domingo, 29 de junho de 2008

ASPECTOS DA CULTURA JAPONESA, ENCONTRADOS NA EXPOSIÇÃO NIPPON

MARCELO NEGREIROS

INTRODUÇÃO

A cultura japonesa pode ir muito além dos aparatos tecnológicos, das gueixas e dos samurais. Há muito mais para se conhecer sobre o Japão. E é o que mostra a Exposição Nippon – 100 anos de integração Brasil-Japão, que comemora a chegada dos primeiros imigrantes japoneses ao nosso país. A exposição apresentada no Centro Cultural banco do Brasil (CCBB), de 27 de maio a 13 de julho, mostra um panorama das tradições japonesas e algumas de suas influências no mundo ocidental. A cultura japonesa é tradicionalmente expressada nas pipas, nos arranjos florais, na caligrafia, no origami e na cerimônia do chá. Vamos conhecer três aspectos que revelam essa cultura japonesa.
Mais do que beleza a cultura japonesa impressiona pelo seu mistério de significados, que estão sendo revelados na exposição. A graciosidade da mulher japonesa em seus trajes típicos, os kimonos; composta também de cerca de 300 peças entre cerâmicas, pipas, vestuário, telas, ikebanas, cartazes de animês, armaduras de samurai, espadas e outros objetos. Além de leques coloridos, portais e painéis culturais, as belas e detalhadas espadas, armamentos dos lendários guerreiros japoneses, os Samurais.

OS SAMURAIS

A história do Japão é marcada por um longo período de guerras, entre os séculos X e XVII. Ao longo desses anos a elite guerreira (samurais) foi fortalecendo seu poder, até o surgimento da figura do Xogum, teoricamente um general a serviço do imperador. Fortemente influenciados pelo Budismo, os samurais criaram um código de comportamento conhecido como Bushidô, que estabelecia rígidas normas e palavras de ordem como justiça, coragem, compaixão, cortesia, sinceridade, honra e lealdade.
Com um estilo de vida que combinava conduta irrepreensível, treinamento árduo e aperfeiçoamento constante, os samurais foram os unificadores do Japão e marcaram para sempre o modo de ver o mundo da sociedade nipônica. Os samurais possuíam quimonos que tinham gravados os brasões da família à qual pertenciam, os Montsuki hakama.
Todo Samurai portava duas espadas presas ao cinto: a Katana (espada longa de 60 a 90 cm) e a Wakisashi (espada curta de 30 a 60 cm). Para ser reconhecido como Samurai era necessário mais do que uma espada e uma armadura. Parte do seu equipamento era psicológico e moral. Longe das guerras, os Samurais praticavam caligrafia, arranjos florais (Ikebana), tocavam Koto (uma espécie de alaúde), e participavam da cerimônia do chá. Seu estilo de vida dominou a cultura japonesa durante séculos e permanece vivo no Japão até os dias de hoje.

QUIMONOS E CAMADAS


Tradicionalmente na sociedade japonesa a sexualidade nunca é revelada de forma aberta, e esta ideologia está refletida no estilo do quimono, especialmente o das mulheres. Os quimonos tradicionais são usados em camadas superpostas cuidadosamente combinadas, e o quimono externo é ricamente bordado ou pintado. Os quimonos externos são dobrados na cintura, sob um largo cinto chamado Obi, assim, quando soltos, eles se espalham pelo chão.
As roupas ocidentais tendem a acentuar o contorno do corpo, o que é algo que os japoneses rejeitam. O quimono é composto basicamente por tecidos recortados de forma retangular, que são costurados. Há apenas uma pequena diferença entre os quimonos de homens e mulheres, em termos de corte e design. A mais aparente característica de gênero encontrada nos quimonos não é a silhueta nem a forma, mas as cores, os tecidos e as estampas.
Nos dias atuais, o quimono é, na maioria das vezes, usado em ocasiões solenes; sendo, confeccionado com tecido de seda e contendo estampas coloridas quando o traje é feminino. Os quimonos masculinos são geralmente pretos. Os feitos de tecido de algodão são usados dentro de casa ou em festas locais.

ARTE JAPONESA

O pincel é o meio de expressão artística preferido dos japoneses, que praticam a pintura e a caligrafia tanto no plano profissional, quanto também como passatempo. Até os tempos modernos, sempre se utilizava o pincel, e não a pluma, para escrever. Para os artistas, a escultura era um meio de expressão muito menos eficaz; a maior parte dela está relacionada com a religião e sua importância diminuiu com a decadência do budismo tradicional.
Já a cerâmica japonesa é uma das mais belas do mundo e a esta modalidade artística pertencem muitos dos objetos japoneses mais antigos que se conhecem. Quanto à arquitetura, revela claramente as preferências japonesas pelos materiais naturais, assim como a interação do espaço interior com o exterior. A principal característica da arte japonesa é sua polaridade. Por exemplo, na cerâmica dos períodos pré-históricos, a excessividade deu lugar a uma arte disciplinada e refinada.
Da mesma maneira, há duas estruturas do século XVI, radicalmente distintas: o palácio de Katsura, perto de Kyoto, é uma mostra da simplicidade das linhas, nas quais se destacam as madeiras naturais e a integração com os jardins circundantes, com o que sua beleza foi conseguida quase por acaso; em contraste, o templo-santuário mausoléu de Toshogu, no monte Nikko, é uma estrutura rigidamente simétrica, com relevos coloridos que cobrem toda a superfície visível.
A arte japonesa valoriza-se não só por sua simplicidade, mas também pela exuberância de seu colorido, e tem exercido uma considerável influência sobre a pintura e a arquitetura ocidentais dos séculos XIX e XX, respectivamente.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Médico diz que reversão de vasectomia não é 100% garantida

Muitos homens se perguntam sobre a vasectomia, quando a dúvida em ser pai ou não ser, paira no ar. Os procedimentos, sucessos, potência sexual e reversão entram em questão. O jogador Pelé e o apresentador Tom Cavalcanti são dois homens que se arrependeram da decisão e voltaram atrás para aumentar a prole.
Eles são apenas exemplos dos milhares de homens que buscam cada vez mais a alternativa para não ter filhos. O número tem aumentado ao longo dos anos e a inclusão da cirurgia na cobertura dos planos de saúde vem apoiando a tendência.
Mas mudar de idéia não é tão simples quanto pode parecer. Apesar da reversão ser 100% possível, a volta da fertilidade não é. Para se precaver, há quem opte, como o jogador Romário, por congelar o sêmen caso decida aumentar o tamanho da família.
O presidente da Sociedade Brasileira de Urologia José Carlos de Almeida, explica que a vasectomia é 100% reversível, o sucesso é que não é seguro. Homens que mudem de idéia com 3 ou 4 anos de operados têm alto índice de sucesso na reversão. Mas isso vai caindo, chegando a ser quase impossível depois de algum tempo.
Ele esclarece também que os espermatozóides são proteínas e, quando o canal que os leva à parte exterior do pênis é rompido, o organismo passa a absorvê-los. Segundo ele, com o tempo, o corpo pode desenvolver anticorpos contra o próprio espermatozóide. A reversão é feita anatomicamente, mas os espermatozóides são agredidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, para realizar a vasectomia é preciso que o homem tenha mais de dois filhos vivos ou mais de 25 anos e deve ter um intervalo de pelo menos 60 dias entre a primeira consulta e a operação, que, na maioria os casos, é ambulatorial.José Carlos Almeida avalia que o que acontece com isso é que se um homem de 19 anos já tiver tido dois filhos, ele pode fazer. Mas se, se casar de novo ou mudar de idéia dali a alguns anos, pode ser que não esteja seguro do seu planejamento familiar.
Ainda de acordo com o Ministério, só no Rio, foram 1.300 vasectomias em 2007, com um gasto de R$ 177.715,03. No país inteiro, o Sistema Único de Saúde gastou no ano passado mais de R$ 6,2 milhões em 37.082 cirurgias, contra 27.917 em 2006.
Com a entrada do procedimento na lista obrigatória da cobertura dos planos de saúde, a meta do plano de planejamento familiar do governo é aumentar esse número ainda mais, em 20% ao ano e realizar 40 mil operações em 2008.

Pesquisa revela que parar de fumar é 'contagioso'

Segundo uma pesquisa divulgada na penúltima semana de maio, parar de fumar é contagioso e quando uma pessoa abandona o vício, aumentam as chances de todos ao seu redor fazerem o mesmo, desde esposos e esposas a amigos e colegas de trabalho. Os resultados são surpreendentes. Quando um cônjuge pára de fumar, as chances do outro continuar fumando caem 67%. Se um amigo pára, a chance de outro continuar cai 36%. Se é um colega de trabalho, vai para 34%. E se é um irmão, 25%.
O trabalho foi publicado no "New England Journal of Medicine" e realizado por uma dupla de pesquisadores americanos: Nicholas Christakis, da Escola de Medicina de Harvard, e James Fowler, da Universidade da Califórnia em San Diego. Ao todo, os dois analisaram o histórico de 12.067 americanos ao longo de 32 anos. E concluíram: as pessoas param de fumar em grupos.
Christakis explicou que descobriram que grupos inteiros de fumantes interligados em uma rede social, mesmo aqueles que estão a dois ou três graus de separação um do outro, param de fumar mais ou menos ao mesmo tempo. Ainda acrescentou que de uma maneira muito fundamental, esse comportamento lembra o tipo de decisão coletiva que vemos quando um grupo de pássaros parece decidir voar para a esquerda ou para a direita ao mesmo tempo.
Uma das coisas que mais chamou a atenção da dupla foi a extensão que pode alcançar a decisão de apenas uma pessoa. O cientista afirmou que não há dúvidas que somos influenciados pelas pessoas a que estamos diretamente ligados, como esposos, irmãos, colegas de trabalho e amigos. Mas também descobrimos que as pessoas parecem ser influenciadas, indiretamente, pelos amigos dos amigos, e até pelos amigos dos amigos dos amigos.
Para Christakis, esse tipo de comportamento pode aumentar a influência das leis que estão sendo propostas em muitos países para reduzir o número de fumantes, acreditando que as redes sociais podem aumentar o efeito de legislações desse tipo. Para ele, se a lei faz uma pessoa parar de fumar, ela pode influenciar outras, mesmo aquelas que não ligavam para a lei.
Assim como no Brasil, o número de fumantes nos Estados Unidos também tem diminuído nos últimos 30 anos. No estudo, os pesquisadores descobriram outro fator interessante: o tamanho das redes sociais de fumantes continuou o mesmo ao longo dessas décadas; o que mudou foi a quantidade dessas redes.
Na prática, eles acreditam, isso aconteceu porque o cigarro está perdendo cada vez mais o “glamour” que tinha no passado. Se fumar não atrapalhava em nada a vida nos anos 70, hoje cada vez mais os fumantes são jogados para escanteio – para áreas específicas para eles e muitas vezes para a rua mesmo. James Fowler, disse que ao contrário do que pensávamos na escola, fumar tem se mostrado uma estratégia incrivelmente ruim para ganhar popularidade.

Novo protesto contra as más condições dos hospitais universitários

MARCELO NEGREIROS
30/05/2008



Cerca de 600 manifestantes, entre estudantes e funcionários da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de médicos e pacientes do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, fizeram nova reivindicação na melhoria da unidade na manhã de ontem.. Eles interditaram por quase uma hora a pista sentido Baixada Fluminense da Linha Vermelha, no trecho próximo à Ilha do Fundão, no subúrbio do Rio. Homens do Batalhão do Choque tentaram dissipar os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo.
O objetivo da manifestação foi protestar contra as más condições de conservação do Hospital Universitário. De acordo com os organizadores, o hospital está passando por um processo de endividamento e sucateamento, onde cirurgias e outros procedimentos estão sendo cancelados por falta de materiais suficientes para atender aos pacientes. A mobilização para exigir que o governo assuma a responsabilidade pelo funcionamento total do hospital é em razão da crise que o HU está passando e o atraso no repasse de verbas por parte do município e o não reajuste do orçamento desde 2004.
Segundo Alexandre Pinto Cardoso, diretor geral do HUCFF, a unidade não tem orçamento próprio e está vivendo de prestação de serviços ao SUS. Atualmente, os pagamentos de todos os insumos são feitos em valores de 2008 e a dívida se encontra em aproximadamente R$ 10 milhões.
- É preciso que os recursos cheguem e atingamos o nosso patamar, nosso objetivo. Precisamos redefinir o funcionamento e financiamento do Hospital e isto é possível. Estamos prestando serviços ao SUS e através desta prestação, vem os recursos que precisamos, como manutenção e serviços internos e a contratação de pessoas terceirizadas – declarou o diretor.
Ele frisou sobre a idéia de tentar revidar essa crise.
- As negociações estão avançando, onde a Secretaria Estadual de Saúde está compreendendo a situação, ampliando a aquisição de novos recursos – complementou Alexandre Pinto.
No último dia 21 de maio, o Diretor Geral do HUCFF se reuniu com o Secretário Estadual de Saúde, Sérgio Côrtes e anunciou algumas conquistas para o hospital, entre elas o fornecimento de insumos, equipamentos e pagamento de pessoal para atividades como mutirões de cirurgia, inauguração da Neuro UTI e funcionamento 24 horas da Hemodinâmica. Durante a última reunião convocada pela direção geral do HUCFF, realizada dia 27 de maio, Alexandre Pinto Cardoso acenou com a breve possibilidade de retomada do funcionamento normal do hospital: Para ele, a expectativa é de que as atividades sejam retomadas em 10 ou 15 dias.
- Estamos lutando por condições ideais. Por isso, vamos retomar o funcionamento normal com calma, de maneira racional. Sei que é lento, mas o cenário hoje está muito melhor do que estava na semana passada – explicou o Diretor Geral, que ainda disse por que a retomada do funcionamento deverá ser feita com moderação.
- O motivo da crise é que nós expandimos sem ter toda a infra-estrutura necessária e sem estar pactuado. Esta é a discussão que temos que travar - completou. E ressaltou que manter os gastos dentro do plano de contrato pactuado não é a maior dificuldade. A função mais nobre da instituição é o ensino. De acordo com ele, o HUCFF é uma unidade de ensino e precisa ser reconhecida como tal.

Outras manifestações

Simultaneamente, alunos das faculdades de medicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), também protestaram contra a falta de investimento do governo nos hospitais universitários da cidade. Os estudantes reclamam, principalmente, das condições precárias dos estabelecimentos, que têm prejudicado o atendimento de pacientes e as aulas. Estudantes de Medicina do Hospital Pedro Ernesto e do Gafrèe e Guinle fizeram a manifestação em frente à estátua do Belini, no Maracanã. Eles reclamaram das péssimas condições de atendimento nas duas unidades. Policiais do 6º BPM (Tijuca) estiveram no local evitando que eles fechassem as ruas. A manifestação deixou o trânsito ruim na Avenida Maracanã.
No último dia 16 de maio, estudantes da UFRJ, médicos e redidentes do hospital interditaram duas das quatro faixas da pista sentido Baixada. Os manifestantes protestaram também contra as más condições de conservação do hospital universitário.

Protesto termina em confronto

O protesto dos estudantes interrompeu o tráfego e terminou em confronto com a polícia na Linha Vermelha. De forma pacifica, os manifestantes sentaram no chão da Linha Vermelha, sentido Baixada, na altura da Ilha do Fundão para protestar. O Batalhão de Choque da Polícia Militar tentou negociar com os eles, que não concordaram e invadiram a via. Duas bombas de gás lacrimogêneo foram disparadas, causando correria e desespero entre os manifestantes. Mesmo assim, o protesto continuou por mais alguns minutos, mas os organizadores decidiram liberar o trânsito posteriormente. Alguns estudantes ficaram feridos levemente.
- Eles foram covardes, haviam pacientes na manifestação que não poderiam correr e os policiais que estavam presentes para dar a segurança, nos garantiram que nada iria acontecer – disse uma aluna que prefere não ser identificada. Ela ficou intoxicada com a fumaça e com os olhos ardendo.
De acordo com a assessoria da PM, o Choque foi chamado para desobstruir a via. Já os policiais do 17° BPM (Ilha do Governador) disseram que a ordem para lançar o artefato partiu do Choque.

Troca de tiros e material apreendido no Morro da Serrinha

MARCELO NEGREIROS
28/05/2008

Durante operação de rotina de policiais do 9º BPM (Rocha Miranda) no Morro da Serrinha, em Madureira, Zona Norte do Rio, no início da manhã de ontem, foram apreendidas armas e drogas. Houve troca de tiros, que resultou na morte de dois traficantes. Os PMs faziam uma incursão no Morro, quando foram alvejados por um grupo de oito traficantes.
De acordo com os policiais que participaram da ação, os dois homens baleados na localidade conhecida como Creche, foram identificados apenas como Zé, gerente geral do tráfico de drogas e Constantine. Eles foram levados para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas não resistiram aos ferimentos.
Segundo os PMs, esse local é um dos que mais vende drogas na área do batalhão de Rocha Miranda. O restante do grupo conseguiu se evadir do local, inclusive o dono da boca, conhecido como Neco. Foram apreendidos dois revólveres calibre 38 e mais de 100 frascos com cocaína. O caso foi registrado na 30ª DP (Marechal Hermes).

Menina é morta por vizinho em Duque de Caxias

(MARCELO NEGREIROS)
21/05/2008

Um crime bárbaro causou comoção e revolta aos moradores de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Uma menina de 11 anos foi seqüestrada e violentada até a morte pelo próprio vizinho do bairro Nova Campina. O corpo de Taís da Silva Ferreira foi encontrado, na manhã de ontem, com marcas da violência na casa de José Gomes, 36 anos, conhecido como cabeludo, apontado como o autor do crime, que está foragido.
De acordo com a mãe de Taís, a diarista Severina do Ramo da Silva, de 33 anos, a criança desapareceu na tarde de terça-feira, quando saiu da escola, o Ciep Procópio Ferreira, onde cursava a quinta série do Ensino Fundamental e foi para a casa da avó, Maria Amélia, 53 anos, localizada na Rua Oito, Bairro Ilha, onde costumava a almoçar. Bastante preocupada, Severina começou a procurar pela filha em diversos lugares, avisando a polícia, onde foi orientada a aguardar 24 horas para começarem as buscas.
Uma vizinha viu a garota no portão do criminoso e alertou os pais. A família avisou a polícia. Durante toda a madrugada, os pais fizeram as buscas, mas em vão. Na manhã de ontem após receberem o contato da mãe de Taís, os policiais do 15º BPM (Duque de Caxias) foram a casa de José e encontraram o acusado prestes a enterrar o corpo da menina.
Houve troca de tiro, onde José Gomes acabou atingido na perna direita, conseguindo fugir a pé. Havia rastro de sangue pelas ruas próximas. Policiais e os próprios moradores fizeram a busca ao criminoso pela região, mas ele não foi encontrado. Ainda de acordo com a mãe de Taís, a hipótese pelo crime, seria conseguir dinheiro, seqüestrando a menina para voltar ao Nordeste, de onde é oriundo, mas certamente o plano frustou.
- Não dá para acreditar que ele fez isso. Infelizmente é mais uma criança morta e dessa vez foi a minha filha. Espero que seja feita justiça, embora essa palavra não funciona – desabafou Severina. Segundo ela, eles são conhecidos desde o Nordeste e vieram para o Rio de Janeiro como todos vem, tentar a vida.
O delegado titular da 62ª DP (Imbariê), José Mário Salomão de Omena, esteve no local onde o corpo foi encontrado, que está investigando o caso, disse que a menina foi atraída pelo criminoso para dentro de casa. Moradores estavam armados com pedras e paus, avisando que pegariam o assassino.
Semana passada, outro crime contra criança chocou a população da Zona Oeste. Adriana Barbosa Simões, de 4 anos, estava desaparecida desde o dia das mães, dia 11 de maio e foi encontrada morta em um lamaçal perto de sua casa, no bairro Jardim Maravilha, em Guaratiba, no último sábado.
Segundo a polícia, o corpo apresenta sinais de espancamento e foi localizado por um vizinho que chamou a PM. O corpo foi encontrado na Rua Pilar. A criança havia sido vista pela última vez brincando com a irmã na Rua Cachoeira do Sul.
Os pais da garota, Mauro Simões e Maria Alice Pinto, procuraram ajuda na Fundação para a Infância e Adolescência (FIA). Fotos da criança chegaram a ser espalhadas pelo bairro na tentativa de localizá-la. O servente de obras Arilson Fidelis dos Santos, 19 anos, vizinho da avó de Adriana confessou o crime ao ser chamado para depor na delegacia, na tarde de sábado. Ele disse que fez por vingança, pois o pai da criança havia dado três socos em seu rosto.