terça-feira, 19 de maio de 2009

Jornalistas vão às ruas de Manaus protestar contra a violência

A direção do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas (SJPAM) decidiu ir às ruas para protestar contra os atos de violência que vêm sendo praticados contra jornalistas em Manaus. Em menos de uma semana, dois crimes foram cometidos contra dois jornalistas: o primeiro foi na sexta-feira (8), quando atearam fogo no carro do secretário-geral do SJPAM, Cristovão Nonato, e o segundo, na segunda-feira (11), quando o professor do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o jornalista Gilson Monteiro, foi agredido dentro da sala de aula.
A primeira participação do Sindicato dos Jornalistas em manifestação pública será na sexta-feira (15), a partir das 9h, no protesto que professores, estudantes e lideranças da comunidade universitária da Ufam estão programando para ser realizado no Instituto de Ciências Humanos e Letras (ICHL), no Campus Universitário, no bairro do Aleixo, zona Sul de Manaus. A manifestação é para protestar contra a agressão sofrida pelo professor Gilson Monteiro e atos de qualquer tipo de violência praticado contra a pessoa humana."Precisamos realizar estas manifestações para dizer que queremos um basta na violência e que agressões e atentados contra jornalistas ou contra qualquer cidadão têm de ser apurado e punido com rigor", afirmou o presidente do Sindicato dos Jornalistas, César Wanderley.
Hoje, o Sindicato dos Jornalistas do Amazonas emitiu uma nota que repudia a atitude do senhor Amin Aziz contra o jornalista Gilson Monteiro com a justificativa de que o professor teria acusado o vice-governador do Estado, Omar Aziz, de pedofilia quando discutia em sala de aula com os estudantes o papel da imprensa nesse tipo de crime e a manipulação da notícia pelos poderes políticos e econômicos."Nem durante a ditadura militar se viu tamanha truculência.
A continuar assim, que tranqüilidade os professores universitários terão para discutir com os alunos, de forma crítica, o fazer jornalístico, o movimento das sociedades e dos grupos políticos nas suas mais diversas manifestações? E se isso acontece em uma universidade, o que poderá acontecer em uma escola de ensino médio, especialmente do Estado?", questiona a nota, que foi publicada nos jornais de Manaus de quarta-feira (13).

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Microsoft confirma lançamento do Windows 7 para este ano

A Microsoft confirmou nesta segunda-feira que o Windows 7, próxima versão de seu sistema operacional, será lançado ainda este ano, a tempo para a temporada de compras de fim de ano. A data inicial de lançamento do software era janeiro de 2010, quando o Vista comemora seu aniversário de três anos.
Segundo Bill Veghte, vice-presidente da Microsoft, as boas críticas à versão de testes recentemente lançada convenceram a empresa de que era possível produzir uma versão final do sistema operacional ainda para este ano.
Primeiro a Microsoft liberou o Windows 7 RC (Release Candidate) para desenvolvedores. Agora ele já está disponível para qualquer um que queira testá-lo. A licença é válida até 1º de junho do ano que vem, mas em março o sistema começa a se desligar a cada duas horas, o que torna sua utilização quase inviável. Os downloads estão disponíveis até julho no site da Microsoft .
Além da boa recepção por parte dos usuários, o Windows 7 também vem garantindo apoio das empresas parceiras da Microsoft. Segundo a CNet News, as principais fabricantes de placas gráficas já conseguiram certificação para o novo sistema, por exemplo.
Veghte não definiu uma data específica para o lançamento, mas afirmou que um sistema desse tipo precisa de nove a 14 semanas a partir do código pronto para chegar às prateleiras.
Fonte: Jornal O Globo

Governo vai habilitar 463 novas rádios comunitárias

O Ministério das Comunicações vai habilitar 463 novas emissoras de rádios comunitárias. O aviso para a seleção foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira. Todos os estados do País, incluindo o Distrito Federal, terão novos canais.
De acordo com o ministro Hélio Costa, o objetivo do governo é contemplar todos os municípios do Brasil, já que as rádios comunitárias “são um instrumento de comunicação importante e necessário para a cidadania brasileira, principalmente no interior do País”.
“Estamos trabalhando para que o Brasil seja dotado de novas emissoras comunitárias, tendo como norte a ampliação dos serviços de comunicações do nosso país”, afirmou.
Atualmente, existem 3.685 rádios comunitárias autorizadas em todo o território nacional. As entidades interessadas em participar devem se inscrever e apresentar documentação até o dia 25/06. Os procedimentos e o formulário estão no site do Ministério.

Prédio da Bloch é arrematado por R$ 65 milhões

O prédio da falida Bloch Editores foi arrematado na tarde desta terça-feira por R$ 65 milhões. O lance mínimo pedido no leilão era de R$ 41,7 milhões. O valor arrecadado é suficiente para pagar todas as dívidas trabalhistas. Entretanto, uma decisão que dá prioridade ao governo no recebimento de R$ 25 milhões preocupa os ex-funcionários. Até o fechamento desta matéria, o nome do comprador não foi identificado.
“Só não é a felicidade geral dos ex-empregados por causa dos R$ 25 milhões da Fazenda. Nós seremos duplamente penalizados. A gente ganha, mas não leva”, diz o presidente da Comissão de ex-Funcionários da Bloch, José Carlos Jesus.
Atualmente existem cerca de dois mil ex-funcionários com processos já julgados para o recebimento de dívidas trabalhistas, com um valor total de aproximadamente R$ 33 milhões. Entretanto, existem cerca de 800 processos em andamento, com valores ainda não definidos.
A advogada que representa a massa falida, Luciana Trindade, informa que o valor de R$ 25 milhões destinado ao pagamento das dívidas da Bloch com o governo ficará retido até que todos os recursos sejam julgados. Ela está tentando reverter a decisão que privilegia o governo em detrimento dos ex-funcionários.
O leilão realizado hoje foi a quarta tentativa de venda do imóvel. No primeiro, a Universidade Salgado de Oliveira (Universo), que aluga o edifício, apresentou proposta de R$ 28 milhões, considerada insuficiente pela comissão de ex-funcionários. No segundo, nenhuma oferta foi apresentada. No último, o imóvel foi arrematado por R$ 60 milhões, mas a empresa compradora desistiu do negócio porque a Universo se recusou a deixar o prédio.
O edifício, projetado por Oscar Niemeyer, fica na Rua do Russel, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Lá funcionaram, além da TV Manchete, as redações de revistas e da rádio.

Sérgio Matsuura

terça-feira, 12 de maio de 2009

Record nega que Ana Paula Padrão tenha pedido para apresentar telejornal sozinha

Douglas Tavolaro, diretor de Jornalismo da Rede Record, negou que Ana Paula Padrão tenha pedido para ser a única âncora do jornal da emissora, como informou a coluna de Daniel Castro, da Folha de São Paulo, do último domingo (10/05). “Ana Paula nunca fez um pedido desses, nem sequer cogitou, como publicaram alguns veículos”, afirmou Tavolaro em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, quando Ana Paula assina contrato com a Record.
Ana Paula fechou contratou de quatro anos para apresentar, ao lado de Celso Freitas, o Jornal da Record. “Foi uma decisão muito lenta, mas eles foram insistentes e me mostraram por que me queriam no time”, conta a jornalista.
A possibilidade de continuar fazendo reportagens especiais fez com que Ana Paula aceitasse a proposta. "Eu realmente acreditava que não voltaria à bancada. Aliar a reportagem à bancada é o que me fez aceitar o convite", explica.
Além de ser âncora do Jornal da Record, a jornalista irá produzir reportagens especiais para o telejornal, no Brasil e no exterior.
“Não tenho nenhum cargo executivo no jornal, para que eu possa me dedicar a outros projetos na minha vida”, contou. Entre os projetos está a empresa que dirige, a produtora Touraeg, além de um projeto que pretende colocar em prática ainda este ano, de seminários e fóruns para estudantes e recém-formados em jornalismo.
“Eu fui transparente durante toda a negociação sobre o meu interesse em reportagem. Agora vou ter a possibilidade fazer reportagem e manter o vínculo com o que eu realmente gosto”, afirmou.
Ana Paula irá contar com uma equipe de repórteres como Carlos Dorneles, Luiz Carlos Azenha, Arnaldo Duran e Vinícius Dônola. Nesta segunda a jornalista e a direção discutem mais detalhes sobre o telejornal. A direção da Record ainda não informou a data de estreia da apresentadora.


Isabela Vasconcelos

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Vaticano pede que fiéis não vejam "Anjos e Demônios"


O diretor Ron Howard, 55, aprende com seus erros. Após fazer "O Código Da Vinci", adaptação do livro de Dan Brown, e ser um fracasso de crítica, ele adapta "Anjos e Demônios" --que estreia no Brasil no dia 15--, do mesmo autor, com mais ação, ritmo muito mais acelerado e, surpreendentemente, nenhum sexo. Em exibição para a imprensa, em Roma, na semana passada, foi consenso entre jornalistas que este longa é melhor que o anterior. O sucesso se explica numa palavra: liberdade.
Howard e os roteiristas David Koepp e Akiva Goldsman cortaram, fundiram personagens e reescreveram uma boa parte do final. "Faz parte de uma adaptação ter de escolher. Fazendo uma autocrítica, diria que fui muito devotado ao original em "Código Da Vinci". Neste filme resolvi mudar mais. E, depois de tantos comentários, achamos que Robert Langdon podia ganhar um corte de cabelo", diz o diretor, em evento de lançamento europeu. "Isso foi meu maior desafio", brinca Tom Hanks, 52.
Ele está novamente no papel do simbologista de Harvard Robert Langdon, que é chamado para desvendar os mistérios em torno de uma série de assassinatos. Um extremista sequestra e mata de hora em hora quatro cardeais cotados para a vaga aberta com a morte do papa. À meia-noite, uma bomba vai explodir dentro do Vaticano durante esse conclave.
Brown aprovou as mudanças: "Foi interessante testemunhar o processo de transformar um texto denso num thriller inteligente e de rápida diversão, mas nada foi feito pensando em agradar aos católicos".
O filme mantém acesa a polêmica com a Igreja Católica, sempre presente no que concerne ao autor americano.
No dia seguinte à sessão na capital italiana, o bispo Antonio Rosario Mennonna, de 102 anos, entrou com uma denúncia na Procuradoria de Roma e de Potenza, chamando o filme de "difamatório e ofensivo aos valores da igreja e ao prestígio da Santa Sé" e conclamando os fiéis católicos a não irem vê-lo.
O líder da Liga Católica nos EUA, William Donohue, disse que Hollywood "inventou uma história para difamar a igreja" e classificou o filme de "anticatólico". Ron Howard agradeceu e disse que esse tipo de polêmica ajuda no marketing.
Durante as filmagens, o longa teve negado acesso a várias partes do Vaticano, que foram recriadas em estúdio em Los Angeles. "Não esperava cooperação", diz o diretor. "Nunca estive no cartão de Natal da igreja, mas esse ataque acontece sem ninguém ter visto o filme".
O diretor convidou representantes da igreja para assistir, "mas todos declinaram". O astro de US$ 20 milhões Tom Hanks fez uma espécie de "anticampanha". "Se você acha que o filme vai atacar sua fé, simplesmente não vá ao cinema.
Nós imploramos, por favor, não vá", disse em tom jocoso.
Uma festa que estava programada para acontecer em Roma foi cancelada por interferência extraoficial do Vaticano. "Foi deixado claro por alguns canais que a igreja não aprovava aquilo", disse o diretor.

Sem beijo

Vivida pela israelense Ayelet Zurer, a mocinha foi transformada em uma mulher mais realista. A atriz diz que no livro Vittoria Vetra parecia uma "super-heroína": "Afinal, ela é muito inteligente, contesta Einstein e ainda é sexy".Na versão cinematográfica, ela é "uma mulher que você consegue encontrar na rua".
Talvez por isso ela não tenha encantado Langdon, com o qual não tem nenhuma cena romântica. Hanks relativiza: "Nas 24 horas em que se passa o filme eles não conseguiriam achar tempo para um beijo.
Pensamos em mudar a locação de uma das mortes para um hotel onde eles pudessem transar, ou um carro grande, como um Alfa Romeo, mas não ficou bom no roteiro", ri ele.

LÚCIA VALENTIM RODRIGUES, da Folha de S.Paulo
Sinopse

Uma ameaça que pode destruir toda a Cidade do Vaticano. Às vésperas do conclave que vai eleger o novo Papa, Robert Langdon (Hanks) é chamado às pressas por Maximilian Kohler para analisar um misterioso símbolo marcado a fogo no peito de um físico assassinado no CERN, um grande centro de pesquisas na Suiça. Ele descobre indícios de algo inimaginável: a assinatura marcada no corpo da vítima - um ambigrama, palavra que pode ser lida tanto de cabeça para cima quanto de cabeça para baixo - é dos Illuminati, uma poderosa fraternidade considerada extinta há 400 anos. De posse de uma nova arma devastadora, roubada do centro de pesquisas, ela ameaça explodir a Cidade do Vaticano e matar os quatro cardeais mais cotados para a sucessão papal. Correndo contra o tempo, Langdon vai para Roma junto com Vittoria Vetra (Zurer), filha do físico assassinado, para avisar o carmelengo Carlo Ventresca (Ewan McGregor). Nessa caçada frenética por criptas, igrejas e catedrais, os dois desvendam enigmas e seguem uma trilha que pode levar ao covil dos Illuminati - um refúgio secreto onde está a única esperança de salvação da Igreja nesta guerra entre ciência e religião.
Informações Técnicas

Título no Brasil: Anjos e Demônios
Título Original: Angels & Demons
País de Origem: EUA
Gênero: Policial
Ano de Lançamento: 2009
Estréia no Brasil: 15/05/2009
Distrib.: Sony PicturesDireção: Ron Howard

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Debates sobre diretrizes curriculares e defesa do diploma devem ser intensificados


O debate sobre a revisão das diretrizes curriculares dos cursos de Jornalismo e a campanha em defesa do diploma são duas pautas na ordem do dia dos jornalistas e organizações apoiadoras da manutenção deste requisito para garantir o exercício profissional e o direito da sociedade à informação com qualidade.
A promoção de eventos sobre os dois temas são prioridades para o próximo período. Nesta quinta-feira (7/5), às 13h30, O curso de Jornalismo da UFSC realiza seminário para debater a revisão das diretrizes curriculares. Os diretores da FENAJ Sérgio Murillo de Andrade e Valci Zuculoto participarão da atividade, para a qual foram convidadas outras faculdades de Jornalismo do Estado.
Eventos similares estão sendo preparados em outros Estados, como SP, RS, RJ, incluindo o debate das diretrizes curriculares e a defesa do diploma. A terceira audiência pública promovida pela Comissão de Especialistas do MEC sobre a revisão das diretrizes curriculares, destinada a receber contribuições da sociedade civil, está marcada para 18 de maio, em São Paulo.

Em defesa do diploma
A Coordenação Nacional da Campanha orienta que devem ser intensificada a luta em defesa do diploma e da regulamentação profissional dos jornalistas, bem como a manutenção da vigília permanente enquanto é aguardada a nova data do julgamento do Recurso RE 511961 pelo Supremo Tribunal Federal.Distribuir o segundo livro em defesa do diploma, em sessões de autógrafo seguidas de debates e palestras, incentivar o envio de mensagens de sensibilização aos ministros STF e estimular a participação na Rede Social "Jornalista, só com diploma" e os contatos em busca de novos apoios são ações que devem prosseguir.

FONTE: FENAJ

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Violência no Sul do Pará ainda não foi esclarecida


Permanece a incógnita sobre as denúncias de manipulação doepisódio ocorrido na região de Xinguara e Eldorado de Carajás (PA), no dia 18 de abril. A Rede Globo e diversos veículos difundiram a versão da TV Liberal de que profissionais de imprensa foram usados como escudo humano e mantidos emcárcere privado. Já a direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), nega e diz que os acampados foram vítimas da violência da segurança daAgropecuária Santa Bárbara.
O Sindicato dos Jornalistas do Pará pediu audiência com a Secretaria de Segurança do Estado para elucidar os fatos. Em nota divulgada no dia 20 de abril, a direção do MST no Pará disse que os acampados foram vítimas da violência da segurança da Agropecuária Santa Bárbara, de propriedade do banqueiro Daniel Dantas, e que não pretendiam fazera ocupação da sede da fazenda nem fizeram reféns. E foi taxativa: "Nenhum jornalista nem a advogada do grupo foram feitos reféns pelos acampados, que apenas fecharam a PA-150 em protesto pela liberação de três trabalhadoresrurais detidos pelos seguranças.
Os jornalistas permaneceram dentro da sede fazenda por vontade própria". Na nota, há o registro de que os jornalistas que estavam no local "foram levados de avião pela Agropecuária Santa Bárbara, o que demonstra que tinham tramado uma emboscada". Também há denúncia de que os sem-terra foram ameaçados de morte, detalhes da ocorrência, a informação de que nove trabalhadores rurais ficaram feridos e a afirmação de que os sem-terra "apenas fecharam a rodovia emprotesto pela liberação dos três trabalhadores rurais feridos, como sustenta a Polícia Militar".Posteriormente, outros veículos deram destaque à versão sobre a manipulação dos fatos pela grande imprensa. Divulgou-se, inclusive, a informação de que no dia 26 de abril o repórter da TV Liberal, afiliada da TV Globo, Victor Haor, depôs ao delegado de Polícia de Interior do Estado do Pará, negando que os profissionais do jornalismo tivessem sido usados como escudo humano ou mantidos em cárcere privado.
Sem esclarecimentos
Já há alguns dias o Sindicato dos Jornalistas do Pará vem buscando informações que elucidem os fatos. Sheila Faro, presidente da entidade, diz que houve tentativas de localizar e conversar com o repórter Victor Haor. "Mas ele não é sindicalizado, não há identificação de que tenha qualquer tipo de registro profissional e a TV Liberal não nos passou qualquer dado que nos ajudasse alocalizá-lo, impondo dificuldades para o contato", registra. Sheila diz que é corrente nas redações a informação de que os repórteres foram conduzidos até o local por avião disponibilizado pelos dirigentes da Santa Bárbara. "Acho que houve uma grande imaturidade dos profissionais de imprensa, que foram induzidos pelas empresas de comunicação que só se importaram emganhar Ibope", afirma a sindicalista, que já viu repetidas vezes a reportagem transmitida nacionalmente pela Rede Globo. "Como profissionais feitos deescudos humanos ou mantidos em cárcere privado podem ter feito aquelas imagens com tanta liberdade?", questiona.
O Sindicato dos Jornalistas do Pará está tentando agendar uma audiência com o secretário de Segurança do Estado há vários dias, sem sucesso. "É preciso que oórgão de segurança pública preste esclarecimentos à sociedade", cobra Sheila.

Fonte:FENAJ

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Repórter é agredido enquanto cobria visita do COI ao Rio de Janeiro

O repórter do Estadão Pedro Dantas afirma ter sido agredido e ameaçado por pessoas não uniformizadas que se identificaram como policiais enquanto fazia a cobertura da visita do Comitê Olímpico Internacional (COI) ao Rio de Janeiro. A agressão ocorreu na estação Cantagalo do Metrô, em Copacabana, no dia 01/05.
Dantas conta que foi abordado por um homem que disse ser policial e, mesmo se identificando como jornalista, foi empurrado para dentro de um banheiro, onde foi imobilizado com uma torção no braço e encostado contra a parede. Outras duas pessoas pegaram sua mochila e revistaram seus pertences.
A apresentação do crachá de identificação não foi suficiente para provar a profissão de Dantas. Um dos agressores teve que confirmar, por meio de telefonema para a Redação, que se tratava realmente de um jornalista.
Após a agressão, em vez de desculpas, o jornalista foi repreendido. Um dos agentes disse que a viagem era apenas para credenciados, além de perguntar onde Dantas morava e se ele era “experiente” na profissão. De acordo com o jornalista, não houve credenciamento para a cobertura.
Além da violência física, o repórter diz ter sido ameaçado momentos antes, durante a viagem do metrô entre as estações Glória e Cantagalo. Dantas conta que ainda na estação de embarque, um agente a paisana dispersou as pessoas que não faziam parte da comitiva, inclusive ele.
Como a sua função na cobertura era ver se a comitiva possuía algum esquema de segurança, não se importou em embarcar em outro vagão. Ele foi acompanhado pelo agente, que se mostrava incomodado com a situação. Para evitar problemas, Dantas de identificou como jornalista, mostrando seu crachá. Então, o agente se disse aliviado e pediu que a matéria não fosse publicada porque poderia “prejudicar a candidatura” carioca à Olimpíada de 2016. Além disso, disse que saberia “muito bem” onde encontrá-lo.
“Foi uma situação constrangedora. Pior que a ameaça foi o cerceamento ao meu trabalho”, disse Dantas.

Repórter tinha "comportamente atípico", diz Metrô


O Metrô Rio, por meio de nota divulgada à imprensa, nega qualquer tipo de violência ou ameaça ao jornalista. A empresa afirma que o repórter foi abordado por seguranças uniformizados devido ao seu “comportamento atípico”.
“A segurança do Metrô Rio notou a presença de uma pessoa sem qualquer identificação, com comportamento atípico. Ao contrário dos demais passageiros, o rapaz subia e descia as escadas trocando de plataformas”, diz a nota.


ANJ condena truculência


A Associação Nacional de Jornais divulgou comunicado condenando a “truculência praticada contra o repórter”.
“Em hipótese alguma a preocupação de transmitir uma imagem positiva da cidade e do país justifica o comportamento dos “seguranças” (à paisana, que se diziam policiais, mas em momento algum se identificaram) que se comportaram como esbirros de regimes ditatoriais”, diz o comunicado.
O repórter registrou o caso na 23ª DP, em Copacabana. Sobre as alegações do Metrô Rio de que não houve agressão, foi enfático: “Vamos aguardar o andamento das investigações”.

FIJ condena negligência de governos que não defendem a liberdade de imprensa


Em sua declaração anual comemorativa ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), criticou a "censura, hipocrisia e negligência" de governos que se dizem defensores de taldireito, mas comprometem as liberdades civis e a democracia. A entidade boicotou a atividade programada pela Unesco no Catar e prestigiou outra, realizada no Bahrein, e lançou seu segundo relatório sobre as violências cometidas contra a imprensa no mundo árabe.
Para a entidade internacional que representa mais de 600 mil jornalistas em 123 países, alguns governos são culpados de "censura, hipocrisia enegligência" ao defender em a liberdade de imprensa e os direitos dos jornalistas apenas na retórica e comprometendo as liberdades civis e a democracia. Em nome da segurança e do combate ao terrorismo, os jornalistas tornaram-se alvos da polícia e as autoridades em muitos Estados. "Mesmo países democráticos estão instituindo leis que restringem o exercício do jornalismo", declarou o presidente da FIJ, Jim Boumelha.
Ele registrou que, em nome da segurança e do combate ao terrorismo, os jornalistas tornaram-se alvos da polícia e das autoridades em muitos países, sendo pressionados a revelarem as suas fontes. "Como resultado, os meios de comunicação trabalham em uma atmosfera de intimidação em que a censura, direta ou indireta, torna-serotineira", disse.A FIJ destacou, também, que, embora alguns governos expressem pesar pelo assassinato de jornalistas em países afetados por guerras e conflitos, como o Iraque, ou naqueles onde traficantes e outros criminosos são mortos parainduzir a "censura pela violência", muitas vezes tais governos evita magir contra a impunidade que permite que os assassinos fujam da Justiça.
Em comunicado encaminhado à Unesco na semana passada, a FIJ comunicou que os jornalistas organizem suas próprias associações ou sindicatos. Para comemorar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a entidade participou deum ato promovido pela Associação dos Jornalistas do Bahrein para valorizar aética no Jornalismo e lançou seu segundo relatório "Quebrar as Correntes", sobre as violências cometidas contra a imprensa no mundo árabe.
A FIJ orienta os jornalistas a exercerem maior pressão sobre os governos para defenderem os princípios da liberdade de expressão e a liberdade de associação. Entende que é dever dos Estados cumprirem suas responsabilidades internacionaisna proteção aos meios de comunicação e aos jornalistas para cumpriremlivremente o exercício de sua profissão, criando as condições para a liberdadede imprensa.

Fonte:Fenaj

terça-feira, 5 de maio de 2009

Editora O Dia demite 19 jornalistas

Em nota emitida nesta segunda-feira (4/5), o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro repudiou a demissão de 19 jornalistas da Editora O Dia. No Ceará, profissionais de Rádio e TV aprovaram acordo na campanha salarial. Em Alagoas, a categoria realizou manifestações por suas reivindicações em frente às empresas dos senadores Fernando Collor e João Tenório. Acompanhe, também, a perspectiva de criação do Conselho de Radiodifusão Comunitária de Maceió e o protesto do Sindicato dos Jornalistas do Acre contra intimidações a jornalistas.No processo demissionário ocorrido no Rio, foram 15 profissionais no jornal O Dia e quatro no Meia Hora.
Na nota o Sindicato afirmou que o caso surpreendeu e abalou o mercado de trabalho e classificou o episódio de lamentável. Questiona que "a direção do jornal O Dia atribua à crise financeira mundial a decisão pelos cortes, e não explique a razão de ainda não ter reagido com eficiência e competência aos trancos do mercado"."O Sindicato repudia veementemente a atitude drástica do grupo empresarial, que não soube preservar o emprego de tantos jornalistas, num momento econômico tão grave e delicado da economia, e se coloca à disposição de todos os demitidos para garantir que os seus direitos trabalhistas sejam integralmente respeitados", finaliza o documento.
Jornalistas de AL fazem manifestações nas empresas de Collor e TenórioApós uma tentativa frustrada de acordo na Superintendência Regional do Trabalho no dia 27 de abril, os jornalistas de Alagoas realizaram duas atividades para tentar sensibilizar os patrões a concederem índices econômicos razoavelmente aceitáveis em sua campanha salarial. Ocuparam, na terça-feira (28/4), a frente da TV Pajuçara, do senador João Tenório (PSDB).
No dia seguinte, as manifestações ocorreram em frente ao jornal e à TV Gazeta, de propriedade do senador Fernando Collor de Mello (PTB). A categoria reivindica a reposição das perdas dos últimos 12 meses (cerca de 5%) e um aumento real também de 5%. Os empresários negam até mesmo a reposição da inflação.
Em assembléia realizada nesta segunda-feira (4/5), foram definidas novas mobilizações.Profissionais de Rádio e TV no CE aprovam acordoEm assembléia realizada no dia 30 de abril, os jornalistas de empresas de rádio e televisão no Ceará decidiram aceitar a contraproposta patronal na campanha salarial de mídia eletrônica. A proposta garante reajuste de 6,75% para o piso salarial dos jornalistas de rádio e TV e de 6,5% para todos os salários.
Com o reajuste, o piso salarial passará para R$ 1.452,25, aumentando para R$ 300 a diferença em relação ao piso dos jornalistas de jornais e revistas, que permanece congelado em R$ 1.152,00 desde setembro de 2007. A campanha salarial dos profissionais dos meios impressos já se arrasta há oito meses, sem acordo.Maceió poderá ter Conselho Municipal de Radiodifusão ComunitáriaTramita na Câmara de Vereadores de Maceió um projeto que cria o Conselho Municipal de Radiodifusão Comunitária de Maceió.
Trata-se da criação de um órgão municipal colegiado de caráter autônomo, permanente, deliberativo, consultivo, controlador e fiscalizador da política municipal de radiodifusão comunitária. A proposta já foi aprovada na Comissão de Redação e Justiça da Câmara Municipal da capital alagoana.Sindicato do Acre repudia intimidação da PM a jornalistasEm nota emitida na semana passada, o Sindicato dos Jornalistas do Acre repudiou a postura adotada pelo Comando da Polícia Militar para apurar o vazamento de informações quanto a um suposto desvio de recursos da corporação.
"A Polícia Militar do Acre, em vez de procurar punir aqueles que se locupletam com o erário, busca intimidar profissionais que, no legítimo exercício de suas funções, informam à sociedade sobre o mau uso do dinheiro público", registrou a entidade, pedindo providências da Corregedoria da Polícia Militar do Acre para cessar os abusos, bem como a apuração dos fatos pela Secretaria Especial de Direitos Humanos do governo do Estado e da Promotoria de Justiça do Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público.
FONTE: FENAJ