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O alvo da quadrilha eram contas em nome de pessoas com 70 anos ou mais, com depósitos entre R$ 5 mil e R$ 20 mil, e que não sacaram o benefício a que tinham direito. A quadrilha assaltava as contas inativas, onde os beneficiários já tinham morrido ou não sabiam desse direito. Funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) e um oficial de justiça estão envolvidos no esquema.
De acordo com a investigação, funcionários de cargos mais elevados da própria CEF, da Receita Federal e do INSS, passavam as informações para os bandidos. Eles levantavam os dados necessários, como contas sem movimentação financeira do PIS, e passavam para os intermediários.
Considerados os chefes da quadrilha, os intermediários tinham o trabalho de organizar tudo. Eles providenciavam documentos falsos com nome dos titulares das contas do PIS e pessoas idosas usadas como laranjas se passavam pelos titulares do benefício, sacando o dinheiro no caixa e, depois, repartiam o dinheiro com a o restante da quadrilha.
Os agentes cumpriram os mandados de prisão, de busca e apreensão nos bairros do Cachambi, no subúrbio do Rio, Jacarepaguá, na Zona Oeste, Caxias, Nova Iguaçu e Mesquita, na Baixada Fluminense. Eles usaram carros sem identificação. Todos os acusados estão com prisão temporária decretada, válida por cinco dias. Eles são acusados de estelionato, formação de quadrilha, fraude e falsificação de documentos. As penas podem chegar a 30 anos de prisão.
Entre os presos estão Cleuza Ferreira da Silva, de 52 anos, Almir Teixeira de Melo e Marcos Antônio da Rocha Gentil, funcionários da CEF. Máximo Batista Lins, o oficial de justiça, Armando Pereira Bastos Filho e Alan Ferreira da Silva, os intermediários. Os laranjas eram Heleno Rosa Braga, Valter Pimenta e Jayme Ignácio da Silveira, e falsificadores de documentos, como Nelson de Oliveira Souza. Ele foi preso em casa, em Jacarepaguá, e teve seu carro apreendido. Segundo a polícia, o Golf vermelho de placa LPM-0110, foi comprado com o dinheiro da fraude.
Além de Nelson, Sérgio Grupillo Junior, Lamartine da Costa Jacobina, José Roberto Pereira Cavalcante, também falsificavam os documentos usados pelos laranjas. Jorge Antônio Moreira da Silva e Antônio Carlos Rodrigues de Araújo, estão foragidos e também fazem parte da falsificação.Segundo os agentes, os saques eram feitos em três agências da CEF. O prejuízo estimado pela polícia chega a R$ 1 milhão. 130 agentes da PF participaram da operação batizada de Ancião.