fim. E os governantes, o que estão esperando, o Rio de Janeiro ser dominado por bandidos e violência? Será que teremos que nos mudar para júpiter? Acorda prefeito, abre o olho governador!

Outros casos
Em setembro, um uma professora foi atingida por um bloco de pedra, quando passava pela Linha Amarela. Ciléia Cordeiro, de 27 anos, sofreu traumatismo craniano exposto, passando por uma cirurgia. De acordo com a família, a jovem teve uma melhora significativa. Semana seguinte, o juiz Sidney Rosa, do 3ª Tribunal do Júri, também foi vítima da ação de criminosos na via expressa. O carro dele foi atingido por um tijolo, perto de Bonsucesso, no subúrbio.
Segundo a polícia o objetivo dos criminosos é praticar assaltos na região. Que beleza, nova modalidade para as Olimpíadas de 2016 aqui no Rio de Janeiro, arremeço de pedra contra humanos. Medalha de ouro para os bandidos e sofrimento para nós, que queremos, lutamos e exigimos PAZ!

Foto: Cléber Júnior (Jornal O Globo)

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