quarta-feira, 6 de maio de 2009

FIJ condena negligência de governos que não defendem a liberdade de imprensa


Em sua declaração anual comemorativa ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), criticou a "censura, hipocrisia e negligência" de governos que se dizem defensores de taldireito, mas comprometem as liberdades civis e a democracia. A entidade boicotou a atividade programada pela Unesco no Catar e prestigiou outra, realizada no Bahrein, e lançou seu segundo relatório sobre as violências cometidas contra a imprensa no mundo árabe.
Para a entidade internacional que representa mais de 600 mil jornalistas em 123 países, alguns governos são culpados de "censura, hipocrisia enegligência" ao defender em a liberdade de imprensa e os direitos dos jornalistas apenas na retórica e comprometendo as liberdades civis e a democracia. Em nome da segurança e do combate ao terrorismo, os jornalistas tornaram-se alvos da polícia e as autoridades em muitos Estados. "Mesmo países democráticos estão instituindo leis que restringem o exercício do jornalismo", declarou o presidente da FIJ, Jim Boumelha.
Ele registrou que, em nome da segurança e do combate ao terrorismo, os jornalistas tornaram-se alvos da polícia e das autoridades em muitos países, sendo pressionados a revelarem as suas fontes. "Como resultado, os meios de comunicação trabalham em uma atmosfera de intimidação em que a censura, direta ou indireta, torna-serotineira", disse.A FIJ destacou, também, que, embora alguns governos expressem pesar pelo assassinato de jornalistas em países afetados por guerras e conflitos, como o Iraque, ou naqueles onde traficantes e outros criminosos são mortos parainduzir a "censura pela violência", muitas vezes tais governos evita magir contra a impunidade que permite que os assassinos fujam da Justiça.
Em comunicado encaminhado à Unesco na semana passada, a FIJ comunicou que os jornalistas organizem suas próprias associações ou sindicatos. Para comemorar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a entidade participou deum ato promovido pela Associação dos Jornalistas do Bahrein para valorizar aética no Jornalismo e lançou seu segundo relatório "Quebrar as Correntes", sobre as violências cometidas contra a imprensa no mundo árabe.
A FIJ orienta os jornalistas a exercerem maior pressão sobre os governos para defenderem os princípios da liberdade de expressão e a liberdade de associação. Entende que é dever dos Estados cumprirem suas responsabilidades internacionaisna proteção aos meios de comunicação e aos jornalistas para cumpriremlivremente o exercício de sua profissão, criando as condições para a liberdadede imprensa.

Fonte:Fenaj

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