terça-feira, 19 de maio de 2009

Jornalistas vão às ruas de Manaus protestar contra a violência

A direção do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas (SJPAM) decidiu ir às ruas para protestar contra os atos de violência que vêm sendo praticados contra jornalistas em Manaus. Em menos de uma semana, dois crimes foram cometidos contra dois jornalistas: o primeiro foi na sexta-feira (8), quando atearam fogo no carro do secretário-geral do SJPAM, Cristovão Nonato, e o segundo, na segunda-feira (11), quando o professor do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o jornalista Gilson Monteiro, foi agredido dentro da sala de aula.
A primeira participação do Sindicato dos Jornalistas em manifestação pública será na sexta-feira (15), a partir das 9h, no protesto que professores, estudantes e lideranças da comunidade universitária da Ufam estão programando para ser realizado no Instituto de Ciências Humanos e Letras (ICHL), no Campus Universitário, no bairro do Aleixo, zona Sul de Manaus. A manifestação é para protestar contra a agressão sofrida pelo professor Gilson Monteiro e atos de qualquer tipo de violência praticado contra a pessoa humana."Precisamos realizar estas manifestações para dizer que queremos um basta na violência e que agressões e atentados contra jornalistas ou contra qualquer cidadão têm de ser apurado e punido com rigor", afirmou o presidente do Sindicato dos Jornalistas, César Wanderley.
Hoje, o Sindicato dos Jornalistas do Amazonas emitiu uma nota que repudia a atitude do senhor Amin Aziz contra o jornalista Gilson Monteiro com a justificativa de que o professor teria acusado o vice-governador do Estado, Omar Aziz, de pedofilia quando discutia em sala de aula com os estudantes o papel da imprensa nesse tipo de crime e a manipulação da notícia pelos poderes políticos e econômicos."Nem durante a ditadura militar se viu tamanha truculência.
A continuar assim, que tranqüilidade os professores universitários terão para discutir com os alunos, de forma crítica, o fazer jornalístico, o movimento das sociedades e dos grupos políticos nas suas mais diversas manifestações? E se isso acontece em uma universidade, o que poderá acontecer em uma escola de ensino médio, especialmente do Estado?", questiona a nota, que foi publicada nos jornais de Manaus de quarta-feira (13).

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