Sociedade Brasileira de Cefaleia diz que 18% da população tem a doença. Estresse, cansaço e tensão menstrual podem intensificar mal-estar.
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Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Cefaleia aponta que 18% da população mundial sofre com os sintomas da enxaqueca. A doença, que não corresponde a uma simples dor de cabeça, é mais comum entre as mulheres: a proporção é de um caso em homens para seis em mulheres.
Segundo especialistas, a enxaqueca é uma doença crônica e hereditária, que compromete a harmonia das substâncias químicas que existem no cérebro. Estresse, cansaço, bebida alcoólica, depressão e, sobretudo, tensão menstrual podem intensificar o mal-estar. “A dor de cabeça é uma das possíveis manifestações da enxaqueca, provavelmente a mais comum e a mais incapacitante.
Mas há várias outras manifestações que não sugerem enxaqueca, a não ser aos olhos de um médico especializado, como dormência em várias partes do corpo; dores abdominais, sobretudo nas crianças; crises de suor frio e de náuseas. Isso tudo manifesta enxaqueca e não necessariamente é acompanhado de dor de cabeça”, explica Abouch Krymchatowski, especialista em cefaleia. O médico alerta para o cuidado com os analgésicos e com a automedicação.
“O uso regular, de mais de dois dias na semana, de analgésicos piora a enxaqueca, piora a dor de cabeça e ainda traz efeitos colaterais”, diz. Além dos remédios receitados pelo médico, quem sofre de enxaqueca deve praticar exercícios físicos e investir em uma alimentação rica em frutas e vegetais.
Prevenção da Enxaqueca
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Entre as quatro categorias de cefaléias primárias da classificação internacional da IHS, a enxaqueca é a primeira e contém seis subtipos em que deve ser enquadrado o paciente para que se considere esse diagnóstico. Cerca de 18% das mulheres têm enxaqueca e 6% dos homens, segundo as estatísticas norte-americanas. Por ter características hereditárias, 50% dos pacientes têm parentes também com enxaqueca.
A enxaqueca pode ser precedida de sintomas neurológicos denominados de aura, outras vezes podem se resumir aos sintomas da crise. Assim se classificam as enxaquecas em migrânea com aura ou sem aura, que são os subtipos mais comuns, além dos outros 4 subtipos.
Os critérios para definição de um quadro de migrânea sem aura foram revisados e atualmente são requeridos:
A. Ao menos 5 ataques (crises de dor) que preencham os critérios B–D
B. Crises de cefaléia que duram 4–72 horas (se não tratadas ou sem tratamento efetivo)
C. A cefaléia deve ter pelo menos duas das seguintes características:
1. localização unilateral
2. qualidade pulsátil
3. dor de intensidade moderada a severa
4. agravamento com ou indução de evitação de atividade física cotidiana (ex. caminhar ou subir escadas)
D. Durante a cefaléia pelo menos um dos seguintes:
1. náusea e/ou vômitos
2. fotofobia e fonofobia
E. Não atribuível a outro distúrbio
B. Crises de cefaléia que duram 4–72 horas (se não tratadas ou sem tratamento efetivo)
C. A cefaléia deve ter pelo menos duas das seguintes características:
1. localização unilateral
2. qualidade pulsátil
3. dor de intensidade moderada a severa
4. agravamento com ou indução de evitação de atividade física cotidiana (ex. caminhar ou subir escadas)
D. Durante a cefaléia pelo menos um dos seguintes:
1. náusea e/ou vômitos
2. fotofobia e fonofobia
E. Não atribuível a outro distúrbio
A partir de um diagnóstico adequadamente elaborado por um especialista, é possível programar um tratamento voltado para duas ações: o controle da crise aguda e a prevenção ou profilaxia de novos episódios.
Considerando o impacto que uma crise de enxaqueca tem sobre a produção e a vida de uma pessoa, políticas de tratamento emergencial estratificado dos ataques têm sido discutidos no meio científico. No Brasil, temos procurado adequar as condições dos prontos-atendimentos e salas de emergência para proporcionar o ambiente necessário às medidas não-medicamentosas. Também os medicamentos mais modernos indicados em crises já se encontram à disposição e sua utilização deve ser orientada por especialista.
Nos casos em que as dores de cabeça são muito frequentes ou incapacitantes, a visita ao neurologista permite a instalação de um tratamento profilático, evitando o surgimento das dores, diminuíndo sua intensidade e duração. O importante é que o paciente procure ajuda e trabalhe junto com seu médico para encontrar o esquema terapêutico que melhor se ajusta ao seu problema.
Dr. Roger Taussig Soares
Considerando o impacto que uma crise de enxaqueca tem sobre a produção e a vida de uma pessoa, políticas de tratamento emergencial estratificado dos ataques têm sido discutidos no meio científico. No Brasil, temos procurado adequar as condições dos prontos-atendimentos e salas de emergência para proporcionar o ambiente necessário às medidas não-medicamentosas. Também os medicamentos mais modernos indicados em crises já se encontram à disposição e sua utilização deve ser orientada por especialista.
Nos casos em que as dores de cabeça são muito frequentes ou incapacitantes, a visita ao neurologista permite a instalação de um tratamento profilático, evitando o surgimento das dores, diminuíndo sua intensidade e duração. O importante é que o paciente procure ajuda e trabalhe junto com seu médico para encontrar o esquema terapêutico que melhor se ajusta ao seu problema.
Dr. Roger Taussig Soares
2 comentários:
Obrigado pela referência, Marcelo.
Vejo que a segunda parte da postagem corresponde ao artigo que escrevi no meu site http://www.ananda.med.br .
Gostaria de convidar seus leitores a lerem também o artigo "Quando o analgésico é a causa da enxaqueca" que postei no meu blog: http://estadoneurologico.blogspot.com
Um abraço a todos,
Dr. Roger T. Soares
Eu quem agradeço Dr. Roger, pois assim, teremos informações necessárias sobre saúde. E também, vou aproveitar para linkar seu blog ok. Um grande abraço.
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