Prefeito prioriza saneamento e pavimentação no município

(MARCELO NEGREIROS)

14/01/2009

Em seu primeiro mandato, o prefeito Timor tem o grande desafio de recuperar o município de Japeri. Sua prioridade é a melhora nas escolas, postos de saúde, obras inacabadas e principalmente as ruas, que precisam de saneamento e pavimentação. Para isso, Timor conta com parcerias como com a Caixa Econômica federal (CEF).
São muitas as necessidades encontradas, mas Timor quer solucioná-las o mais rápido possível. Hoje, o compromisso do novo prefeito, é viabilizar custos para tal precisões. Após firmar a parceria com a CEF, Timor está mais otimista para que as obras de saneamento e pavimentação possa ter início.
O município de Japeri, que teve um índice negativo, na última divulgação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), estimado com média de 76,4%, o pior da região Sudeste, enfrenta diversos problemas de pavimentação. Só no Centro, metade das ruas não são asfaltadas.
Na Rua Praça Israel, há um imenso valão em frente as casas que precisa ser canalisado. A vala negra está em quase toda a extensão da rua, cerca de 250 metros. Considerado um dos pontos críticos, a Rua Ivan Fernandes sofre com a chuva, onde a água chega a 1,5 metro, atigindo as casas e formando muita lama posteriormente, como a General Cordeiro de Farias também.
- Estamos apostando no novo prefeito para que nós moradores, não soframos mais com as chuvas – relatou José Rabelo, de 29 anos. Para o vendedor, o firmamento do prefeito em solucionar esse problema será solucionado o mais rápido possível.
- Ele é morador daqui, foi nascido e criado em Japeri, conhece os nossos problemas. Sei que ele vai nos ajudar – desabafou Estela da Silva, 49, dona-de-casa.
Outro bairro que também sofre com as valas negras é o Nova Belém. Na Rua Sara, o valão que parece um lago, há também muito lixo, precisando receber a canalização. No bairro Chacrinha a situação é a mesma. Na Rua B, mais valas negras e as demais também se encontram com o mesmo problema. Na Rua Francisco da Costa Filho, em Transmontan, outra vala negra em um trevo da rua.
Em Engenheiro Pedreira, há também uma vala negra na Rua Ernesto Nazaré. O esgoto entupido faz com que a água escorra pela rua. O ponto crítico da rua é um imenso valão com água parada da chuva. Segundo os moradores, toda vez que chove forma essa “piscina” e com isso, eles temem pela ploriferação do mosquito da dengue.
- As ruas são difíceis para trabalhar, pois as águas não têm curso, ficam no próprio solo, ficando paradas. A rede de esgoto está sempre cheia, a rua é longa, não tem caimento. O custo para este trabalho é caro – disse Daniel Coelho, ex-subsecretário de Obras, hoje, diretor do Departamento de Limpeza Urbana.

Esgoto destrói casas e causa prejuízos

O Presídio João Carlos da Silva, localizado no bairro Jardim Belo Horizonte, em Engenheiro Pedreira, inaugurado em dezembro de 2006, com capacidade para 850 presos, está trazendo sérios problemas ambientais para o bairro. Com a implosão do Complexo Penitenciário da Frei Caneca, no Centro do Rio de Janeiro, houve transferência da penitenciária para Japeri, com isso a demanda de presos também.
Os moradores reclamam que o esgoto despejado pela casa de detenção, está destruindo as plantas, invadindo as residências e danificando parte de uma escola local. O esgoto desce do presídio e passa por um lago, que segundo os próprios moradores, antigamente era um córrego de água limpa, onde até dava-se para pescar.
Como muitas das casas não têm muro, o esgoto acaba invadindo as residências, causando infiltrações e alagando a região quando chove. Os moradores também relatam que estão tendo prejuízos com esse esgoto que cada vez mais, está aumentando e incomodando os vizinhos do presídio.

Melhora nos postos de saúde e nas escolas

Um dos compromissos do prefeito Timor, é a recuperação dos seis postos de saúde e das trinta escolas do município. Muitos estão em situações precárias, necessitando de máxima urgência para o atendimento à população.
O ano letivo começa no próximo mês e diversas escolas municipais enfrentam vários problemas como rachaduras, infiltrações, banheiros sem sanitários e lavatórios, falta de vidros nas portas e janelas, falta de lâmpadas, carência de professores e também de material didático. Além destes agravantes, algumas escolas também sofrem com a falta de segurança. Segundo algumas diretoras, vários educandários já foram invadidos a noite, por bandidos, para roubarem computadores, televisores e até a merenda servida para as crianças.
Em uma das escolas, havia um recipiente com muita larva do mosquito da dengue. Isto foi causado devido ao bebedouro, que está vazando água, fazendo com que a água fique parada. Segundo a direção do estabelecimento de ensino, a secretaria de saúde foi acionada para o combate, que compareceram imediatamente ao local, com agentes que reforçamr o trabalho de combate à dengue no município.
Para a secretária de Educação, Mirian Resende, a intenção são obras emergências para sanar problemas como instalação elétrica, rachaduras, infiltração, encanamento hidráulico e vazamento. Para ela, a falta de professores, de material didático e de limpeza, já está sendo providenciado.
- Estamos com uma carência na falta de professores, onde estamos providenciando. Fizemos o pedido para contratação de novos professores – ressaltou Mirian. A secretária ainda disse que a prioridade nas obras emergenciais é a Santa Amélia, devido ao estado em que se encontra, considerada a pior de todas.A secretária relatou sobre a pretensão de procurar outro lugar para construir uma nova escola Jardim Belo Horizonte, que por causa do esgoto vindo do Complexo Penitenciário de Japeri, causou infiltrações no muro e também no interior da casa de ensino.