sexta-feira, 10 de julho de 2009

Dia da Pizza

Hoje é festejado o Dia Internacional da Pizza, um dos pratos mais conhecidos e saboreados no mundo.

O Dia da Pizza é comemorado desde 1985 em São Paulo. A data foi instituída pelo então secretário de turismo, Caio Luís de Carvalho, por ocasião de um concurso estadual que elegeria as 10 melhores receitas de mussarela e margherita. Empolgado com o sucesso do evento, ele escolheu a data de seu encerramento, 10 de julho, como data oficial de comemoração da redonda.

História da pizza

No dia 11 de junho de 1889, Raffaele Esposito foi convidado a preparar uma pizza para rainha Margherita, esposa do rei Humberto, recém-unificado reino da Itália. Segundo os arquivos históricos, o pizzaiolo colocou tomate e queijo mussarela sobre a massa. Diz a tradição que a rainha admirou e degustou tanto, que deu o seu nome para a pizza, Margherita. Assim ficou registrado o primeiro pizzaiolo da história.
Mas a história da pizza começou há seis mil anos, com os egípcios. Acredita-se que eles foram os primeiros a misturar farinha com água. Outros afirmam que os pioneiros são os gregos, que faziam massas a base de farinha de trigo, arroz ou grão-de-bico e as assavam em tijolos quentes. A novidade foi parar na Etrúria, na Itália.
Ao contrário do conhecimento popular, apesar de tipicamente italiana, os babilônios, hebreus e egípcios já misturavam o trigo e a água para assar em fornos rústicos há mais de 5000 anos. A massa era chamada de "pão-de-abraão", muito parecida com os pães árabes atuais, e recebia o nome de piscea.
Os fenícios, três séculos antes de Cristo, costumavam acrescentar coberturas de carne e cebola ao pão; os turcos muçulmanos adotavam esse costume durante a Idade Média e por causa das cruzadas essa prática chegou à Itália pelo porto de Nápoles, sendo em seguida incrementada dando origem à pizza que conhecemos hoje.
No início de sua existência, somente as ervas regionais e o azeite de oliva eram os ingredientes típicos da pizza, comuns no cotidiano da região. Os italianos foram os que acrescentaram o tomate, descoberto na América e levado a Europa pelos conquistadores espanhóis. Porém, nessa época a pizza ainda não tinha a sua forma característica, redonda, como a conhecemos hoje, mas sim dobrada ao meio, feito um sanduíche ou um calzone.

Da Itália para o mundo

A pizza era um alimento de pessoas pobres do sul da Itália, quando, próximo do início do primeiro milênio, surge o termo "picea", na cidade de Nápoles, considerada o berço da pizza. "Picea", indicava um disco de massa assada com ingredientes por cima. Servida com ingredientes baratos, por ambulantes, a receita tinha o objetivo de "matar a fome" principalmente da parte mais humilde da população. Normalmente a massa de pão recebia como sua cobertura toucinho, peixes fritos e queijo.
A fama da receita correu o mundo e fez surgir a primeira pizzaria que se tem notícia, a "Port'Alba", ponto de encontro de artistas famosos da época, tais como Alexandre Dumas, que inclusive citou variações de pizzas em suas obras.
Chegou ao Brasil da mesma forma, por meio dos imigrantes italianos, e hoje pode ser encontrada facilmente na maioria das cidades brasileiras. Até os anos 1950, era muito mais comum ser encontrada em meio à colônia italiana, tornando-se logo em seguida parte da cultura deste país. A partir de 1985, comemora-se o Dia da Pizza aos 10 de julho.
Foi no Brás, bairro paulistano dos imigrantes italianos, que as primeiras pizzas começaram a ser comercializadas no Brasil. Segundo consta no livro "Retalhos da Velha São Paulo", foi nos fornos do restaurante de Geraldo Sesso Jr., a "Cantina Dom Carmenielo", que os apreciadores da culinária Italiana passaram a poder degustar a iguaria napolitana.
Aos poucos, a pizza foi-se disseminando pela cidade de São Paulo, sendo abertas novas cantinas. As pizzas foram ganhando coberturas cada vez mais diversificadas e até mesmo criativas. No princípio, seguindo a tradição italiana, as de mussarela e anchova eram as mais presentes, mas as hortaliças e os embutidos começaram a se tornar mais acessíveis no país – e a criatividade dos brasileiros fez surgir os mais diversos sabores.
A variedade de coberturas que se pode colocar sobre uma pizza é quase infinita, entretanto, algumas preparações são tradicionais e têm fiéis seguidores:

• Margherita: tomate, queijo mussarela e folhas de manjericão (nomeada em homenagem à princesa-consorte Margarida de Savóia, que adorava pizzas);
• Mussarela: tomate, queijo mussarela, orégano e azeitonas pretas;
• Portuguesa: tomate, presunto (fiambre), queijo mussarela, cebola, ovos cozidos e azeitonas pretas e/ou verdes;
• Calabresa: tomate, lingüiça (chouriço) calabresa, cebola e azeitonas pretas;
• Toscana: tomate, queijo mussarela misturada com linguiça (chouriço) toscana moída e azeitonas pretas;
• Pepperoni: tomate, queijo mussarela, rodelas de salame pepperoni e azeitonas pretas;
• Quatro queijos: tomate, queijos mussarela, gorgonzola, parmesão e requeijão, e azeitonas pretas (há variações em três e cinco queijos);
• Pomodoro: tomate, queijos mussarela e parmesão ralado, alho e azeitonas pretas;
• Alice ("anchova" em italiano) ou aliche: tomate e anchovas.

A verdadeira pizza napolitana

Em 1982 foi fundada, em Nápoles, na Itália, por Antonio Pace, a Associação da Verdadeira Pizza Napolitana, (Associazione Verace Pizza Napoletana, em italiano) com a missão de promover a culinária e a tradição da pizza napolitana, defendendo, até com certo purismo, a sua cultura, resguardando-a contra a "miscigenação" cultural que sofre a sua receita. Com estatuto preciso, normatiza as suas principais características.
A associação age fortemente na Itália para que a pizza napolitana seja reconhecida pelo governo como "DOC" (di origine controllata, Denominação de Origem Controlada em português). Em 2004, um projecto de lei foi enviado ao parlamento, com o intuito de regulamentar por lei as verdadeiras características da pizza napolitana. O "DOC" é uma designação que regulamenta produtos regionais tais como os famosos vinhos portugueses.
Segundo a associação, a Verace Pizza Napolitana deve ser confeccionada com farinha, fermento natural ou leveduras de cerveja, água e sal. A pizza deve ser ainda trabalhada somente com as mãos ou por alguns misturadores devidamente aprovados por um comitê da organização. Depois de descansar, a massa deve ser esticada com as mãos, sem o uso de rolo ou equipamento mecânico. Na hora de assar, a pizza deve ser colocada em forno a lenha (somente), a 485°C, sendo que sobre a superfície do forno não deve ser colocado nenhum outro utensílio.
A variedade de coberturas é reconhecida pela organização, porém devem ter a sua aprovação, estando em conformidade com as tradições napolitanas e não contrastando com nenhuma regra gastronômica. Algumas coberturas são tidas como tradicionais, sendo elas (respeitando seus nomes italianos):

• Marinara (Napolitana): tomate, azeite de oliva, orégano e alho.
• Margherita: tomate, azeite de oliva, queijo mussarela e manjericão.
• Ripieno (Calzone), uma pizza recheada: ricota, mussarela especial, azeite de oliva e salame.
• Formaggio e Pomodoro: tomate, azeite de oliva e queijo parmesão ralado.

Quando degustada, a pizza deve apresentar-se macia, bem assada, suave, elástica e fácil de ser dobrada pela metade.
A pizza deve ser obrigatoriamente redonda, não podendo o seu diâmetro ser maior do que trinta e cinco centímetros. Outra medida, a espessura no centro do disco, não deve ser maior do que cinco milímetros, e a borda não pode ser maior do que dois centímetros.

São Paulo – capital mundial da pizza

Especialmente na cidade de São Paulo, que tem uma grande colônia italiana, o consumo de pizzas é grande e sofisticado, com o ato de reunir-se numa pizzaria. Desse costume, surgiu a expressão, comumente usada no país, associando um processo que envolva ações de ética ou legalidade duvidosa a esta celebração. Quando apenas alguns dos envolvidos de menor importância são penalizados ou exista um movimento de acomodação, terminando em mesa de negociação, ou "terminando em pizza", como se as partes envolvidas, acusados e acusadores, se sentassem numa pizzaria e, apreciando a saborosa iguaria, celebrassem o acordo durante uma "rodada de pizza".
São Paulo é a segunda cidade do mundo onde mais se consome pizzas – só perde para Nova York (EUA). São quase 6.000 pizzarias na capital que produzem cerca de 1 milhão de redondas por dia!

Fonte:
wikipedia.org

Nenhum comentário: